Skip to main content
Em compras acima de R$400,00 o frete é grátis! Promoção válida para os estados do Sul e Sudeste e somente para filamentos e resinas.

Tag: 3dlab

Conheça os tipos de impressão 3D e os seus benefícios!

Conheça os tipos de impressão 3D e os seus benefícios!

Existem diversos tipos de impressão 3D, cada um com um princípio de funcionamento, resultados diferentes, insumos e componentes distintos. Conhecer cada um dos tipos é muito interessante para estar sempre por dentro da tecnologia e saber qual o tipo ideal para cada necessidade.


Um dos desafios iniciais que os recém-chegados enfrentam com a tecnologia de impressão 3D é distinguir entre os diferentes tipos de impressão 3D e materiais disponíveis.

Qual é a diferença entre tipos de impressão 3D FDM e SLS, por exemplo? Ou SLS e DLP? Ou então EBM e DMLS?

Pode ser bem confuso. Pois com tantas siglas diferentes, você seria perdoado por confundir os tipos de impressão 3D com um gênero musical.

A primeira coisa a entender é que a impressão 3D é na verdade um termo abrangente que designa um grupo de processos de impressão 3D. Então não existe a impressão 3D, e sim existem AS impressões 3D!

O padrão ISO / ASTM 52900, criado em 2015, visa padronizar toda a terminologia e classificar cada um dos diferentes tipos de impressoras 3D.

No total, sete categorias diferentes de processos de manufatura para impressão 3D foram identificadas. Assim dentro desses sete processos foram agrupados diversas outras subcategorias que são utilizadas atualmente.

Neste artigo vamos explicar os principais tipos de impressão 3D e quais os seus pontos positivos e negativos. Sendo eles:

  • Fabricação com Filamento Fundido (FDM ou FFF);
  • Estereolitografia (SLA);
  • Processamento de Luz Direta (DLP);
  • Sinterização Seletiva a Laser (SLS);
  • Sinterização Direta a Laser de Metal (MDLS);
  • Derretimento Seletivo a Laser (SLM);
  • Fusão de feixe de elétrons (EBM);
  • Fabricação de Objetos Laminados (LOM);
  • Jato de tinta (Inkjet);
  • Polyjet.

Continue com a leitura para descobrir quais são esses tipos de impressão 3D e como cada um pode ser utilizado!

FDM ou FFF (Fused Deposition Modeling)

A extrusão de material é um processo de impressão 3D onde um filamento de material termoplástico sólido é empurrado através de um bocal aquecido, derretendo-o no processo. Então a impressora deposita o material em uma plataforma de construção ao longo de um caminho predeterminado, onde o filamento resfria e solidifica para formar um objeto sólido.

  • Tipos de impressão 3D: FDM (Fused Deposition Modeling), às vezes chamada FFF (Fused Filament Fabrication);
  • Materiais: filamento termoplástico (PLA, ABS, PETG, Flexível, HIPS – entre outros);
  • Precisão dimensional: ± 0.5% (limite inferior ± 0.5 mm);
  • Aplicações comuns: todo os tipos de peças, sendo o tamanho limitado pela área de impressão;
  • Pontos fortes: melhor acabamento superficial, cores diverdificadas e multi-materiais disponíveis;
  • Pontos fracos: tamanho de peça limitado pela área de impressão e peças menos resistentes que as usinadas.

Conhecendo a história…

O FDM é um processo de impressão 3D desenvolvido pela Scott Crump, e depois implementado pela Stratasys Ltd., nos anos 80. Assim ele utiliza materiais plásticos térmicos de qualidade de produção para imprimir objetos 3D.

FDM é um dos tipos de impressão 3D que usa termoplásticos adequados para produção, portanto, os itens impressos têm excelentes atributos mecânicos, térmicos e químicos.

Os dispositivos de extrusão de materiais são os tipos de tecnologia de impressão 3D mais comumente disponíveis e os mais baratos. Portanto eles são populares para produzir protótipos funcionais, modelos conceituais e para todos os tipos de peças. Portanto é uma tecnologia que pode criar detalhes precisos e possui uma excepcional relação resistência / peso.

Antes do início do processo de impressão do FDM, o usuário precisa dividir os dados de seu modelo 3D em várias camadas usando um software fatiador. Então os dados CAD cortados vão para a impressora para serem impressos.

Um carretel de filamento é carregado na impressora 3D e alimentado através de um bico no cabeçote de extrusão. O bico da impressora é aquecido a uma determinada temperatura. Então um motor empurra o filamento através do bico aquecido, fazendo com que derreta. A impressora move a cabeça de extrusão ao longo das coordenadas especificadas, depositando o material fundido na mesa de impressão, onde resfria e solidifica.

Quando uma camada é concluída, a impressora continua a fazer a próxima camada. Esse processo de impressão de seções é repetido, construindo camada sobre camada, até que o objeto esteja totalmente formado. Dependendo da geometria do objeto, às vezes é necessário adicionar estruturas de suporte, por exemplo, se um modelo tiver partes salientes inclinadas.

Como são as peças?

Peças FDM brutas podem mostrar linhas de camadas razoavelmente visíveis em alguns objetos. Elas obviamente precisarão de lixamento manual e acabamento após a impressão. Portanto, esta é a única maneira de obter um produto final suave com uma superfície uniforme.

Quando comparado ao SLA (tecnologia que veremos em seguida), o FDM tem uma velocidade de impressão mais lenta. O tempo total de impressão depende do tamanho e da complexidade do seu modelo. Objetos pequenos podem ser concluídos com relativa rapidez, enquanto peças maiores e mais complexas precisam de mais tempo.

A tecnologia FDM é hoje amplamente difundida e usada em indústrias como fabricantes de automóveis, produtores de alimentos e fabricantes de brinquedos. Portanto o FDM é usado para desenvolvimento de novos produtos, prototipagem e até mesmo na fabricação de produtos finais.

Através do uso deste método de impressão 3D, tornou-se possível construir objetos com geometrias e cavidades complexas. Assim podemos usar muitos tipos diferentes de termoplásticos com impressoras FDM. Os mais comuns são o ABS (acrilonitrila-butadieno-estireno) e o PLA (ácido polilático).

Os objetos acabados do FDM são funcionais e duráveis. Com a assistência do FDM, você pode imprimir não apenas protótipos operacionais, mas também produtos prontos para uso. O que há de melhor nessa tecnologia é que todos os componentes impressos com FDM podem ser de alto desempenho.

SLA e DLP

 

 

São tipos de impressão 3D em que uma resina de fotopolímero é seletivamente curado por uma fonte de luz. As duas formas mais comuns desse tipo de polimerização são SLA (Estereolitografia) e DLP (Digital Light Processing). A diferença fundamental entre esses tipos de tecnologia de impressão 3D é a fonte de luz que eles usam para curar a resina. As impressoras SLA usam um laser de pontos, em contraste com a abordagem voxel usada por uma impressora DLP.

  • Tipos de impressão 3D: Estereolitografia (SLA), Processamento de Luz Direta (DLP);
  • Materiais: resina de fotopolímero (Padrão, Transparente, Alta Temperatura);
  • Precisão dimensional: ± 0,5% (limite inferior ± 0,15 mm);
  • Aplicações comuns: protótipos de polímero tipo injeção, jóias (fundição de investimento), aplicações dentárias, aparelhos auditivos – entre outros;
  • Pontos fortes: acabamento superficial suave;
  • Pontos fracos: frágil, não é adequado para peças mecânicas.

SLA (Stereolithography)

O SLA possui a distinção histórica de ser a primeira tecnologia de impressão 3D do mundo. A estereolitografia foi inventada por Chuck Hull em 1986, que realizou a patente da tecnologia e fundou a empresa 3D Systems para comercializá-la.

O SLA é um processo de prototipagem rápida. Assim aqueles que usam essa tecnologia são certos quanto à exatidão e precisão. Ela pode produzir objetos a partir de arquivos de dados CAD 3D (gerados por computador) em pouco tempo. As máquinas que usam essa tecnologia produzem modelos, padrões, protótipos e várias peças de produção exclusivas.

Elas fazem isso convertendo fotopolímeros líquidos em objetos 3D sólidos, uma camada por vez. O fotopolímero é primeiro aquecido para transformá-lo em uma forma semi-líquida, e então endurece ao contato. A impressora constrói cada uma dessas camadas usando um laser ultravioleta, direcionado por espelhos de varredura X e Y.

Como funciona?

Logo antes de cada ciclo de impressão, uma lâmina de recobrimento se move pela superfície para garantir que cada camada fina se espalhe uniformemente pelo objeto. Então o ciclo de impressão continua desta forma, criando objetos 3D de baixo para cima.

Depois de concluído a parte 3D normalmente terá um banho químico para remover qualquer excesso de material. Também é prática comum pós-cura do objeto em um forno ultravioleta. Isso porque o item finalizado se torna mais forte e mais estável. Dependendo da peça, ela pode passar por um processo de lixamento manual e fazer uma pintura profissional.

A impressão SLA tornou-se uma opção econômica preferida para uma ampla variedade de indústrias. Alguns destes incluem automotivo, médico, aeroespacial, entretenimento e também para criar vários produtos de consumo.

A maioria das impressoras SLA usa um laser de estado sólido para curar peças. A desvantagem desses tipos de tecnologia de impressão 3D usando um laser de pontos é que pode levar mais tempo para rastrear a seção transversal de um objeto quando comparado ao DLP.

DLP (Digital Light Processing)

A DLP é um dos mais antigos tipos de impressão 3D, criado por um homem chamado Larry Hornbeck em 1987. É semelhante ao SLA, já que também trabalha com fotopolímeros e tornou-se conhecida por seu uso na produção de projetores.

Enquanto o SLA usa luz ultravioleta, o DLP usa uma fonte de luz mais tradicional, geralmente lâmpadas de arco. Este processo resulta em impressionantes velocidades de impressão. Quando há muita luz, a resina endurece rapidamente (estamos falando em segundos).

Olhando para máquinas de processamento digital de luz, esses tipos de tecnologia de impressão 3D são quase o mesmo que o SLA. A principal diferença é que o DLP usa um projetor de luz digital para gerar uma única imagem de cada camada de uma vez (ou vários flashes para partes maiores). Como o projetor é uma tela digital, a imagem de cada camada é composta de pixels quadrados, resultando em uma camada formada por pequenos blocos retangulares chamados voxels.

Em comparação com a impressão SLA, o DLP atinge tempos de impressão mais rápidos para a maioria das peças. Isso porque ele expõe camadas inteiras de uma só vez. Com a impressão SLA, um laser precisa extrair cada uma dessas camadas e isso leva tempo.

Outro ponto positivo para a tecnologia de impressão DLP é que ela é robusta e produz modelos de alta resolução todas as vezes. Também é econômico com a capacidade de usar materiais mais baratos para objetos complexos e detalhados. Isso é algo que não apenas reduz o desperdício, mas também reduz os custos de impressão.

SLS (Selective Laser Sintering)

É um dos tipos de impressão 3D em que uma fonte de energia térmica induz seletivamente a fusão entre partículas de pó dentro de uma área de construção para criar um objeto sólido.

Muitos dispositivos de Fusão em Cama de Pó também empregam um mecanismo para aplicação e alisamento de pó simultâneo a um objeto que está sendo fabricado, então o item final é envolto e suportado em pó não utilizado.

  • Tipos de impressão 3D: Sinterização Seletiva a Laser (SLS);
  • Materiais: pó termoplástico (Nylon 6, Nylon 11, Nylon 12);
  • Precisão dimensional: ± 0.3% (limite inferior ± 0.3 mm);
  • Aplicações comuns: peças funcionais; desenhos ocos; produção de peças de baixa produção;
  • Pontos fortes: partes funcionais, boas propriedades mecânicas e geometrias complexas;
  • Pontos fracos: prazos de entrega mais longos, custo mais alto que o FFF para aplicações funcionais.

