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Autor: Sérgio Portela

É possível fazer uma impressão 3D colorida? Descubra agora!

Você já pensou em usar a sua impressora 3D com somente um extrusor para criar peças coloridas, com duas ou mais cores? Isso é totalmente possível e existem técnicas para isso. Neste conteúdo vamos mostrar como fazer impressão 3D colorida.


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A tecnologia de impressão 3D realmente revolucionou e vem mudando a forma de fabricação de peças e protótipos. Mas, é claro que como qualquer outra ferramenta, existem limitações. Um desses limites está na utilização de cores variadas para uma impressão 3D colorida.

A maioria das impressoras 3D fabricadas e vendidas no mercado apresentam somente um extrusor. No entanto, existem maneiras práticas de burlar esse limite, criando peças impressas coloridas ou até mesmo com mais de um material.

Criamos este artigo mostrando 4 diferentes maneiras de fazer uma impressão 3D colorida e que você pode aplicar agora mesmo. Confira!

 

Duas extrusoras para imprimir com mais de um filamento

Se você quiser imprimir um objeto com mais de uma cor de filamento ou materiais diferentes, isso é um pouco mais complicado do que imprimir uma peça monocromática. Para isso você pode usar duas ou mais extrusoras. Cada uma com cor diferente de filamento, então você poderá imprimir uma peça em vários tons.

A extrusão dupla é quando você imprime com múltiplos filamentos ou materiais. Com uma impressora que possui duas ou mais extrusoras, você pode misturar materiais, fazendo camadas alternadas de cor ou apenas partes em cores diferentes.

Porém, é importante lembrar que o projeto para ser impresso em uma impressora com duas ou mais extrusoras deve ser adaptado para isso. Não basta colocar duas cores de filamentos na impressora e achar que o projeto automaticamente vai ser impresso em duas cores.

Além disso, a extrusão com mais de uma cor implica em alguns cuidados. O tempo de impressão, por exemplo, pode se tornar elevado. Quando um extrusor estiver operando, o outro deve ser resfriado para que o filamento não escorra. Na troca, o bico em baixa temperatura deve ser aquecido e o outro resfriado.

Duas extrusoras para imprimir com mais de um filamento

O ideal, e que tende a se tornar uma realidade, é que se tenha conjuntos independentes, imprimindo a mesma peça.

Impressão 3D colorida e uma única extrusora

Ter uma impressora com apenas uma extrusora não significa que você só poderá imprimir peças monocromáticas ou que terá que comprar uma nova impressora. Basta seguir o passo a passo abaixo que você poderá realizar uma impressão 3D colorida sem dor de cabeça.

Etapa 1: Encontre a altura da camada

Dependendo do seu projeto, diferentes valores da altura da camada podem ser usados. Definir esse número desde o início é importante porque ajudará você a projetar seu modelo 3D para ter pontos de início e parada previsíveis. Como exemplo, suponha que você utilize uma resolução da camada de 0,25 mm, e certifique-se de que todas as nossas medidas no eixo Z são divisíveis por este número, ou seja, 0,50; 1,75; 2,00.

Etapa 2: Faça seu modelo 3D

Etapa 2: Faça seu modelo 3D

Use seu software CAD favorito para criar um modelo 3D, mas lembre-se de manter a altura da sua camada sempre em mente.

Neste exemplo será utilizado fundo listrado em uma moeda. As tiras são de 1,00 mm de altura, a face é de 3,00 mm e o anel externo é de 0,50 mm extra. Como já dito, todos os valores são divisíveis pela altura da camada que é de 0,25 mm.

Com o modelo finalizado, exporte como um STL.

Etapa 3: Importar para o Slice

Etapa 3: Importar para o Slice

Utilizando o Simplify3D para o fatiamento (o processo é semelhante para os outros softwares) importe o arquivo STL gerado anteriormente e defina as configurações de impressão.

Etapa 4: Gerar G-Code

A fase mais importante na impressão com mais de uma cor é a maneira que o fatiador tenta iniciar uma impressão acima da mesa.