Conhecendo a história…

Um empresário, inventor e professor americano chamado Dr. Carl Deckard desenvolveu e patenteou a tecnologia SLS em meados dos anos 80. É uma técnica de impressão 3D que usa lasers de CO2 de alta potência para fundir partículas.

Então, à medida que as patentes industriais expiram, esses tipos de tecnologia de impressão 3D estão se tornando cada vez mais comuns e de menor custo.

A produção consiste em utilizar um recipiente de pó de polímero aquecido a uma temperatura logo abaixo do ponto de fusão do mesmo. Em seguida, uma lâmina de recobrimento ou limpador deposita uma camada muito fina do material em pó – geralmente 0,1 mm de espessura – sobre uma plataforma de construção. Um raio laser de CO2 começa então a escanear a superfície. O laser irá seletivamente sinterizar o pó e solidificar uma seção transversal do objeto.

Assim como o SLA, o laser é focado no local correto por um par de galvos. Quando toda a seção transversal é digitalizada, a plataforma de construção se moverá para baixo. A lâmina de recobrimento deposita uma nova camada de pó no topo da última camada escaneada, e o laser irá sinterizar a próxima seção transversal do objeto sobre as seções transversais previamente solidificadas. Essas etapas são repetidas até que o objeto seja totalmente fabricado.

A plataforma de construção, ou mesa, diminui gradualmente com cada varredura a laser sucessiva. Assim o processo se repete uma camada de cada vez até atingir a altura do objeto. Há suporte não sinterizado de outros pós durante o processo de construção que envolve e protege o modelo. Isso significa que os objetos 3D não precisam de outras estruturas de suporte durante a construção.

Como são as peças?

O SLS produz peças duráveis ​​e de alta precisão e pode usar uma ampla variedade de materiais. É uma ótima tecnologia para peças e protótipos de uso final totalmente funcionais. Ele é bastante semelhante à tecnologia SLA no que diz respeito à velocidade e qualidade. A principal diferença é com os materiais, já que o SLS usa substâncias em pó, enquanto o SLA usa resinas líquidas.

Como os tipos de impressão 3D listados acima, o método começa com a criação de um arquivo CAD, que então deve ser convertido para o formato .stl com softwares específicos. O material usado para impressão pode variar de nylon, vidro e cerâmica a alguns metais como alumínio, prata ou aço.

Devido à grande variedade de materiais que podem ser usados ​​com este tipo de impressora 3D, a tecnologia é bastante popular para a impressão 3D de produtos personalizados. O SLS está mais difundido entre os fabricantes do que as pessoas que utilizam a impressão 3D como hobby, já que essa tecnologia exige o uso de lasers de alta potência, o que faz com que essas impressoras sejam caras.

DMLS, SLM e EBM

São processos de impressão 3D que produzem objetos sólidos, usando uma fonte térmica para induzir a fusão entre partículas de pó metálico uma camada de cada vez.

A maioria dessas tecnologias empregam mecanismos para adicionar pó à medida que o objeto é construído, resultando no componente final envolvido no pó de metal. No entanto, as principais variações nessas tecnologias vêm da utilização de diferentes fontes de energia: lasers ou feixes de elétrons.

  • Tipos de impressão 3D: Direct Metal Laser Sintering (DMLS), Selective Laser Melting (SLM), Electron Beam Melting (EBM);
  • Materiais: metal em pó: alumínio, aço inoxidável, titânio;
  • Precisão dimensional: ± 0,1 mm
  • Aplicações comuns: peças de metal funcionais (aeroespacial e automotivo), medicina e odontologia;
  • Pontos fortes: partes mais fortes e funcionais e geometrias complexas;
  • Pontos fracos: pequenos tamanhos de construção e maior preço entre todas as tecnologias.

DMLS (Direct Metal Laser Sintering)

A DMLS (Direct Metal Laser Sintering) e a SLM (Selective Laser Melting) produzem objetos de maneira semelhante ao SLS. No entanto, a principal diferença é que esses tipos de tecnologia de impressão 3D são aplicados à produção de peças de metal.

Para funcionar ela necessita de um laser poderoso (Yb-fibre laser) que consiga fundir as partículas dos metais para formar as camadas do objeto. Portanto sua grande vantagem é que permite criar peças finais complexas, que nos modelos tradicionais de fabricação seriam bem complicadas de produzir.

Possui um custo altíssimo tanto da impressora quanto das peças impressas, por isso é usada em poucas áreas, sendo estas principalmente a indústria aeroespacial, a medicina e a odontologia.

SLM (Selective Laser Melting)

O SLM é um dos tipos de impressão 3D que usa o laser para obter uma fusão completa do pó metálico, formando uma parte homogênea. Assim ele resulta em uma peça que tem uma temperatura de fusão única (algo que não é produzido com uma liga).

Essa é a principal diferença entre o DMLS e o SLM. O primeiro produz partes de ligas metálicas, enquanto o segundo forma materiais de elemento único, como o titânio.

Ao contrário do SLS, os processos DMLS e SLM requerem suporte estrutural, a fim de limitar a possibilidade de qualquer distorção que possa ocorrer (apesar do fato de que o pó circundante fornece suporte físico).

As peças DMLS / SLM estão em risco de deformação devido às tensões residuais produzidas durante a impressão, por causa das altas temperaturas. As peças também são normalmente tratadas termicamente após a impressão, enquanto ainda são fixadas na mesa, para aliviar qualquer tensão.

EBM (Electron Beam Melting)

EBM é outro tipo de fabricação de aditivos para peças metálicas. Foi originalmente criado pela Arcam AB Inc. no início deste século. Assim como o SLM, este método de impressão 3D é uma técnica de fusão de leito de pó. Enquanto o SLM usa o feixe de laser de alta potência como fonte de energia, o EBM usa um feixe de elétrons, que é a principal diferença entre esses dois métodos. O restante dos processos é bem parecido.

O material usado no EBM é o pó metálico que derrete e forma camada por camada por meio de um computador, que controla o feixe de elétrons em alto vácuo. Ao contrário do SLS, o EBM vai para o derretimento total do pó de metal. Assim o processo é geralmente conduzido sob alta temperatura de até 1000° C.

Comparado ao SLM, o processo do EBM é bastante lento e caro, e a disponibilidade de materiais é limitada. Portanto, o método não é tão popular, embora ainda seja usado em alguns processos de fabricação. 

Atualmente, os materiais mais bem distribuídos que são usados ​​para EBM são Titânio, Inconel 718 e Inconel 625 comercialmente puros. A aplicação de EBM é principalmente focada em implantes médicos e na área aeroespacial.

LOM (Laminated Object Manufacturing)

A fabricação de objetos laminados (Laminated Object Manufacturing, LOM) é mais um sistema de prototipagem rápida desenvolvido pela empresa Helisys Inc., sediada na Califórnia.

Durante o processo LOM, camadas de papel revestido com adesivo, plástico ou laminados de metal são fundidos usando calor e pressão e, em seguida, cortados com um laser controlado por computador ou faca. O pós-processamento das peças inclui etapas como usinagem e furação.

O processo LOM inclui várias etapas. Em primeiro lugar, o arquivo CAD é transformado em formato de computador, que geralmente é STL ou 3DS. As impressoras LOM usam folhas contínuas revestidas com um adesivo, que é colocado no substrato com um rolo aquecido. O rolo aquecido que é passado sobre a folha de material no substrato derrete seu adesivo. Então o laser ou a faca traçam as dimensões desejadas da peça. Além disso, o laser ajuda a remover facilmente as partes em excesso após a impressão ser feita.

Depois que uma camada é concluída, a plataforma é movida para baixo por cerca de um décimo de polegada. Uma nova folha do material é puxada pelo substrato e aderida a ele com um rolo aquecido. O processo é repetido várias vezes até que a peça 3D seja totalmente impressa. Quando qualquer material em excesso tiver sido cortado, a peça pode ser lixada ou selada com uma tinta. Se materiais de papel forem usados ​​durante a impressão, o objeto terá propriedades semelhantes a madeira, o que significa que ele precisa ser protegido da umidade. Então, cobri-lo com uma laca ou tinta pode ser uma boa ideia.

Provavelmente, o LOM não é o método de impressão 3D mais popular, mas um dos mais acessíveis e rápidos. Isso porque o custo de impressão é baixo devido a matérias-primas não caras. Objetos impressos com LOM podem ser relativamente grandes, o que significa que nenhuma reação química é necessária para imprimir peças grandes.

Jato de tinta (Inkjet)

Também chamada de Inkjet, esse tipo de impressora 3D derivou da impressora 2D a jato de tinta. No entanto, nesse caso, são os jatos que criam as formas do objeto. Existem duas modalidades desse tipo de impressora 3D:

  • a primeira delas utiliza um tipo de material aglutinante que é lançado pelo jato sobre um pó de resina plástica. Nos locais em que esse pó cai, ele se funde e solidifica, dando origem às formas. O processo repete-se camada por camada até que o objeto fique completamente pronto. Permite-se a utilização de diferentes tipos de materiais aglutinantes, como cerâmica e comida;
  • a segunda modalidade é aquela na qual o material liberado pelo jato é a própria tinta. Geralmente, elas possuem muitas cabeças de impressão que, atuando todas ao mesmo tempo, favorecem que um mesmo objeto seja composto por diferentes materiais.

Dos tipos de impressoras 3D, a impressora a jato de tinta é a que envolve maiores custos e também consome mais tempo. A matéria-prima é disponibilizada no formato de cartuchos, o que dá oportunidade para que os fabricantes explorem bem as possibilidades de maiores lucros.

Uma boa vantagem dessa impressora é que ela permite a impressão em cores. Apesar de não ser muito usada por causa de seu custo-benefício pouco atraente, é provável que, no futuro, ela seja muito popular para as impressões domésticas.

Polyjet

A impressão PolyJet é semelhante à impressão a jato de tinta, mas, em vez de jatear gotas de tinta sobre o papel, as impressoras 3D PolyJet jateiam camadas de um fotopolímero líquido curável sobre uma bandeja de montagem.

Suas principais vantagens são a de permitir imprimir uma mesma peça com cores e texturas diferentes e o excelente acabamento final das peças. No entanto, ela possui um alto custo de impressão.

Agora que você já sabe que não existe apenas um tipo de impressão 3D e sim tipos de impressão 3D. Sabe também o quanto essa tecnologia pode ser amplamente utilizada, não vale mais tratar essa tecnologia como algo banal. Pois, tenho certeza que de alguma forma ela pode ser incorporada no seu dia a dia.

Então, que tal aprender agora a como escolher a impressora 3D ideal para sua utilização e aproveitar tudo que ela tem a te oferecer?

Continue lendo

Guia de como imprimir com os filamentos especiais!

Guia de como imprimir com os filamentos especiais!

Os filamentos PLA e ABS são os mais utilizados, principalmente no Brasil, mas é importante saber que há outras opções. Filamentos especiais, como Policarbonato e PETG podem ser usados em projetos únicos, agregando mais valor à peça. Neste conteúdo vamos mostrar como imprimir com esses materiais.


Mesmo para os usuários mais avançados de impressão 3D há alguns filamentos especiais que causam uma certa dor de cabeça para ser impressos. Nylon, PETG, Flexível e Policarbonato são exemplos desses filamentos para impressora 3D. Eles possuem características bem interessantes, que podem ser utilizadas em projetos específicos.

Então, para lhe ajudar a utilizar esses materiais, criamos este guia de como imprimir com eles. Vamos lá?

Por que utilizar filamentos especiais?

A primeira pergunta que deve ser respondida é o motivo de usar esses materiais, visto que normalmente eles são mais caros do que os filamentos comuns, como PLA e ABS. Alguns de nossos clientes comumente enviam perguntas sobre a melhor escolha do tipo de filamento para um projeto específico. Porém, na maioria das vezes, PLA ou ABS atendem à necessidade.