Use o bloco de notas para abrir o arquivo de impressão. Pesquise com Ctrl+F por Z = 1. Acima dessa linha digite o seguinte código:

M84 S0

G91

G1 Z5 F6000

G90

G1 X100 Y0

M83

M25

G92 E0

M25

G92 E0

G90

M82

Etapa 4: Gerar G-Code

Salve o arquivo e o transfira para a impressora através do cartão de memória.

Etapa 7: Imprimindo as partes

 

Etapa 7: Imprimindo as partesEtapa 7: Imprimindo as partes

Agora que você já fez a parte mais difícil da configuração é só iniciar a parte mais divertida da impressão. Primeiro, carregue o filamento da sua base e execute o Gcode. Assim que a impressão pausar, lembre-se de não retirar sua peça da mesa. Em seguida, mude seu filamento para a cor da parte superior e execute o Gcode novamente. Fácil né?

Quer utilizar mais do que duas cores? Você pode usar essas etapas para fazer quantas cores desejar. Os únicos passos a mais são adicionar pausas as suas seções intermediárias.

Impressão 3D colorida usando peça de sacrifício

Existe uma maneira para impressão 3D colorida que não necessita de pausa na impressão e nem de configurações extras para a troca de cor. Consiste em uma impressão com peça de sacrifício.

Para essa técnica basta criar além do artigo que quer imprimir um objeto secundário que servirá como peça de sacrifício. Essa peça que será descartada posteriormente não necessita ser do mesmo tamanho da peça principal pode ser apenas uma torre — assim você não desperdiçará tanto filamento.

A única função desse objeto secundário é realmente servir de sacrifício! Pois é no momento da impressão dele que você deverá efetuar a troca do filamento por um de outra cor. Quando a impressão retornar para a peça principal você já terá uma nova cor de filamento sem pausar o processo.

A desvantagem desse método é que é necessário ficar de olho para não perder o timing da troca de cores. Além disso existe o desperdício de filamento, pois a peça de sacrifício é descartada após a impressão.

Impressão 3D multimaterial

Nem sempre a sua peça impressa necessita ser modelada de maneira inteiriça. Você já pensou em criar as partes de acordo com a cor que deseja imprimir cada uma delas? Sim, essa é outra maneira de obter uma impressão 3D colorida!

Basta criar e imprimir o seu modelo por partes. Como exemplo, imprimimos o Mike Wazowski. O modelo possui quatro partes com mudanças de cor, portanto ele foi impresso em quatro etapas.

Primeira parte: corpo do personagem

Primeira parte: corpo do personagem

Parte impressa com PLA Verde Limão da 3D Lab.

 

Segunda parte: parte externa do olho (esclerótica)

Segunda parte: parte externa do olho (esclerótica)

Parte impressa com PLA Branco da 3D Lab.

Terceira parte: parte intermediária do olho (íris)

Terceira parte: parte intermediária do olho (íris)

Parte impressa com PLA Verde Limão da 3D Lab.

Quarta parte: parte central do olho (pupila)

Quarta parte: parte central do olho (pupila)

Parte impressa com PLA Preto da 3D Lab.

Peça final

Após a impressão de todas as partes do modelo basta encaixá-las. Super prático, não é mesmo?

Peça final

 

Esse modelo está disponível no Thingiverse, assim como vários outros. É só procurar por “multi-material”.

Então seja utilizando uma impressora com duas ou mais extrusoras ou uma impressora com apenas uma e fazendo a troca de filamentos de forma manual ou por encaixe posterior das peças, você não tem mais desculpas para não realizar uma impressão 3D colorida por achar complexa demais ou extremamente trabalhosa.

Gostou do nosso conteúdo sobre impressão 3D colorida? Agora, compartilhe este post nas suas redes sociais junto com uma foto da sua peça colorida! Lembre-se de marcar nossas páginas!