No entanto, você pode sim precisar desses filamentos especiais. O Nylon e o Petg, por exemplo, apresentam uma alta resistência mecânica, bem superior aos filamentos comuns. Já o flexível, como o nome já diz, pode ser a solução ideal em peças que precisam de conformidade, como pneus, palmilhas e anéis de vedação. Já o policarbonato é altamente resistente, superando tanto o PETG como Nylon, mas precisa de uma maior temperatura de extrusão.

Ou seja, antes de comprar qualquer filamento especial, analise a aplicação. Será que você realmente precisa dessas características ou pode usar outros filamentos? Essa análise pode fazer com que você evite gastar mais do que deveria e também que não se frustre com uma má escolha.

Mas afinal, como imprimir com os filamentos especiais?

PETG

O PETG é um filamento já bastante utilizado na comunidade de impressão 3D. Muitas pessoas, inclusive, estão trocando o uso do ABS por ele. Isso porque ele pode ser impresso em impressoras abertas sem sofrer o efeito de warp.

O filamento PETG é extremamente resistente e durável. Ele é indicado para impressão de peças que sofrerão alto impacto ou tensão. Outra característica interessante é que ele é considerado um material FoodSafe, ou seja, pode entrar em contato com alimentos sem problemas.

A faixa de temperatura de impressão varia entre 235 e 255ºC. Para uma melhor adesão, é indicado configurar a mesa para a temperatura média de 70ºC, além de utilizar uma cola adesiva ou fita kapton azul.

 

Dicas para a impressão do filamento PETG:

  1. Deixe o bico um pouco mais afastado da mesa: como é um material mais fluido, é indicado deixar uma distância maior no eixo Z para a mesa. Se isso não for feito, pode acumular material em torno do bico, sendo deixado posteriormente na peça;
  2. Regule o cooler de resfriamento da peça: o cooler voltado para a peça pode gerar diferenças gritantes na sua impressão com o PETG. Se ele estiver ligado, os detalhes serão feitos em uma melhor qualidade, resfriando o material mais rapidamente. Porém, se você quiser uma peça mais forte, desligue o cooler e as camadas terão uma maior adesão. É interessante desligar o cooler nas primeiras camadas para garantir a adesão;
  3. Diminua a velocidade de impressão: na impressão 3D em geral, velocidade não é sinônimo de qualidade, e no PETG isso é ainda mais sólido. É recomendado abaixar um pouco a velocidade de impressão, em torno de 50 a 60mm/s. É melhor imprimir mais lentamente e ter sucesso na sua peça do que acelerar o processo e ter que retrabalhar ou simplesmente perder a peça;
  4. Acerte o retract: a retração na impressão do PETG também é um ponto crítico. Se não for bem acertada, pode causar o efeito de blob na peça. Você pode abusar do retract. É recomendado ativar a função Wipe Nozzle com distância aproximada de 5 milímetros;
  5. Reduza o fator de extrusão: diminuir em 0,05mm é bem interessante. Por exemplo, se o seu fator de extrusão é 1,00, abaixe para 0,95.

Nylon

O filamento Nylon também é uma opção para quem busca peças extremamente duráveis e resistentes. Sua aplicação é parecida com o PETG, para peças de alto impacto ou tensão. No entanto, a temperatura de extrusão do Nylon é ligeiramente superior, com faixa entre 235 e 270ºC (consultar fabricante do filamento). Ele apresenta uma maior durabilidade do que o PETG, mas é mais difícil de imprimir.

Uma dificuldade em trabalhar com o filamento Nylon é que ele absorve umidade com muita facilidade. Então, se você for usar esse material, lembre-se sempre de guardá-lo dentro de um plástico zip com sílica quando não estiver usando.

O Nylon possui um baixo coeficiente de atrito, por isso, é muito indicado para peças de movimentação, como engrenagens ou buchas. A resistência a tração também é uma propriedade marcante nesse filamento especial. As abraçadeiras de cabos, muito utilizadas para organizar fiação de equipamentos eletrônicos, normalmente são feitas de Nylon. Tentar quebrá-las é algo extremamente difícil!

 

Dicas para impressão do filamento Nylon:

  1. Verifique a sua impressora 3D: a impressão do Nylon, como falamos, deve acontecer em torno de 235 a 270ºC. Então, as impressoras com tubo de PTFE não conseguem chegar a essa temperatura, uma vez que o PTFE começa a se degradar aos 250ºC;
  2. Mantenha a temperatura ambiente controlada: o filamento Nylon sofre muito com warping, mais do que o ABS. Se a sua impressora estiver exposta a um resfriamento forçado, sua peça não sairá nada bem. Por isso, é interessante que a impressora seja fechada, sem qualquer fonte de resfriamento. Os coolers devem ser desligados;
  3. Controle a adesão na mesa: a fita kapton azul é uma boa dica para fixar o Nylon na mesa de vidro ou de metal. Além disso, mantenha a temperatura da mesa um pouco mais elevada, próximo a 100ºC ou até um pouco mais;

Flexível

Na nossa lista de filamentos especiais não poderia faltar aquele com maior flexibilidade, o filamento flexível. Ele tem uma aplicação bem interessante. Algumas empresas de calçados já enxergaram o potencial desse material e começaram a fabricar tênis com impressão 3D, é o caso da Adidas, por exemplo.

O flexível tem uma boa durabilidade e, claro, flexibilidade. Porém, apresenta algumas dificuldades de impressão. Acontece que se a impressora tiver uma folga entre o tracionador e o hotend, o filamento pode encontrar essa área de escape e dobrar, interrompendo a impressão. Então, o ideal é que esse espaço seja o mais curto possível. Impressoras 3D com sistema de direct drive normalmente são mais indicadas para trabalhar com esse material. Porém, o sistema com bowden também é possível, basta acertar nas configurações.

 

Dicas para impressão do filamento flexível:

  1. Acerte a temperatura de impressão: para o filamento flexível da 3D Lab, a temperatura ideal está em torno de 225ºC. Outro ponto é a recomendação que você faça uma extrusão manual verificando a fluidez. Assim, pode regular para baixo ou para cima até achar o melhor resultado. Varie de 2 em 2 graus;
  2. Não abuse da velocidade de impressão: quando falamos de impressão com o filamento flexível uma regra deve ser bem clara: usar velocidade de impressão mais baixa. Se você aumentar esse parâmetro o filamento pode acabar dobrando durante o caminho e interromper a impressão. É claro que essa velocidade vai depender bastante da impressora e de seu sistema, mas o indicado é que não ultrapasse 60mm/s;
  3. Deixe a primeira camada mais afastada da mesa: se você apertar demais a primeira camada, deixando pouca distância do bico no eixo Z até a mesa, o filamento pode acabar conformando para o lado, deixando pontas altas. Então, com a movimentação do bico, essas pontas serão atacadas e sua peça pode descolar da mesa. Além disso, se deixar o bico muito próximo, isso pode gerar uma dificuldade de extrusão e a parte do filamento que ainda está passando no hotend ou acima dele pode dobrar, parando o processo. Então, deixe o bico mais afastado;
  4. Utilize menor altura de camadas: quanto menor for a sua altura de camada, melhor será a resolução (qualidade superficial) da peça e melhor adesão entre as camadas. Assim ela corre menos risco de descolamento;
  5. Regule a função retract: é interessante que você não use o retract no filamento flexível. Quando você utiliza, o filamento será esticado e depois contraído, e isso pode fazer com que ele dobre em algum espaço vazio.

Wood

O Wood é mais um dos filamentos especiais. Aqui na 3D Lab nós temos o maior orgulho em falar que somos a primeira e única empresa fabricante de filamentos a produzir esse material no Brasil. Foram quase dois anos de estudos e testes até chegar no produto final.

Ideal para peças que imitam produtos feitos com madeira, o Wood possui em sua composição fibras reais de madeira, o que dá um aspecto real à peça. Tivemos uma grande preocupação em fabricar um filamento que não fique entupindo o bico das impressoras, por conta das fibras. Para isso, além de várias implantações na nossa linha de produção, sugerimos fortemente seguir as configurações de impressão que disponibilizamos.

Nosso filamento Wood é baseado em PLA, então suas características se assemelham a ele. Tem baixa flexibilidade, média durabilidade e força. Porém, ele é um material totalmente natural, feito a partir de fontes renováveis, do PLA, com adição da fibra de madeira.

 

Dicas para impressão do filamento Wood:

  1. Regule o tracionador: o filamento de madeira é um pouco mais macio, então você deve aumentar um pouco a tensão do tracionador. O indicado é girar de uma a duas voltas no tracionador;
  2. Ajuste a temperatura de impressão: a faixa de temperatura indicada para esse filamento é entre 200 e 220ºC. A mesa pode ser deixada em temperatura ambiente, com cola adesiva, ou a 60ºC, mantendo a cola para uma melhor adesão;
  3. Cuidado com o retract: é interessante que não ultrapasse 2,5mm de retract;
  4. Ajuste a peça com acabamento: se a sua impressão ficar com alguns fiapos após o término, você pode retirar esse excesso de material colocando a peça no fogo, com um isqueiro. Não deixe a peça em exposição ao fogo por muito tempo, senão pode acabar queimando e gerando manchas e deformação;
  5. Ajuste a velocidade de impressão: a faixa ideal de velocidade é entre 50 e 80mm/s. Acima disso pode prejudicar a qualidade da peça, mas isso vai depender da estrutura da impressora 3D;
  6. Utilize camadas mais largas: é recomendado não imprimir o filamento de madeira com baixa altura de camada, isso porque as fibras de madeira podem entupir o bico nesse caso. Acima de 0,2mm é o ideal;
  7. Use bicos com furo maior: como esse filamento possui a adição de fibras de madeira, quanto maior for o furo do bico, melhor será a impressão, com menos chance de entupir.

Policarbonato

Para fecharmos nossa lista de filamentos especiais temos o Policarbonato. Esse material é realmente muito resistente, acima dos anteriormente mostrados! É ideal para peças rígidas e uma alternativa ao vidro. No entanto, a impressão é feita em temperatura bem elevada, próximo de 300ºC. Isso já é um limitador para as impressoras 3D convencionais.

A durabilidade do material é muito boa. Uma observação importante é que o PC, ou Policarbonato, é um material bem higroscópio, ou seja, ele absorve umidade com facilidade. Acontecendo isso, a impressão pode sofrer vários prejuízos. Então, o ideal é que sempre mantenha o filamento condicionado quando não estiver usando.

 

Dicas para impressão do filamento Policarbonato:

  1. Regule a velocidade: uma boa dica para trabalhar com o Policarbonato é abaixar a velocidade. Se você abaixar esse parâmetro conseguirá usar temperaturas de extrusão menores;
  2. Controle bem a temperatura de trabalho: é recomendado contar com uma impressora com câmara térmica. Ou seja, que não só aqueça a mesa, mas que mantenha a temperatura constante para a peça. Isso evita que o objeto sofra com efeitos da contração;
  3. Explore o efeito de transparência: o PC apresenta uma ótima transparência. Para aumentar isso você pode usar camadas mais largas, como 0,3 ou 0,4mm.

Portanto, como vimos em nosso guia, se você está cansado de imprimir somente com PLA e ABS, pode se aventurar com os filamentos especiais. Eles apresentam características bem interessantes, que podem ser usadas em projetos específicos.

Lembre-se de que não importa qual é o material, se você não escolhe um fabricante de qualidade, que garanta uma boa procedência dos filamentos, sua impressão não ficará legal como poderia!

Aqui na 3D Lab nós oferecemos, além do PLA e ABS Premium, o PETG, Flexível, Wood e HIPS. Estamos desenvolvendo novos filamentos especiais, como o Nylon e o Policarbonato, além de filamentos com carga, como o cerâmico e de cobre.