 

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Cientistas criam córneas em impressora 3D para reduzir as filas de transplante

Talvez um dos maiores problemas para a área médica seja reduzir o tamanho das filas de transplante! Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) houve diminuição de 2,4% na taxa de doadores efetivos, em relação a 2017. Tendo passado de 16,6 pmp (taxa por milhão de população) para 16,2 pmp. Por isso o Brasil tem se afastado da meta prevista para o ano que é de 18,0 pmp.

Visando colaborar para o aumento das taxas de transplantes muitos projetos estão em andamento, não só no Brasil mas em todo mundo. Um deles utiliza a impressão 3D como uma alternativa para a falta de doação de córneas humanas.

Neste artigo iremos contar um pouco mais sobre esse projeto. Confira!

O projeto

Buscar métodos para diminuir a quantidade de pessoas esperando em filas de transplante tem sido um desafio para associações médicas em todo o mundo. Por isso, pesquisadores britânicos estão com um projeto para a criação de córneas impressas em 3D. Segundo o site TecMundo “por meio de um método de bioimpressão relativamente simples, cientistas do Instituto de Medicina Genética da Universidade de Newcastle, na Inglaterra, conseguiram criar uma “biotinta” que, usada numa impressora 3D, pode reproduzir com facilidade, em apenas 10 minutos, a forma de uma córnea humana.

A pesquisa se baseia na associação de células-tronco de uma córnea saudável a colágeno e alginato. O resultado dessa mistura é um gel que mantém as células-tronco vivas. Além disso ele também apresenta a textura ideal para passar pelo processo de impressão 3D.

o projeto

Cientistas do Instituto de Medicina Genética da Universidade de Newcastle

Cegueira Córnea x Filas de transplantes

Sendo a terceira maior causa de cegueira no mundo, a cegueira córnea faz pessoas sofrerem anos nas filas de transplante. Atualmente a lista de espera por um transplante de córnea no Brasil conta com quase nove mil pessoas.

Cegueira Córnea x Filas de transplantes

A córnea artificial desenvolvida pelos cientistas britânicos ainda passará por muitos ensaios antes de ser fabricada em grande escala. No entanto, os primeiros testes apontam para um projeto promissor que leva esperança para muitas pessoas em todo o mundo.

Quer saber mais? Confira a notícia completa divulgada pelo site TecMundo e compartilhe essa publicação nas suas redes sociais para mostrar esse grande avanço da tecnologia 3D na área médica!

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Aprenda a configurar a primeira camada da impressão 3D!

Identificar uma primeira camada perfeita é bem simples. Isso porque ela possui linhas planas de filamento e não há intervalos entre elas.


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Saber como configurar a primeira camada em sua impressão 3D é fundamental para o sucesso final da sua peça! Porém, quando ingressamos em uma nova tecnologia, nem sempre temos o conhecimento prévio necessário para ter sucesso logo no início.

Por isso, muitas vezes acabamos aprendendo na tentativa e erro mesmo! Até porque para quem está iniciando nem sempre termos técnicos fazem sentido e a maioria dos tutoriais que vemos na internet estão abarrotados deles sem a devida explicação.

Como nosso objetivo é sempre ajudar, vamos tentar tornar esse processo de aprendizagem e aperfeiçoamento o mais simples possível.

Então, vamos lá!

 

Como configurar a primeira camada

Um dos problemas mais comuns enfrentados por usuários de impressão 3D é a adesão da peça à mesa. Para obter uma boa aderência, as linhas da primeira camada precisam do máximo contato com a mesa possível.

Essa aderência pode ser obtida por meio de uma quantidade considerada de cola passada na mesa ou simplesmente fazendo o certo. Mas afinal o que é o certo?

O filamento é extrusado do bico em forma de tubo porque está sendo empurrado por um orifício redondo. Se o bico estiver muito alto, o filamento será colocado suavemente sobre a mesa e haverá muito pouco contato superficial entre o filamento e a mesa.

Você precisa que o bico esteja mais baixo para que o filamento extrusado seja comprimido contra a mesa e, assim, aumentar a área de contato da superfície. O primeiro passo sempre quando iniciamos uma impressão é verificar se a impressora está adequadamente calibrada e nivelada.