Então, confira agora a nossa loja virtual com todos os produtos que oferecemos. Além dos filamentos, temos também peças e acessórios para as impressoras 3D!

Continue lendo

Suporte de impressão 3D: aprenda agora como utilizar a seu favor!

Para ter uma boa qualidade nas peças impressas é muito importante saber utilizar o suporte de impressão 3D. Esse material serve para ancorar as estruturas e garantir que as camadas estejam bem resistentes e não deformem. Por isso, vamos mostrar neste conteúdo tudo o que você precisa saber para criar as melhores estruturas de suporte.


Pode ser que você já tenha ouvido falar para sempre fugir do suporte de impressão 3D, não é mesmo? Sim, eles podem ser considerados desperdício de material e podem danificar a peça durante a remoção. No entanto, dependendo do modelo a ser impresso ele se torna fundamental para um resultado final de qualidade.

Existem infinitas maneiras de evitá-los, porém, quando isso não é possível vale a pena saber a melhor maneira de utilizá-los. Por isso criamos esse conteúdo com tudo o que você precisa saber sobre as estruturas de suporte para impressão 3D antes de começar a imprimir pontes ou projeções em seus modelos. Confira!

O que são suportes?

As impressoras 3D FFF (Fused Filling Fabrication) trabalham depositando camada sobre camada de filamento para criar um objeto 3D. Nesse método, cada nova camada deve ser suportada pela camada abaixo dela. Se o seu modelo tiver uma cobertura que não seja suportada por nada abaixo, você precisará acrescentar estruturas de suporte de impressão 3D adicionais para garantir uma impressão bem-sucedida.

Suporte são considerados um mal necessário na impressão 3D. Uma vez que, eles são absolutamente necessários para modelos com projeções ou pontes. Por outro lado, eles aumentam os custos de material, adicionam mais trabalho de pós-processamento e podem danificar a superfície do modelo. Conseguir as estruturas de suporte de impressão 3D corretas é, portanto, um aspecto muito importante para os modelos que necessitam delas.

Quando utilizar estruturas de suporte para impressão 3D?

Em geral, quando seu modelo tem uma projeção ou uma ponte que não é suportada por nada abaixo, talvez seja necessário usar estruturas de suporte de impressão 3D para imprimi-las. Então aqui estão alguns exemplos de saliências e pontes ilustradas com a ajuda das letras Y, H e T.

Projeções e pontes ilustradas com o exemplo clássico das letras Y, H e T.

Nem todas as projeções precisam de suporte (Regra dos 45º)

No entanto, nem todas as projeções precisam ser suportadas. A regra geral é: se uma projeção inclinar em um ângulo menor que 45º em relação à vertical, você poderá imprimir sem usar estruturas de suporte.

Projeções em um ângulo de mais de 45 graus a partir da vertical exigem estruturas de suporte.

Acontece que as impressoras 3D usam um deslocamento horizontal muito pequeno (quase imperceptível) entre camadas consecutivas. Portanto, uma camada não é empilhada perfeitamente sobre a camada anterior. Isso permite que a impressora imprima projeções que não inclinam muito da vertical. Qualquer coisa abaixo de 45º pode ser suportada pelas camadas anteriores. Por isso 45º é considerada a linha de falha.

Considerando a impressão das letras Y e T podemos perceber claramente quando é possível não utilizar o suporte. Os dois ângulos da letra Y são inferiores a 45º em relação à vertical. Portanto, se você quiser imprimir a letra Y, pode fazer sem usar estruturas de suporte.

A letra Y não requer estruturas de suporte de impressão 3D. Já a letra T precisa. (fonte: 3DHubs)

Por outro lado, as projeções na letra T têm um ângulo de 90º com a vertical. Portanto, você deve usar estruturas de suporte para imprimir a letra T, caso contrário, o resultado será uma bagunça, conforme ilustrado abaixo.

Sem estruturas de suporte de impressão 3D, a letra T não é impressa corretamente (fonte: 3DHubs)

Nem todas as pontes requerem suporte (Regra dos 5 mm)

Assim como as projeções, nem todas as pontes requerem suporte. Aqui, a regra é: se uma ponte tiver menos de 5 mm de comprimento, a impressora poderá imprimi-la sem exigir estruturas de suporte.

Para fazer isso, a impressora usa uma técnica chamada de Bridging – onde ela estica o material quente para distâncias curtas e consegue imprimi-lo com o mínimo de flacidez. No entanto, se a ponte tiver mais de 5 mm, essa técnica não funcionará e nesse caso, você precisa adicionar estruturas de suporte.

Teste a capacidade da impressora antes de imprimir

A regra que impressões com ângulos de até 45º com a vertical não precisam de suporte, é apenas isso – uma regra prática. Esse valor pode variar! Pois, ele depende muito da sua impressora, sua condição de trabalho e o material que você está usando. Impressoras em mau estado podem não conseguir imprimir, por exemplo, projeções em um ângulo de 35º ou 40º a partir da vertical.

Portanto, antes de começar a imprimir modelos com projeções, é uma boa ideia saber a capacidade da sua impressora para imprimi-las. Isso é bem fácil de fazer! Para isso basta baixar o modelo do Massive Overhang Test do Thingiverse e imprimi-lo. Isso porque este modelo tem uma série de projeções variando de 20 a 70 graus com um incremento de 5 graus.

O teste de balanço maciço no Thingiverse

Identifique o ângulo em que a impressora começa a falhar. Pois esse é o ângulo máximo que sua impressora pode imprimir sem suporte. Anote isso para que você possa usar essas informações mais tarde para decidir onde usar o suporte e onde não.

Desvantagens do uso de suportes

Você pode estar se perguntando por que estamos discutindo onde o suporte é necessário e onde ele deve ser evitado. O motivo de toda essa confusão é porque usar estruturas de suporte de impressão 3D tem suas desvantagens. Veja quais são elas!

1. Aumento do custo do material

As estruturas de suporte requerem material adicional e são removidas e descartadas após a impressão.

Se você estiver usando impressão 3D para produção de peças para comercialização provavelmente se preocupará com o custo por modelo. Mas se você faz impressões por hobby você também se preocupa com isso.

Estruturas de suporte de impressão 3D obviamente aumentam o custo do modelo. As estruturas de suporte consomem material e este material é posteriormente removido e descartado. Assim, cada parte da estrutura de suporte que você usa, aumenta o custo do modelo.

2. Maior tempo de impressão

As estruturas de suporte também aumentam o tempo da impressão 3D, uma vez que mais partes precisam ser impressas.

3. Necessidade de pós-processamento

As estruturas de suporte de impressão 3D não fazem parte do modelo final. Elas são na verdade apenas suportes utilizados durante a impressão para imprimir pontes e projeções sem prejudicar o resultado da impressão. Isso significa que, depois que você terminar, ainda terá como tarefa adicional remover as estruturas antes que o modelo esteja pronto para uso.

Em um ambiente de impressão 3D para comercialização, o acréscimo de trabalho significa um custo adicional ao modelo.

4. Risco de danificar o modelo

Esquerda: Impressa com suporte. Meio: A remoção do suporte causou danos. Direita: Suporte removido sem muitos danos. (fonte: 3DHubs)

As estruturas de suporte de impressão 3D tocam e geralmente aderem às paredes dos modelos. Pois essa é a única maneira de fornecer suporte a projeções e pontes. Se você não for cuidadoso ao remover essas estruturas, elas poderão deixar resíduos na superfície do modelo. Portanto na pior das hipóteses, parte do modelo pode romper com a estrutura do suporte.

Considerando todas as desvantagens a regra prática é: minimizar o uso delas e adicioná-las somente quando realmente for necessário.

Geometria da estrutura do suporte

Existem dois tipos comuns de estruturas de suporte para impressão 3D:

  1. suporte em árvore;
  2. suporte linear.

Suporte em Árvore

Este tipo de suporte é uma estrutura em forma de árvore que suporta as projeções do modelo, pois ele toca a peça apenas em determinados pontos.

A vantagem de utilizar este tipo de suporte para impressão 3D é que a sua remoção é mais fácil e ele não danifica de forma significativa os pontos de contato com a peça. Mas lembre-se que ele é adequado apenas para projeções não planas como ponta do nariz, ponta do dedo ou arcos, pois ele não fornece estabilidade suficiente para projeções planas.

Suporte Linear

 

Esse é o tipo mais comum de suporte utilizado na impressão 3D. Pois ele consiste em pilares verticais que tocam a totalidade do vão entre a projeção e a mesa.

Esse tipo de suporte para impressão 3D funciona para quase todas as projeções e pontes. No entanto, eles são muito mais difíceis de remover e muito mais propensos a causar danos à superfície do modelo.

Outra solução: estruturas de suporte de impressão 3D solúveis

Se sua impressora for de dupla extrusora, existe uma opção melhor do que o tradicional suporte. Você pode carregar uma extrusora com PLA para imprimir o modelo e a outra com um material solúvel em água como o HIPS para imprimir a estrutura de apoio. Uma vez terminada a impressão, basta lavar a estrutura de suporte imergindo o modelo em água ou D-Limoneno.

Esse método de remoção reduz o risco de danos no modelo e facilita o trabalho de pós-processamento. Por isso ele é ideal para impressões mais complexas!

Como remover o suporte sem danificar o modelo

Como as estruturas de suporte de impressão 3D são difíceis de remover e podem danificar o modelo, existem alguns truques que podem te ajudar.

  1. Primeiro, identifique as estruturas de suporte de impressão 3D que estão completamente expostas e fáceis de remover com os dedos. Tente romper essas estruturas manualmente. No entanto, seja sutil durante o processo. Se você fizer isso direito, a maior parte da estrutura de suporte deve sair facilmente.
  2. Em seguida, use uma ferramenta (como por exemplo um alicate ou uma faca) para remover as estruturas que são mais difíceis de acessar. Você também pode usar uma combinação de várias ferramentas de acordo com o suporte que necessita retirar.
  3. Ao usar uma faca, é uma boa ideia aquecer a lâmina. Isso facilita o corte das estruturas de suporte, no entanto, vale ressaltar que você deve manter a atenção para não danificar o modelo impresso.
  4. Lixa também é uma ótima ferramenta para remoção. O lixamento úmido com lixas de alta gramatura (220 a 1200) removerá as estruturas de suporte e também polirá o modelo. Então para melhores resultados, aplique água na peça e lixe em movimentos suaves até que a qualidade da superfície desejada seja alcançada.

Você pode usar o lixamento úmido para remover os últimos pedaços de estruturas de suporte e polir a superfície do modelo (Fonte: Formlabs)

Como evitar ou minimizar o uso dos suportes

Chanfro

Outra maneira de eliminar a necessidade de estruturas de suportes são os chanfros. Eles são uma maneira de transformar projeções indesejadas em outras com ângulos inferiores a 45º. Por exemplo, se você tiver uma borda levemente inclinada ou curva, poderá substituí-la por uma borda angular que não requer suporte. Tal desenho angular é chamado de chanfro.

Da mesma forma, se você tiver um furo no modelo, poderá convertê-lo em um furo chanfrado na forma de uma lágrima. Na maioria das vezes, isso não afetará a estética geral do modelo, mas ajudará a reduzir as estruturas de suporte necessárias para imprimi-lo.

Reorientação da posição de impressão

Às vezes, o mais simples a se fazer é minimizar as estruturas de suporte necessárias. Isso muitas vezes é possível realizando apenas a reorientação da posição de impressão do modelo. Por exemplo, é muito melhor imprimir a caixa aberta mostrada abaixo com a face sem preenchimento voltada para cima.

O que nos resta concluir é que suportes são realmente um mal necessário na impressão 3D. Você com certeza vai precisar deles um dia seja para imprimir projeções ou pontes em seu modelo. No entanto, todas as vezes que não puder usar estruturas de suporte solúveis, é uma boa ideia tentar minimizá-los.