O processo de nivelamento depende de qual máquina está sendo utilizada. Atualmente, muitas impressoras já possuem o nivelamento automático. Mas, para as que não dispõem desse recurso, existem formas manuais para esse ajuste.

Um dos processos mais utilizados é colocar um cartão de visitas entre o bico da impressora e a mesa e medir as diferenças de altura nas quatro quinas. Com o aperto dos parafusos localizados abaixo da mesa é feito o ajuste e nivelamento.

Passo a passo da configuração

1. Certifique-se que sua mesa de impressão esteja limpa;

2. No menu da impressora (via LCD) ou no software de controle, mande todos os eixos (XYZ) para o home (ponto zero de cada eixo);

3. Em seguida, desabilite os motores, no menu, acione a opção desabilitar motores (disable steppers);

4. Desligue a impressora por precaução;

5. Com as mãos, puxe os eixos para cada um dos quatro cantos da mesa, movendo os eixos X e Y apenas;

6. Iremos, então, calibrar cada um destes quatro pontos:

7. Conduza o bico até o ponto 1 manualmente. Então, insira um cartão de visita entre o bico da impressora e sua mesa, raspe-o levemente. Deve haver uma leve pressão de esmagamento no cartão (bico e mesa esmagam o mesmo). Caso esteja muito justo ou livre demais, aperte ou solte a mola da mesa respectiva daquele canto. Repita este passo para cada um dos quatro cantos.

Com a mesa nivelada, vamos para a primeira camada…

8. Ligue a impressora, configure sua primeira impressão para camada (primary layer height) para 0,3 mm e a porcentagem da altura da primeira camada (first layer height) para 100%;

9. Inicie sua impressão e verifique se o filamento está sendo levemente esmagado contra a base de impressão. Repare se a quantidade de filamento depositado na mesa está abaixo do esperado. Se estiver é porque o bico está muito próximo à mesa, caso contrário (o filamento estiver solto/arredondado), repita o processo deixando o bico um pouco mais próximo à mesa;

 

 

10. Alguns software fatiadores, como o Cura, permitem manter a primeira camada da impressão sempre a 0,3 mm. Isso facilita as impressões, pois a altura do bico em relação à mesa será sempre a mesma. No software que não for possível, como no Simplify, ao alterar a resolução das camadas de sua impressão (primary layer height) altere também a altura via software do bico em relação à mesa (first layer height). Altere este valor em %, por exemplo: se sua impressão estiver com resolução em Z de 0,1 mm, altere o valor para aproximadamente 60%. Se 0,2 mm, para 80% e 0,3 para 100%. Assim, você precisará realizar este procedimento de nivelamento apenas uma vez.

11. Para impressões em PLA e PETG, tente, se possível, utilizar vidro sobre sua mesa de impressão (sempre limpo com desengordurante, enxaguado e seco com papel toalha) e para ABS utilize nossa cola 3DLab especial.

Agora que você já sabe configurar a primeira camada de sua impressão 3D, vamos a algumas dicas importantes, no próximo tópico.

Dicas extras para melhorar a qualidade da primeira camada

Nivelamento da mesa

Ter uma mesa nivelada é fundamental. Se a distância entre a ponta do bico e a mesa se desviar, mesmo que só um pouco, isso pode fazer com que o material extrudado não se conecte corretamente a mesa. Pode parecer óbvio mas a dica é sempre iniciar a configuração pelo nivelamento!

Velocidades mais baixas

Desacelerar a extrusora durante a impressão da primeira camada reduz as forças aplicadas ao material fundido. Reduzindo assim as chances de ele ser esticado demais e não aderir corretamente. 30% ou 50% da velocidade normal é o recomendado.

Taxas de extrusão corretamente calibradas

Se houver excesso de material na primeira camada, o bico poderá arrastá-lo na segunda passagem. Isso faz com que ele se levante da mesa (principalmente se o material tiver resfriado). Ao contrário, muito pouco material pode fazer com que a primeira camada se solte mais tarde na impressão, resultando em objetos desconectados ou deformados. Por estas razões, é importante ter uma taxa de extrusão bem calibrada.