Quando o suporte é indispensável para impressão do seu modelo existem algumas dicas que valem ser enfatizadas:

  1. Certifique-se de que sua impressora 3D esteja em uma condição ideal.
  2. Assegure-se que o material depositado esteja resfriando o mais rápido possível. Quanto mais tempo o seu material demorar para resfriar, mais provável que a ponte ou a projeção se deformem ou falhem. Use seus mecanismos de resfriamento de camada de forma agressiva. Além disso, reduza o máximo possível as temperaturas de impressão.
  3. Reduzir a velocidade de impressão também ajuda a resfriar e especialmente na impressão de pontes mais longas e saliências complicadas.
  4. Se possível, tente usar a menor espessura da camada. Espessura da camada inferior significa menos material depositado em cada movimento de impressão. Então isso também ajuda a resfriar o material mais rapidamente.

Depois de todas essas informações, esperamos que você já esteja apto a utilizar os suportes de impressão 3D para obter sempre peças de qualidade. Agora vale a pena aprender um pouco mais sobre a resistência das suas peças impressas, não acha?

Continue lendo

Lithophane: saiba como utilizar a tecnologia 3D para imprimir suas fotos!

Lithophane: saiba como utilizar a tecnologia 3D para imprimir suas fotos!

Já conhece o Lithophane? Com esse recurso você pode transformar fotos em 2D em peças impressas em 3D! Saiba como colocar isso em prática!


Sem tempo para ler? Então ouça este conteúdo clicando no player a seguir:

Já pensou em utilizar a impressão 3D para materializar suas fotos 2D? Yes, this is possible! O lithophane é a arte de realizar trabalhos em 3D combinados com a luz, para juntos produzirem um objeto com diferentes tonalidades quando a claridade o atravessa. Em outras palavras, consiste em partir de uma foto ou imagem 2D, criar uma peça 3D. Imprimindo de forma mais espessa as áreas mais escuras da foto e as áreas mais claras sendo impressas mais finas, de forma que a luz a atravesse com mais facilidade.

Simplificadamente, é uma impressão 3D de uma foto que usa a espessura da impressão para mostrar vários tons quando iluminada por trás.

Apesar de não ser uma tarefa muito difícil de realizar, também não é algo trivial, pois há muitas maneiras diferentes de fazer. Uma vez que você faça certo, os resultados são fenomenais! Então confira as dicas para obter sucesso desde a primeira tentativa.

 

Etapa 1: escolha uma foto apropriada para um lithophane

 

  1. A foto impressa em 3D basicamente aparecerá em diferentes tons da mesma cor. Portanto, se houver algum detalhe importante que exija cor, a imagem pode não ser uma boa opção.
  2. É melhor escolher uma imagem com uma taxa de contraste razoavelmente alta.
  3. Uma imagem com muitos detalhes pode não ficar tão boa em lithophane. Então uma imagem simples com fundo uniforme seria a melhor opção.

Observe que esses são detalhes que devem ser lembrados e serão muito afetados pela qualidade de impressão da sua impressora e pelo tamanho do seu projeto. No entanto, se você tiver uma impressora bem calibrada, provavelmente poderá imprimir qualquer tipo de imagem. Para o exemplo usaremos uma imagem com alto grau de detalhes, o coala. Este é um bom teste para mostrar como uma imagem ruim apareceria, já que todos os tons cinza no pelo do coala causam muitos picos no STL.

Etapa 2: use o aplicativo correto

Para gerar o modelo 3D a partir da imagem, existem algumas opções disponíveis:

Softwares de código aberto:

Software pago:

Etapa 3: gere o modelo 3D

 

Para gerar o modelo 3D, foi utilizado o aplicativo Lithophanes. No entanto, você pode usar qualquer um dos outros listados. 

Na aba “Imagem” selecione a imagem que você deseja. Ela carregará e será exibida na janela principal. Então poderemos ajustar as várias configurações da imagem, como contraste e brilho. 

Há também uma opção chamada “Binarize” que pode ser útil se você quiser um lithophane puramente preto ou branco. Observe que, se você usar essa opção as demais serão ignoradas. 

O penúltimo botão é o de exibir o negativo da imagem. Finalmente, um botão de restauração para redefinir a imagem alterada para a original. 

A proporção máxima em pixels é uma configuração importante. O ideal é ter um máximo de 1 pixel para cada meia largura do bico. Isso significa que se você tiver um bico de 0,5 mm e quiser imprimir um lithophane de 100 mm de largura, precisará de menos de 400 pixels. Veja como fazer a conta:

100 / (0.5 / 2) = 100 / 0.25 = 400 pixels

Se você tiver um bico muito pequeno e/ou quiser imprimir um lithophane grande, o uso de 1000 pixels poderá causar um ligeiro aumento na qualidade. Caso contrário, 500 será mais do que suficiente. Note, entretanto, que quanto maior a resolução, mais tempo levará para fatiar o modelo.

Uma vez que você tenha uma imagem ao seu gosto, vá para a aba “3D – STL” onde você pode definir seus parâmetros de como o lithophane deve ser impresso.

Os parâmetros Z e espessura são os mais importantes aqui. Quanto maior você definir o valor de Z, mais tonalidades você poderá ter. Mas se você defini-lo muito alto, o lithophane ficará muito escuro para mostrar seu efeito completo com uma luz de fundo. Isso também aumentará o tempo de impressão consideravelmente. O parâmetro de espessura, no entanto, precisará ser o menor possível, para que não bloqueie a luz e não afete o seu lithophane.

Embora os parâmetros largura e altura sejam autoexplicativos, vale ressaltar que, para obter melhores resultados, uma impressão de 100×100 mm (ou próxima a ela, dependendo da proporção da imagem) é o ideal entre o tempo de impressão e os detalhes da impressão. Obviamente, quanto maior a impressão, mais detalhada ela será, no entanto, pode levar muito tempo para ser impressa. Você pode imprimir lithophanes menores de 50×50 mm, por exemplo, ou inferiores para impressões com detalhes baixos. 

No exemplo do coala, vale ressaltar que mesmo utilizando todos os parâmetros de forma correta, a impressão dessa imagem em lithophane ainda não seria de alta qualidade. Isso porque o grau de detalhamento, principalmente nos pelos não deixariam que houvesse contraste suficiente para o efeito da luz na peça.

Agora basta clicar no botão Gerar 3D para ver como cada parâmetro afeta seu modelo, e pode fazer isso até que esteja satisfeito. Em seguida, clique no botão de salvar STL. Certifique-se de esperar até que a barra de status diga “File Save” antes de carregar o STL no seu programa de fatiamento.

Etapa 4: fatie o seu modelo

Agora você tem um bom modelo 3D, mas ainda precisa ser capaz de imprimi-lo! Aqui estão algumas dicas muito importantes que você deve ter em mente ao fatiar seu modelo:

1. Defina o preenchimento para 100% retilíneo em ângulo de 30°

Primeiro de tudo, você tem que definir o preenchimento para 100%. Isso porque ele ajudará a evitar que o material caia no preenchimento de pequenas seções que podem atrapalhar completamente a impressão. Outra sugestão é usar um preenchimento retilíneo de 30° ou 35°.

2. Use a altura de camada mais baixa possível

Quanto menor a altura da camada que você usa, melhor será a sua resolução de impressão. Isso porque ela também permitirá que você determine quantos tons sua impressão terá.

3. Imprima o mais lentamente possível

A maior parte da impressão será muito detalhada, com muito pouca extrusão, e causará uma enorme quantidade de retrações. Assim para evitar bolhas em todo o lugar, ou obstruir sua extrusora devido a um excesso de retrações rápidas, é melhor diminuir a velocidade de impressão o máximo que puder. Quanto mais lento for, mais refinada será a qualidade da impressão.

4. Não dimensione o modelo no programa de fatiamento

Se você quiser dimensionar o modelo, basta voltar ao passo anterior e alterar o valor no aplicativo Lithophanes em vez de dimensionar o modelo no seu programa de fatiamento. Assim você não perderá nenhuma resolução na sua impressão.

Passo 5: imprima e divirta-se!

 

Observe se sua mesa está bem preparada para evitar deformações. Certifique-se também que sua impressora esteja bem calibrada. A temperatura de impressão também deve ser definida corretamente para minimizar possíveis falhas.

Outro detalhe importante é usar um bom filamento branco ou natural. Você também pode experimentar algumas cores claras, como amarelo. No entanto quando a imagem estiver em preto e branco, é melhor usar a cor branca para impressão.

A melhor maneira para imprimir um lithophane é na vertical! Porém, como a peça é muito fina, o ideal é utilizar o raft como apoio. Assim seu modelo terá menos chance de descolar da mesa e arruinar seu trabalho.

Após o término da impressão, basta colocar sua peça contra a luz para finalmente ver a imagem em toda a sua glória. A diferença entre um lithophane aceso e apagado é enorme. Geralmente, ele fica muito melhor com a luz do dia do que com uma lanterna. Mas, desde que a luz seja difusa e não seja muito brilhante, ele ficará perfeito!

As dimensões e a espessura afetam muito o tempo de impressão. A quantidade de detalhes na foto também afetará a impressão, como vimos na foto do coala.

Ainda tem dúvidas? Então confira esse vídeo!

Se você ainda acha que não será capaz de criar um bom lithophane, confira este vídeo abaixo do nosso parceiro, o Murilo do canal 3D Geek Show. Ele mostra o passo a passo para criar a sua impressão.

Como você pode ver, é importante escolher a imagem certa para usar em seu lithophane, pois isso pode afetar muito o tempo de fatiamento, o tempo de impressão e o resultado geral. Se você é paciente e tem uma impressora bem calibrada, então você pode usar praticamente qualquer imagem que quiser, apesar de que com imagens com muito contraste você obtém resultados muito melhores.

Agora é hora de botar a mão na massa e começar a praticar! Para te ajudar ainda mais, veja também o nosso conteúdo sobre qual a influência da altura de camada nas impressões 3D!

Continue lendo

É possível fazer uma impressão 3D colorida? Descubra agora!

Você já pensou em usar a sua impressora 3D com somente um extrusor para criar peças coloridas, com duas ou mais cores? Isso é totalmente possível e existem técnicas para isso. Neste conteúdo vamos mostrar como fazer impressão 3D colorida.


Sem tempo para ler? Então ouça este conteúdo clicando no player a seguir:

A tecnologia de impressão 3D realmente revolucionou e vem mudando a forma de fabricação de peças e protótipos. Mas, é claro que como qualquer outra ferramenta, existem limitações. Um desses limites está na utilização de cores variadas para uma impressão 3D colorida.

A maioria das impressoras 3D fabricadas e vendidas no mercado apresentam somente um extrusor. No entanto, existem maneiras práticas de burlar esse limite, criando peças impressas coloridas ou até mesmo com mais de um material.

Criamos este artigo mostrando 4 diferentes maneiras de fazer uma impressão 3D colorida e que você pode aplicar agora mesmo. Confira!

 

Duas extrusoras para imprimir com mais de um filamento

Se você quiser imprimir um objeto com mais de uma cor de filamento ou materiais diferentes, isso é um pouco mais complicado do que imprimir uma peça monocromática. Para isso você pode usar duas ou mais extrusoras. Cada uma com cor diferente de filamento, então você poderá imprimir uma peça em vários tons.

A extrusão dupla é quando você imprime com múltiplos filamentos ou materiais. Com uma impressora que possui duas ou mais extrusoras, você pode misturar materiais, fazendo camadas alternadas de cor ou apenas partes em cores diferentes.

Porém, é importante lembrar que o projeto para ser impresso em uma impressora com duas ou mais extrusoras deve ser adaptado para isso. Não basta colocar duas cores de filamentos na impressora e achar que o projeto automaticamente vai ser impresso em duas cores.