Altura da primeira camada

Uma altura de camada mais espessa proporcionará mais fluxo e, consequentemente, mais calor, fazendo com que a extrusão se conecte mais à mesa. Recomenda-se aumentar a altura da primeira camada para coincidir com o diâmetro do bico. Por exemplo, se o bico é de 0,3mm recomenda-se uma mesma altura de camada.

Largura de extrusão maior

Quanto mais material tocar a mesa, melhor o objeto vai aderir a ela. Isso pode ser alcançado aumentando a largura de extrusão da primeira camada, seja por uma porcentagem ou uma quantidade fixa.

Um valor de aproximadamente 130% do diâmetro do bico para a largura de extrusão é um valor recomendável.

Sem refrigeração

Não faz sentido aumentar a temperatura da primeira camada e ter um ventilador ou outro mecanismo de refrigeração ligado durante a impressão, principalmente em impressoras abertas. Manter o ventilador e o ar condicionado do ambiente desligados é o recomendado.

A sua impressora está perto de uma porta que se abre regularmente? Ou talvez uma janela? Isso pode ser a causa da deformação nessa primeira camada. Tente movê-la para um local diferente ou criar um compartimento ao seu redor para isolá-la de fatores ambientais.

Utilize técnicas de auxílio

O Raft, por exemplo, é uma boa técnica de auxílio para adesão, especialmente em impressão utilizando o ABS. Apesar de ser um material e tempo extras, ele garante a adesão adequada da primeira camada.

Outra técnica que pode lhe ajudar durante a impressão da primeira camada é o Skirt. Ele ajuda a garantir que tudo está ocorrendo bem mesmo antes do início da impressão. Se a preocupação é a adesão, o Skirt é o caminho a percorrer.

O Brim é muito semelhante ao Skirt, porém ele está preso ao modelo, ao invés de estar ao seu redor. Se a intenção é ter maior adesão em um modelo que tenha pernas ou algo semelhante, mas que não possua uma grande área de superfície tocando a mesa, o Brim é uma ótima escolha.

Vale a pena ressaltar que filamentos de qualidade são fundamentais para o sucesso de sua impressão. Não adianta configurar tudo de maneira correta ou comprar uma máquina de última geração se para economizar você utiliza um filamento sem procedência comprovada. Essa também pode ser uma das causas para uma primeira camada não satisfatória!

Portanto, configurar a impressão da primeira camada não precisa ser um bicho de sete cabeças, basta para isso seguir as dicas e praticar!

Depois de aprender a como obter uma primeira camada de impressão 3D perfeita, que tal começar a utilizar as técnicas e nos contar como foi o resultado? Deixe nos comentários como foi sua experiência e caso tenha mais alguma sugestão para acrescentar, ela será muito bem vinda!

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Holanda vai inaugurar o primeiro condomínio de casas impressas em 3D

Holanda vai inaugurar o primeiro condomínio de casas impressas em 3D

Pode parecer surreal, mas a partir de 2019, moradores já poderão ocupar o primeiro condomínio de casas impressas em 3D, que será inaugurado na Holanda. O condomínio experimental conta com 5 casas e foi projetado por pesquisadores da Universidade Tecnológica de Eindhoven. A ideia do projeto é buscar novas soluções para o setor de construção civil e dar uma nova perspectiva para o mercado.

O Projeto das casas impressas em 3D

Atualmente o projeto das casas impressas em 3D apresenta algumas limitações. Um exemplo é que as partes das residências são impressas em um local diferente e levadas posteriormente para a construção. Isso faz com que o tempo de produção das casas seja mais longo e consequentemente gere mais custos. Mas, ainda assim, sendo inferiores aos modelos tradicionalmente usados pela construção civil. Porém, para otimizar ainda mais o processo, o objetivo é conseguir uma forma de levar as impressoras para o canteiro de obras e imprimir as habitações por lá mesmo.

Outra ideia é que em breve os próprios moradores consigam definir qual o formato que desejam que suas residências tenham. Pois assim o projeto de cada casa atenderá as necessidades individuais da família que a habitar.

Quer saber mais? Confira a notícia completa divulgada pelo site TecMundo e compartilhe essa publicação nas suas redes sociais para mostrar esse grande avanço da tecnologia para seus amigos!

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É possível usar ABS em impressora aberta? Nós fizemos o teste com Skirt. Confira os resultados!

É possível usar ABS em impressora aberta? Nós fizemos o teste com Skirt. Confira os resultados!

A impressão em ABS, apesar de ser um material mais barato, na comunidade mundial é um pouco preterido em favor do PLA devido as características que o tornam um pouco difícil de lidar. Mas será que é possível contornar essas características mesmo em uma impressora aberta?


Quem nunca tentou usar ABS em impressora 3D aberta e viu a peça sair cheia de falhas, descolamentos e o famoso efeito warp? Esse problema é bem comum, uma vez que o ABS sofre uma grande contração quando resfria. Por a impressora ser aberta, a peça fica exposta ao ar externo, aumentando esse efeito. O mais indicado para usar esse material é contar com uma máquina fechada, que consiga manter a temperatura interna mais homogênea e sem resfriamento forçado.

No entanto, em uma postagem que fizemos no nosso blog sobre as diferenças entre o Raft, Skirt e Brim, o Bruno Ruiz, usuário da tecnologia de impressão 3D, fez um comentário bem interessante sobre o uso do Skirt. Ele levantou a questão de utilizar o Skirt mais alto, formando uma espécie de “escudo” para a peça. Pois isso poderia reduzir os efeitos da contração. Então, para responder, fizemos um teste comparativo. Os resultados você acompanha neste conteúdo!

Por que é difícil usar ABS em impressora aberta?

O ABS é um dos principais materiais para impressão 3D. Principalmente no Brasil, esse filamento vem conquistando cada vez mais adeptos. Entre suas características estão a facilidade em dar acabamento, seja com acetona pura ou outro componente, além da boa resistência mecânica e térmica.

No entanto, esse material pode causar uma certa dor de cabeça para quem está iniciando nessa tecnologia. A impressora 3D deve ter, obrigatoriamente, mesa aquecida para trabalhar com o filamento, senão ele não conseguirá se fixar a ela.

Outro problema está na estrutura da máquina. Se a impressora for aberta o ambiente em que ela está pode interferir na qualidade de impressão. Por exemplo, se há uma corrente de ar direcionada para uma região da peça, essa seção pode sofrer bastante e ficar com uma qualidade superficial baixa. Isso também é visto quando a impressora é colocada em uma sala com ar condicionado. O resultado final pode ser bem diferente do desejado!

Então, para evitar esses problemas, comprar uma impressora 3D fechada pode ajudar. No entanto, isso não deve ser encarado como uma regra. Você pode construir um gabinete para enclausurar a máquina, veja o exemplo na foto abaixo. Pode também buscar soluções como a que vamos testar no próximo tópico.

Afinal, o Skirt realmente pode ser a solução para usar ABS em impressora aberta?

Agora, vamos ao que realmente interessa: o resultado do teste para avaliar se o Skirt pode ser a solução para usar ABS em impressora aberta.

Para a avaliação, fizemos duas impressões. Em ambas nós utilizamos uma impressora 3D aberta. Usamos o mesmo ambiente, uma sala fechada com ar condicionado configurado em 20ºC, uma condição nada favorável para tal uso. Além disso, mantivemos as mesmas configurações nas duas impressões.

A única diferença foi na criação do Skirt. Na primeira peça, usamos somente duas camadas no Skirt, com o objetivo de regularizar o fluxo de material antes da impressão da peça. Já na segunda, colocamos o Skirt para acompanhar a peça, com a mesma altura, formando uma espécie de escudo de proteção.