Além disso, a extrusão com mais de uma cor implica em alguns cuidados. O tempo de impressão, por exemplo, pode se tornar elevado. Quando um extrusor estiver operando, o outro deve ser resfriado para que o filamento não escorra. Na troca, o bico em baixa temperatura deve ser aquecido e o outro resfriado.

Duas extrusoras para imprimir com mais de um filamento

O ideal, e que tende a se tornar uma realidade, é que se tenha conjuntos independentes, imprimindo a mesma peça.

Impressão 3D colorida e uma única extrusora

Ter uma impressora com apenas uma extrusora não significa que você só poderá imprimir peças monocromáticas ou que terá que comprar uma nova impressora. Basta seguir o passo a passo abaixo que você poderá realizar uma impressão 3D colorida sem dor de cabeça.

Etapa 1: Encontre a altura da camada

Dependendo do seu projeto, diferentes valores da altura da camada podem ser usados. Definir esse número desde o início é importante porque ajudará você a projetar seu modelo 3D para ter pontos de início e parada previsíveis. Como exemplo, suponha que você utilize uma resolução da camada de 0,25 mm, e certifique-se de que todas as nossas medidas no eixo Z são divisíveis por este número, ou seja, 0,50; 1,75; 2,00.

Etapa 2: Faça seu modelo 3D

Etapa 2: Faça seu modelo 3D

Use seu software CAD favorito para criar um modelo 3D, mas lembre-se de manter a altura da sua camada sempre em mente.

Neste exemplo será utilizado fundo listrado em uma moeda. As tiras são de 1,00 mm de altura, a face é de 3,00 mm e o anel externo é de 0,50 mm extra. Como já dito, todos os valores são divisíveis pela altura da camada que é de 0,25 mm.

Com o modelo finalizado, exporte como um STL.

Etapa 3: Importar para o Slice

Etapa 3: Importar para o Slice

Utilizando o Simplify3D para o fatiamento (o processo é semelhante para os outros softwares) importe o arquivo STL gerado anteriormente e defina as configurações de impressão.

Etapa 4: Gerar G-Code

A fase mais importante na impressão com mais de uma cor é a maneira que o fatiador tenta iniciar uma impressão acima da mesa.

Use o bloco de notas para abrir o arquivo de impressão. Pesquise com Ctrl+F por Z = 1. Acima dessa linha digite o seguinte código:

M84 S0

G91

G1 Z5 F6000

G90

G1 X100 Y0

M83

M25

G92 E0

M25

G92 E0

G90

M82

Etapa 4: Gerar G-Code

Salve o arquivo e o transfira para a impressora através do cartão de memória.

Etapa 7: Imprimindo as partes

 

Etapa 7: Imprimindo as partesEtapa 7: Imprimindo as partes

Agora que você já fez a parte mais difícil da configuração é só iniciar a parte mais divertida da impressão. Primeiro, carregue o filamento da sua base e execute o Gcode. Assim que a impressão pausar, lembre-se de não retirar sua peça da mesa. Em seguida, mude seu filamento para a cor da parte superior e execute o Gcode novamente. Fácil né?

Quer utilizar mais do que duas cores? Você pode usar essas etapas para fazer quantas cores desejar. Os únicos passos a mais são adicionar pausas as suas seções intermediárias.

Impressão 3D colorida usando peça de sacrifício

Existe uma maneira para impressão 3D colorida que não necessita de pausa na impressão e nem de configurações extras para a troca de cor. Consiste em uma impressão com peça de sacrifício.

Para essa técnica basta criar além do artigo que quer imprimir um objeto secundário que servirá como peça de sacrifício. Essa peça que será descartada posteriormente não necessita ser do mesmo tamanho da peça principal pode ser apenas uma torre — assim você não desperdiçará tanto filamento.

A única função desse objeto secundário é realmente servir de sacrifício! Pois é no momento da impressão dele que você deverá efetuar a troca do filamento por um de outra cor. Quando a impressão retornar para a peça principal você já terá uma nova cor de filamento sem pausar o processo.

A desvantagem desse método é que é necessário ficar de olho para não perder o timing da troca de cores. Além disso existe o desperdício de filamento, pois a peça de sacrifício é descartada após a impressão.

Impressão 3D multimaterial

Nem sempre a sua peça impressa necessita ser modelada de maneira inteiriça. Você já pensou em criar as partes de acordo com a cor que deseja imprimir cada uma delas? Sim, essa é outra maneira de obter uma impressão 3D colorida!

Basta criar e imprimir o seu modelo por partes. Como exemplo, imprimimos o Mike Wazowski. O modelo possui quatro partes com mudanças de cor, portanto ele foi impresso em quatro etapas.

Primeira parte: corpo do personagem

Primeira parte: corpo do personagem

Parte impressa com PLA Verde Limão da 3D Lab.

 

Segunda parte: parte externa do olho (esclerótica)

Segunda parte: parte externa do olho (esclerótica)

Parte impressa com PLA Branco da 3D Lab.

Terceira parte: parte intermediária do olho (íris)

Terceira parte: parte intermediária do olho (íris)

Parte impressa com PLA Verde Limão da 3D Lab.

Quarta parte: parte central do olho (pupila)

Quarta parte: parte central do olho (pupila)

Parte impressa com PLA Preto da 3D Lab.

Peça final

Após a impressão de todas as partes do modelo basta encaixá-las. Super prático, não é mesmo?

Peça final

 

Esse modelo está disponível no Thingiverse, assim como vários outros. É só procurar por “multi-material”.

Então seja utilizando uma impressora com duas ou mais extrusoras ou uma impressora com apenas uma e fazendo a troca de filamentos de forma manual ou por encaixe posterior das peças, você não tem mais desculpas para não realizar uma impressão 3D colorida por achar complexa demais ou extremamente trabalhosa.

Gostou do nosso conteúdo sobre impressão 3D colorida? Agora, compartilhe este post nas suas redes sociais junto com uma foto da sua peça colorida! Lembre-se de marcar nossas páginas!

 

Continue lendo

Aprenda a configurar a primeira camada da impressão 3D!

Identificar uma primeira camada perfeita é bem simples. Isso porque ela possui linhas planas de filamento e não há intervalos entre elas.


Sem tempo para ler? Então ouça este conteúdo clicando no player a seguir:

Saber como configurar a primeira camada em sua impressão 3D é fundamental para o sucesso final da sua peça! Porém, quando ingressamos em uma nova tecnologia, nem sempre temos o conhecimento prévio necessário para ter sucesso logo no início.

Por isso, muitas vezes acabamos aprendendo na tentativa e erro mesmo! Até porque para quem está iniciando nem sempre termos técnicos fazem sentido e a maioria dos tutoriais que vemos na internet estão abarrotados deles sem a devida explicação.

Como nosso objetivo é sempre ajudar, vamos tentar tornar esse processo de aprendizagem e aperfeiçoamento o mais simples possível.

Então, vamos lá!

 

Como configurar a primeira camada

Um dos problemas mais comuns enfrentados por usuários de impressão 3D é a adesão da peça à mesa. Para obter uma boa aderência, as linhas da primeira camada precisam do máximo contato com a mesa possível.

Essa aderência pode ser obtida por meio de uma quantidade considerada de cola passada na mesa ou simplesmente fazendo o certo. Mas afinal o que é o certo?

O filamento é extrusado do bico em forma de tubo porque está sendo empurrado por um orifício redondo. Se o bico estiver muito alto, o filamento será colocado suavemente sobre a mesa e haverá muito pouco contato superficial entre o filamento e a mesa.

Você precisa que o bico esteja mais baixo para que o filamento extrusado seja comprimido contra a mesa e, assim, aumentar a área de contato da superfície. O primeiro passo sempre quando iniciamos uma impressão é verificar se a impressora está adequadamente calibrada e nivelada.

O processo de nivelamento depende de qual máquina está sendo utilizada. Atualmente, muitas impressoras já possuem o nivelamento automático. Mas, para as que não dispõem desse recurso, existem formas manuais para esse ajuste.

Um dos processos mais utilizados é colocar um cartão de visitas entre o bico da impressora e a mesa e medir as diferenças de altura nas quatro quinas. Com o aperto dos parafusos localizados abaixo da mesa é feito o ajuste e nivelamento.

Passo a passo da configuração

1. Certifique-se que sua mesa de impressão esteja limpa;

2. No menu da impressora (via LCD) ou no software de controle, mande todos os eixos (XYZ) para o home (ponto zero de cada eixo);

3. Em seguida, desabilite os motores, no menu, acione a opção desabilitar motores (disable steppers);

4. Desligue a impressora por precaução;

5. Com as mãos, puxe os eixos para cada um dos quatro cantos da mesa, movendo os eixos X e Y apenas;

6. Iremos, então, calibrar cada um destes quatro pontos:

7. Conduza o bico até o ponto 1 manualmente. Então, insira um cartão de visita entre o bico da impressora e sua mesa, raspe-o levemente. Deve haver uma leve pressão de esmagamento no cartão (bico e mesa esmagam o mesmo). Caso esteja muito justo ou livre demais, aperte ou solte a mola da mesa respectiva daquele canto. Repita este passo para cada um dos quatro cantos.

Com a mesa nivelada, vamos para a primeira camada…

8. Ligue a impressora, configure sua primeira impressão para camada (primary layer height) para 0,3 mm e a porcentagem da altura da primeira camada (first layer height) para 100%;

9. Inicie sua impressão e verifique se o filamento está sendo levemente esmagado contra a base de impressão. Repare se a quantidade de filamento depositado na mesa está abaixo do esperado. Se estiver é porque o bico está muito próximo à mesa, caso contrário (o filamento estiver solto/arredondado), repita o processo deixando o bico um pouco mais próximo à mesa;

 

 

10. Alguns software fatiadores, como o Cura, permitem manter a primeira camada da impressão sempre a 0,3 mm. Isso facilita as impressões, pois a altura do bico em relação à mesa será sempre a mesma. No software que não for possível, como no Simplify, ao alterar a resolução das camadas de sua impressão (primary layer height) altere também a altura via software do bico em relação à mesa (first layer height). Altere este valor em %, por exemplo: se sua impressão estiver com resolução em Z de 0,1 mm, altere o valor para aproximadamente 60%. Se 0,2 mm, para 80% e 0,3 para 100%. Assim, você precisará realizar este procedimento de nivelamento apenas uma vez.

11. Para impressões em PLA e PETG, tente, se possível, utilizar vidro sobre sua mesa de impressão (sempre limpo com desengordurante, enxaguado e seco com papel toalha) e para ABS utilize nossa cola 3DLab especial.

Agora que você já sabe configurar a primeira camada de sua impressão 3D, vamos a algumas dicas importantes, no próximo tópico.

Dicas extras para melhorar a qualidade da primeira camada

Nivelamento da mesa

Ter uma mesa nivelada é fundamental. Se a distância entre a ponta do bico e a mesa se desviar, mesmo que só um pouco, isso pode fazer com que o material extrudado não se conecte corretamente a mesa. Pode parecer óbvio mas a dica é sempre iniciar a configuração pelo nivelamento!

Velocidades mais baixas

Desacelerar a extrusora durante a impressão da primeira camada reduz as forças aplicadas ao material fundido. Reduzindo assim as chances de ele ser esticado demais e não aderir corretamente. 30% ou 50% da velocidade normal é o recomendado.

Taxas de extrusão corretamente calibradas

Se houver excesso de material na primeira camada, o bico poderá arrastá-lo na segunda passagem. Isso faz com que ele se levante da mesa (principalmente se o material tiver resfriado). Ao contrário, muito pouco material pode fazer com que a primeira camada se solte mais tarde na impressão, resultando em objetos desconectados ou deformados. Por estas razões, é importante ter uma taxa de extrusão bem calibrada.