Observe, nas fotos abaixo, como foram os resultados:

A peça à esquerda foi feita com o Skirt normal, com duas camadas. É possível observar o efeito de warp, conformando-a. Além disso, houve deslocamento de várias camadas no objeto.

Já na segunda peça, em que foi colocado o Skirt com a mesma altura do objeto, os problemas também foram encontrados, mas em uma escala menor. O escudo formado também sofreu com warp e deslocamento. A peça em si apresentou warp e deslocamento, mas muito inferior se comparado ao outro modo.

Então, a partir desses resultados, vimos que realmente o Skirt como uma proteção é uma boa aplicação para usar ABS em impressora aberta, mas que não garante 100% da retirada dos defeitos na peça. Por isso, o mais recomendado é enclausurar a impressora com um gabinete. Inclusive, para os usuários do Cura há uma opção para habilitar esse recurso, que se chama “Draft Shield”. Você coloca a distância e altura que deseja para o Skirt e pode habilitar ou desabilitar a qualquer momento.

Devemos salientar que para o teste, usamos uma peça bem crítica, com quinas, em um ambiente desfavorável.

Então, esse conteúdo partiu de uma sugestão do Bruno Ruiz. Agora, faça como ele. Comente este post e deixe a sua sugestão para criarmos conteúdos ou testes!

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Você sabe quantos metros tem o filamento para impressão 3D?

Muitas vezes quando vamos utilizar filamentos em carretéis que não estão completos ficamos com o receio da quantidade não ser suficiente para finalizar a impressão. Isso pode ser um super problema quando não vamos acompanhar a impressão de perto ou não temos estoque reserva.


Uma dúvida que frequentemente surge entre os usuários de impressão 3D é quantos metros tem o filamento. Normalmente, as empresas que fabricam e vendem os insumos, como nós, padronizam a medida pelo peso, oferecendo opções de 50 gramas, 200 gramas, carretéis de 500 gramas e 1 quilo de filamento.

Então, se você também já teve ou tem essa dúvida, nosso artigo vai te ajudar bastante. Mostraremos como calcular a distância linear de cada material e uma tabela com as principais medidas. Confira!

Por que calcular quantos metros tem o filamento?

Afinal, qual o motivo de se saber quantos metros correspondem a uma certa quantidade de filamento? Esse conhecimento pode ser bem útil. Alguns softwares fatiadores, como o Cura, podem gerar, no momento de visualizar a impressão, os metros lineares que serão gastos na peça. Já no Simplify3D e outros softwares, essa medida é dada em peso.

Outra aplicação dessa medida é na própria impressora. Alguns modelos exibem o histórico de impressão da máquina, com o tempo total que ela já foi utilizada e a quantidade de filamento que já foi consumido. A medida do filamento gasto é dado em metros, conforme foto abaixo:

Por que calcular quantos metros tem o filamento?

 

Cada impressora tem um caminho para acessar esse histórico. Verifique no manual do equipamento como encontrar.

Como calcular a distância linear dos filamentos?

Para calcular quantos metros tem o filamento, você deve conhecer os seguintes pontos:

  • o peso do carretel vazio;
  • o peso total do carretel com filamento;
  • a densidade do material analisado.

Conhecer o peso do carretel vazio é importante se você quer saber quantos metros tem um filamento já aberto, usado. Como referência, nosso carretel vazio pesa 190g. Com essa informação, se o material não for novo, pese o carretel com a quantidade de filamento e subtraia esse peso.

Agora, vamos mostrar como fazer o cálculo. Confira a lista de medidas que serão usadas:

Como calcular a distância linear dos filamentos? Como calcular a distância linear dos filamentos? Como calcular a distância linear dos filamentos?

 

 

 

Vamos usar um exemplo para ficar bem claro:

Imagine que queremos calcular quantos metros tem um carretel de filamento que já foi usado. Pesamos o carretel com o material e o resultado encontrado foi 580 gramas. Desse valor, devemos subtrair o peso do carretel vazio, que é 190g, restando 390 gramas de filamento.