Altura da primeira camada

Uma altura de camada mais espessa proporcionará mais fluxo e, consequentemente, mais calor, fazendo com que a extrusão se conecte mais à mesa. Recomenda-se aumentar a altura da primeira camada para coincidir com o diâmetro do bico. Por exemplo, se o bico é de 0,3mm recomenda-se uma mesma altura de camada.

Largura de extrusão maior

Quanto mais material tocar a mesa, melhor o objeto vai aderir a ela. Isso pode ser alcançado aumentando a largura de extrusão da primeira camada, seja por uma porcentagem ou uma quantidade fixa.

Um valor de aproximadamente 130% do diâmetro do bico para a largura de extrusão é um valor recomendável.

Sem refrigeração

Não faz sentido aumentar a temperatura da primeira camada e ter um ventilador ou outro mecanismo de refrigeração ligado durante a impressão, principalmente em impressoras abertas. Manter o ventilador e o ar condicionado do ambiente desligados é o recomendado.

A sua impressora está perto de uma porta que se abre regularmente? Ou talvez uma janela? Isso pode ser a causa da deformação nessa primeira camada. Tente movê-la para um local diferente ou criar um compartimento ao seu redor para isolá-la de fatores ambientais.

Utilize técnicas de auxílio

O Raft, por exemplo, é uma boa técnica de auxílio para adesão, especialmente em impressão utilizando o ABS. Apesar de ser um material e tempo extras, ele garante a adesão adequada da primeira camada.

Outra técnica que pode lhe ajudar durante a impressão da primeira camada é o Skirt. Ele ajuda a garantir que tudo está ocorrendo bem mesmo antes do início da impressão. Se a preocupação é a adesão, o Skirt é o caminho a percorrer.

O Brim é muito semelhante ao Skirt, porém ele está preso ao modelo, ao invés de estar ao seu redor. Se a intenção é ter maior adesão em um modelo que tenha pernas ou algo semelhante, mas que não possua uma grande área de superfície tocando a mesa, o Brim é uma ótima escolha.

Vale a pena ressaltar que filamentos de qualidade são fundamentais para o sucesso de sua impressão. Não adianta configurar tudo de maneira correta ou comprar uma máquina de última geração se para economizar você utiliza um filamento sem procedência comprovada. Essa também pode ser uma das causas para uma primeira camada não satisfatória!

Portanto, configurar a impressão da primeira camada não precisa ser um bicho de sete cabeças, basta para isso seguir as dicas e praticar!

Depois de aprender a como obter uma primeira camada de impressão 3D perfeita, que tal começar a utilizar as técnicas e nos contar como foi o resultado? Deixe nos comentários como foi sua experiência e caso tenha mais alguma sugestão para acrescentar, ela será muito bem vinda!

Continue lendo

Holanda vai inaugurar o primeiro condomínio de casas impressas em 3D

Holanda vai inaugurar o primeiro condomínio de casas impressas em 3D

Pode parecer surreal, mas a partir de 2019, moradores já poderão ocupar o primeiro condomínio de casas impressas em 3D, que será inaugurado na Holanda. O condomínio experimental conta com 5 casas e foi projetado por pesquisadores da Universidade Tecnológica de Eindhoven. A ideia do projeto é buscar novas soluções para o setor de construção civil e dar uma nova perspectiva para o mercado.

O Projeto das casas impressas em 3D

Atualmente o projeto das casas impressas em 3D apresenta algumas limitações. Um exemplo é que as partes das residências são impressas em um local diferente e levadas posteriormente para a construção. Isso faz com que o tempo de produção das casas seja mais longo e consequentemente gere mais custos. Mas, ainda assim, sendo inferiores aos modelos tradicionalmente usados pela construção civil. Porém, para otimizar ainda mais o processo, o objetivo é conseguir uma forma de levar as impressoras para o canteiro de obras e imprimir as habitações por lá mesmo.

Outra ideia é que em breve os próprios moradores consigam definir qual o formato que desejam que suas residências tenham. Pois assim o projeto de cada casa atenderá as necessidades individuais da família que a habitar.

Quer saber mais? Confira a notícia completa divulgada pelo site TecMundo e compartilhe essa publicação nas suas redes sociais para mostrar esse grande avanço da tecnologia para seus amigos!

Continue lendo

É possível usar ABS em impressora aberta? Nós fizemos o teste com Skirt. Confira os resultados!

É possível usar ABS em impressora aberta? Nós fizemos o teste com Skirt. Confira os resultados!

A impressão em ABS, apesar de ser um material mais barato, na comunidade mundial é um pouco preterido em favor do PLA devido as características que o tornam um pouco difícil de lidar. Mas será que é possível contornar essas características mesmo em uma impressora aberta?


Quem nunca tentou usar ABS em impressora 3D aberta e viu a peça sair cheia de falhas, descolamentos e o famoso efeito warp? Esse problema é bem comum, uma vez que o ABS sofre uma grande contração quando resfria. Por a impressora ser aberta, a peça fica exposta ao ar externo, aumentando esse efeito. O mais indicado para usar esse material é contar com uma máquina fechada, que consiga manter a temperatura interna mais homogênea e sem resfriamento forçado.

No entanto, em uma postagem que fizemos no nosso blog sobre as diferenças entre o Raft, Skirt e Brim, o Bruno Ruiz, usuário da tecnologia de impressão 3D, fez um comentário bem interessante sobre o uso do Skirt. Ele levantou a questão de utilizar o Skirt mais alto, formando uma espécie de “escudo” para a peça. Pois isso poderia reduzir os efeitos da contração. Então, para responder, fizemos um teste comparativo. Os resultados você acompanha neste conteúdo!

Por que é difícil usar ABS em impressora aberta?

O ABS é um dos principais materiais para impressão 3D. Principalmente no Brasil, esse filamento vem conquistando cada vez mais adeptos. Entre suas características estão a facilidade em dar acabamento, seja com acetona pura ou outro componente, além da boa resistência mecânica e térmica.

No entanto, esse material pode causar uma certa dor de cabeça para quem está iniciando nessa tecnologia. A impressora 3D deve ter, obrigatoriamente, mesa aquecida para trabalhar com o filamento, senão ele não conseguirá se fixar a ela.

Outro problema está na estrutura da máquina. Se a impressora for aberta o ambiente em que ela está pode interferir na qualidade de impressão. Por exemplo, se há uma corrente de ar direcionada para uma região da peça, essa seção pode sofrer bastante e ficar com uma qualidade superficial baixa. Isso também é visto quando a impressora é colocada em uma sala com ar condicionado. O resultado final pode ser bem diferente do desejado!

Então, para evitar esses problemas, comprar uma impressora 3D fechada pode ajudar. No entanto, isso não deve ser encarado como uma regra. Você pode construir um gabinete para enclausurar a máquina, veja o exemplo na foto abaixo. Pode também buscar soluções como a que vamos testar no próximo tópico.

Afinal, o Skirt realmente pode ser a solução para usar ABS em impressora aberta?

Agora, vamos ao que realmente interessa: o resultado do teste para avaliar se o Skirt pode ser a solução para usar ABS em impressora aberta.

Para a avaliação, fizemos duas impressões. Em ambas nós utilizamos uma impressora 3D aberta. Usamos o mesmo ambiente, uma sala fechada com ar condicionado configurado em 20ºC, uma condição nada favorável para tal uso. Além disso, mantivemos as mesmas configurações nas duas impressões.

A única diferença foi na criação do Skirt. Na primeira peça, usamos somente duas camadas no Skirt, com o objetivo de regularizar o fluxo de material antes da impressão da peça. Já na segunda, colocamos o Skirt para acompanhar a peça, com a mesma altura, formando uma espécie de escudo de proteção.

Observe, nas fotos abaixo, como foram os resultados:

A peça à esquerda foi feita com o Skirt normal, com duas camadas. É possível observar o efeito de warp, conformando-a. Além disso, houve deslocamento de várias camadas no objeto.

Já na segunda peça, em que foi colocado o Skirt com a mesma altura do objeto, os problemas também foram encontrados, mas em uma escala menor. O escudo formado também sofreu com warp e deslocamento. A peça em si apresentou warp e deslocamento, mas muito inferior se comparado ao outro modo.

Então, a partir desses resultados, vimos que realmente o Skirt como uma proteção é uma boa aplicação para usar ABS em impressora aberta, mas que não garante 100% da retirada dos defeitos na peça. Por isso, o mais recomendado é enclausurar a impressora com um gabinete. Inclusive, para os usuários do Cura há uma opção para habilitar esse recurso, que se chama “Draft Shield”. Você coloca a distância e altura que deseja para o Skirt e pode habilitar ou desabilitar a qualquer momento.

Devemos salientar que para o teste, usamos uma peça bem crítica, com quinas, em um ambiente desfavorável.

Então, esse conteúdo partiu de uma sugestão do Bruno Ruiz. Agora, faça como ele. Comente este post e deixe a sua sugestão para criarmos conteúdos ou testes!

Continue lendo

Visita à fábrica da 3D Lab – Innovartti

Recebemos o contato da Innovartti, uma empresa de desenvolvimento e criação de idéias, protótipos e outras coisas aqui de Belo Horizonte. Eles estavam bastante curiosos quanto ao processo de fabricação dos filamentos para impressora 3D. Tivemos a honra em recebê-los para uma visitá à fábrica da 3D Lab e eles fizeram um vídeo bem legal, com várias curiosidades sobre nossa empresa. Confira o vídeo e faça como a gente, se inscreva no canal deles no YouTube e nas redes sociais e também confira o nosso blog.

 

Continue lendo

Diâmetro de bicos capa

Aprenda a usar diferentes diâmetros de bicos para impressoras 3D!

Algumas das grandes dúvidas que surgem aos usuários de impressão 3D são: “que diferenças há entre os diferentes tipos de bicos disponíveis no mercado, qual utilizar em cada ocasião, e quais conselhos de uso e manutenção eles devem considerar?”

Um dos diâmetros padrões dos bicos para impressoras 3D é de 0,4 mm. A troca do bico leva apenas alguns minutos e pode trazer vários benefícios. Um bico menor é ótimo para impressões detalhadas (mais lentas), enquanto bicos maiores imprimem mais rápido, mas a qualidade sofre, não é mesmo?

Na realidade, é um pouco mais complicado. Em nosso artigo, demonstraremos os benefícios de bicos para impressoras 3D menores e maiores em situações reais. Mas primeiro, precisamos esclarecer algo que os usuários frequentemente erram – a correlação entre a altura da camada e o diâmetro do bico. Confira!

Altura da camada versus diâmetro do bico

A altura da camada não deve exceder 80% do diâmetro dos bicos para impressoras 3D. Se você estiver usando um bico de 0.4 mm, a altura máxima da camada deve ser de 0,32 mm. No entanto, com um bico de 0,6 mm, é possível alcançar uma altura de camada de 0,48 mm.

Altura da camada versus diâmetro do bico

Além dessas limitações, os dois parâmetros são independentes uns dos outros. Ajustar suas configurações separadamente trará resultados completamente diferentes. Os diâmetros dos bicos para impressoras 3D afetam o nível geral de detalhe quase exclusivamente no plano horizontal (paralelo à superfície de impressão).

O que isto significa? Com um bico menor, você poderá imprimir uma parte mais detalhada, desde que ela seja colocada na parte superior do objeto impresso. Ao contrário disso, a altura da camada afeta o nível de detalhe nos lados verticais e inclinados de um objeto. Quanto mais baixo você definir a altura da camada, melhor será o resultado geral. Por outro lado, faz pouco sentido imprimir objetos de formato retangular com altura de camada muito baixa. Haverá pouca ou nenhuma diferença no resultado final, mas o tempo de impressão será desnecessariamente longo.

Imprima até 4 vezes mais rápido!

Uma impressão com apenas alguns centímetros de altura pode levar várias horas para ser concluída. Por isso, porque ainda descartamos a possibilidade de imprimir utilizando bicos para impressoras 3D de grande diâmetro, mesmo com o fato de que a troca pode levar a uma melhoria significativa na velocidade de impressão?

Um bico para impressora 3D de maior diâmetro estabelece perímetros mais largos, o que significa que ele usa menos perímetros do que um bico de menor diâmetro para imprimir uma parede da mesma espessura.

Bicos para impressoras 3D com um diâmetro maior também permitem imprimir com maior altura da camada. Combinar esses dois efeitos leva a um tempo de impressão notavelmente menor.

Mas há uma pegadinha: se você mantiver a mesma altura da camada para imprimir algo com apenas um perímetro, como um vaso, você não perceberá nenhuma melhora na velocidade. Isso porque o bico tem que passar exatamente pela mesma sequência de movimentos, independente do diâmetro. Sim, o vaso terá uma parede ligeiramente mais grossa, mas o tempo de impressão será quase o mesmo.

Efeito nas propriedades mecânicas

Outra vantagem de usar bicos para impressoras 3D maiores é uma maior resistência dos objetos impressos. Os objetos impressos com o bico de 0,6 mm absorvem até 25,6% de energia mais do que aqueles impressos com um bico de 0,4 mm. E objetos impressos com bico de 0,25 mm absorveram 3,6% menos energia do que aqueles impressos com o de 0,4 mm.

Efeito nas propriedades mecânicas

Dados obtidos no teste de resistência ao impacto Charpy.

Suporte

Se você for para as configurações do fatiador, poderá notar que os suportes são deliberadamente subextrusados, para facilitar a remoção. E, claro, usar bicos para impressoras 3D diferentes afetam diretamente a largura das paredes de suporte.

Você pode transformar isso em uma vantagem. Simplesmente usando um bico menor, os suportes serão mais finos e fáceis de remover. A utilização de bicos maiores tem um efeito oposto, levando a suportes mais largos e resistentes, o que pode ser um pouco difícil de remover.

Diferentes bicos para impressoras 3D

Bico de 0,25 mm

Prós

  • Melhores detalhes;
  • Melhor resolução nos eixos XY;
  • Suportes extremamente fáceis de remover.

Contras

  • Tempos de impressão significativamente maiores;
  • Maior risco de o bico ficar entupido;
  • Não compatível com alguns filamentos (filamentos contendo partículas maiores).

Exemplos práticos

Impressão de linhas finas

Este é outro ótimo uso de um bico para impressora 3D menor. A diferença entre um bico de 0,4 mm e um de 0,25 mm não é tão drástica, porque mesmo um bico de 0,4 mm pode imprimir objetos pequenos razoavelmente bem. As melhorias serão visíveis, especialmente ao imprimir linhas finas.

Impressão de linhas finas

Impressão de miniaturas

Surpreendentemente, a impressão de miniaturas usando um bico de pequeno diâmetro leva a uma pequena melhoria na qualidade de impressão. Você notará o maior aprimoramento durante a impressão de suportes para esses objetos. Os suportes impressos com um bico de 0,25 mm são fáceis de remover e deixam marcas praticamente invisíveis no objeto.

Impressão de miniaturas

Por outro lado, se você não precisar de suportes, a diferença entre os bicos de 0,4 mm e 0,25 mm será próxima de zero. Honestamente, se tivéssemos mudado os rótulos acima desses dois baús, você saberia identificar a diferença?

Impressão de miniaturas

Bico de 0,60 mm

Um bico de 0,60 mm é adequado para qualquer impressão que não dependa de pequenos detalhes. Vários suportes, prateleiras ou vasos de flores… podem ser impressos na metade do tempo normal.

Prós

  • Imprimir até duas vezes mais rápido;
  • Quase a mesma qualidade de impressão que um bico de 0.4 mm;
  • Impressões mais duráveis;
  • Baixo risco de um bico entupido.

Contras

  • Pior resolução de pequenos detalhes e textos;
  • Os suportes são mais difíceis de remover.

Exemplos de uso prático (0,6 mm)

Vasos de flores

Geralmente, os vasos de flores não apresentam detalhes, portanto, a diferença entre uma impressão de 0,4 mm e uma de 0,6 mm é quase impossível de se dizer. No exemplo abaixo, estamos usando a mesma altura da camada. Com uma altura de camada aumentada o 0,6 mm terminaria a impressão ainda mais rápido. E graças à forma do vaso de flores, a diferença não seria muito perceptível.

Vasos de flores

Buddy the Dog

Buddy é um modelo bastante detalhado. No entanto, o bico de 0,6 mm não tem problemas com isso quando a altura de camada é de 0,2 mm.

Lâmpada de Voronoi

Graças à forma desta lâmpada (grandes superfícies planas), quase nenhuma qualidade foi sacrificada. Um bico de 0,6 mm requer menos tempo para atingir a mesma espessura da parede que um bico de 0,4 mm. Assim economizou-se uma enorme quantidade de tempo, com uma redução de quase 9 horas!

Lâmpada de Voronoi

Bico de 1,0 mm

Um milímetro? Sim, correto. Esqueça tudo o que você acha que sabe sobre impressão 3D. Mesmo impressões que levam dezenas de horas para terminar podem ser feitas em apenas algumas horas usando um bico para impressora 3D de 1,0 mm. Isso porque você pode obter velocidades de impressão até 5 vezes mais rápidas em comparação com um bico de 0,4 mm. Claro, há um preço a pagar. Com um bico de 1,0 mm, você normalmente imprime em uma altura de camada de 0,5 mm, mas é possível aumentar ainda mais. Claro, as camadas do objeto impresso serão altamente visíveis, mas às vezes isso não atrapalha.

Em alguns casos, pode até mesmo dar ao modelo uma estética interessante, o que pode ser bastante desafiador para se conseguir com o uso de outros métodos.

Prós

  • Impressão extremamente rápida;
  • Impressões muito resistentes;
  • Aparência incomum com camadas altamente visíveis;
  • Quase zero risco de um bico entupido.

Contras

  • Falta de detalhes;
  • Camadas visíveis;
  • Suportes muito difíceis de remover.

Exemplos de uso prático (1,0 mm) 

Dinossauro – um brinquedo para crianças

Uma vantagem surpreendente de usar um bico de 1,0 mm é a capacidade de imprimir bordas arredondadas naturalmente – sem configurações adicionais. Isso é ótimo para imprimir brinquedos para crianças, pois o risco de cortar um dedo em uma borda afiada é minimizado. Além disso, o brinquedo foi impresso cinco vezes mais rápido em comparação com o bico de 0,4 mm.

Dinossauro – um brinquedo para crianças

Porta lápis

Porta lápis

Impressões transparentes sem preenchimento

Modelos impressos usando um filamento transparente (por exemplo, PETG) sem um preenchimento e com uma altura de camada muito alta têm a capacidade de refratar a luz de uma maneira interessante. Conseguir um visual semelhante seria, de outro modo, bastante complicado.

Impressões transparentes sem preenchimento

Em resumo o bico de 0,6 oferece tempos de impressão consideravelmente menores, mas ainda é possível imprimir modelos razoavelmente detalhados. Caso você tenha o hábito de imprimir modelos pequenos com textos, linhas finas ou logotipos, considere também o bico para impressora 3D de 0,25 mm. A versão de 1,0 mm tem uso limitado, mas ainda é muito divertido de usar. Esse pequeno investimento pode ter um impacto surpreendentemente grande na maneira como você imprime.

Portanto, agora que você já sabe quando utilizar os diferentes diâmetros de bicos para impressoras 3D, que tal aprender agora 3 formas simples de como desentupir o bico da sua impressora 3D?

Conteúdo baseado em testes divulgados no site da Prusa.

Continue lendo

Negócio com impressão 3D: conheça 4 diferentes áreas para atuar!

As impressoras 3D vem dominando cada vez mais o mercado nesses últimos anos e não deve demorar muito para que elas se tornem um acessório comum até mesmo em nossas casas e ambientes de trabalho. Inicialmente, as impressões 3D começaram a ter um papel crucial em alguns setores industriais e com o passar do tempo foram conquistando seu lugar em muitas outras áreas que vão desde a parte de automação com robôs em indústrias até a parte de confeitaria e decoração imprimindo formas de doces e biscoitos.


Provavelmente você já viu algo sobre impressoras 3D na mídia. Uma reportagem sobre uma grande empresa que utiliza a tecnologia ou mesmo um grupo de jovens que montou sua própria impressora. Mas você já se perguntou se dá para criar um negócio com impressão 3D? Pois bem, saiba que uma máquina pode lhe ajudar a atuar em diferentes campos.

A tecnologia de impressão 3D, apesar de não ser tão nova, está crescendo bastante e se tornando conhecida e muito utilizada. Empresas como Ford e Embraer estão reduzindo custos na criação de protótipos e investindo na tecnologia de impressão.

Quais áreas posso criar um negócio com impressão 3D?

Um dos grandes atrativos de uma impressora 3D é a possibilidade de imprimir praticamente qualquer coisa. Seja um protótipo de uma peça técnica para Engenharia ou uma peça de roupa, para o setor de Moda. Basta modelar o arquivo da peça em 3D e conhecer algumas técnicas de impressão. Porém, há também alguns sites que disponibilizam o arquivo já pronto, como o Thingiverse e MyMiniFactory. Veja agora alguns campos em que é possível criar um negócio com impressão 3D:

1 – Design

A área de Design é muito ampla. Há várias possibilidades de especialização e a impressão 3D pode beneficiar várias delas. Um bom exemplo é o design de interiores. Com acesso à impressora, pode-se criar o ambiente imaginado, com detalhes que uma visualização pela tela do computador não permite.

Então, outra área que pode se beneficiar é a de criação de personagens, muito presente em filmes e jogos. Hoje é possível imprimir miniaturas fiéis aos personagens de filmes, agregando um alto valor à peça.

Design

Design de produto também é bastante beneficiado. Por exemplo, você pode criar um protótipo fiel ao produto final, com preço baixo e tempo curto é um ponto importante que uma impressora 3D fornece.

2 – Engenharia

O campo da Engenharia enxerga a impressão 3D com ótimos olhos. Ultimamente a NASA divulgou que enviou para o espaço uma impressora, com o objetivo de criar lá, as peças e ferramentas de substituição. Isso representa uma economia grande, visto que antes era necessário aguardar o carregamento trazido por outras naves. Uma operação cara e demorada.

Na criação de protótipos está outra forte aplicação da tecnologia. Com ela é possível testar exaustivamente a utilização de um conceito, sem ter que investir em moldes caros, com várias limitações para alterações.

Engenharia

3 – Moda

Não pense que um negócio com impressão 3D é limitado a cálculos e desenhos. Ela não só pode como é bastante aplicada na Moda. Um dos maiores impérios do ramo, a grife Chanel já apresentou uma jaqueta inteira impressa em 3D. Marcas como Iris Van Herpen, Ateliê Versace e Ohne Tite também já desfilaram suas produções impressas.

Moda

4 – Gastronomia

Não, você não leu errado. A impressão 3D também pode ser usada para criação de alimentos. Claro que o equipamento tem de ser próprio para isso, para evitar contaminação dos ingredientes, mas já há impressoras voltadas para esse propósito.

A Food Ink é uma empresa que trabalha com a impressão 3D para este fim. Ela foi a primeira empresa no mundo com um cardápio impresso em 3D. Os pratos servidos vão desde doces e salgados até massas de pizza.

Gastronomia

Portanto, como vimos em nosso artigo, abrir um negócio com impressão 3D é totalmente possível e pode ser feito em diversas áreas. A tecnologia vem se expandindo a cada dia, mostrando novas possibilidades e aplicações, reduzindo custos e tempo e criando facilidades necessárias à um mundo que não para.

Então, gostou deste post? Não deixe de compartilhar em suas redes sociais e siga nossa página para estar sempre por dentro das novidades.

Continue lendo