O material em questão é um PLA, com diâmetro de 1,75mm. Pelo material, sabemos que a densidade dele é de 1,24 g/cm³. Agora, com esses dados, podemos utilizar a fórmula e encontrar quantos metros tem o filamento:

 

 

Para te ajudar, criamos uma tabela com as principais medidas dos filamentos:

 

Esperamos que essas informações tenham sido úteis para você. Agora, confira como evitar nó em seu carretel.

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Conheça as propriedades técnicas dos materiais para impressora 3D

Escolher qual filamento usar nos seus projetos tem uma grande influência no resultado final, isso porque os materiais para impressora 3D possui propriedades técnicas que variam bastante. Por isso, neste conteúdo vamos mostrar o comportamento desses materiais e como escolher o ideal a partir da necessidade e finalidade do projeto.


Sem tempo para ler? Então ouça este conteúdo clicando no player a seguir:

Você sabia que pode estar errando na escolha dos materiais para impressora 3D?

Com o avanço da tecnologia, os materiais para impressora 3D estão se multiplicando. Cada dia a necessidade em atender às solicitações específicas dos usuários aumenta. Inicialmente, os filamentos foram desenvolvidos para usuários com um padrão geral de peças. Porém, quanto mais técnicas e detalhadas se tornam as peças, maior é a necessidade dos materiais de suportarem determinados requisitos de cada projeto. Como, por exemplo, temperatura, resistência mecânica, resistência química etc..

Nesse post tentamos simplificar as principais características dos filamentos para impressora 3D, com uma comparação de ensaio de tração com corpos de provas impressos (ASTM D 638). Além disso, iremos apresentar as tabelas dos materiais e os ensaios de Dureza Shore D (ASTM D 2240) e Temperatura HDT (ISO 75).

Veja agora um gráfico que exemplifica as diferenças mecânicas dos principais materiais utilizados em impressoras 3D:

 

Análise do gráfico do ensaio de tração

Análise do gráfico do ensaio de tração

PLA: com o gráfico, vemos que o PLA é o material que suportou maior carga estática, 215daN, ou aproximadamente 215kg de força. Porém, ele não tem grande deformação antes do rompimento, ou seja, ele é pouco dúctil.

ABS: comparado ao PLA, o ABS suportou menos carga estática. Porém, ele tem um período de deformação bem maior, ou seja, é um material mais dúctil. Em 100daN ele deformou 2mm, o que o coloca em uma categoria de material interessante no aspecto de absorção de carga.

PETG: foi claramente o material mais nobre dos testados. Suportou 162kg aproximadamente, porém absorveu 7,2mm de deformação antes de sua ruptura. Comparado ao ABS ele suporta mais carga e é mais dúctil. Comparado ao PLA, não suportou tanta carga, porém aceitou uma deformação bem grande.

Visão geral: mecanicamente falando, o melhor material entre os avaliados é o PETG. Ele abrange mais possibilidades de impressão de peças pois é o que possui melhor resistência mecânica.

Porém, se a finalidade é suportar uma força um pouco maior, o PLA será o indicado. Lembre-se de que estamos falando de força estática, pois ele não aceita deformação conforme vimos.

Embora não é só este aspecto que devemos levar em consideração para a melhor escolha do material.

Tabela de propriedades dos materiais para impressora 3D

Tabela de propriedades dos materiais para impressora 3D
 

Na tabela acima, além de visualizar numericamente o que o gráfico indicou, adiciona algumas propriedades interessantes aos polímeros.

O ensaio HDT é contido na norma ISO 75. Basicamente aplica-se uma tensão, prevista em norma, a um corpo de prova normatizado, mergulha-se esse corpo em um banho e varia-se a temperatura do banho.

A medida que a temperatura vai aumentando, o corpo de prova vai se deformando, até atingir o deslocamento previsto na norma. A temperatura para deformar o corpo de prova com determinada tensão aplicada é a temperatura suportada no ensaio de HDT. Esse ensaio basicamente nos mostra qual a temperatura que cada material suporta sem se deformar.

PLA

Possui temperatura de fusão baixa, de 180°C, e Tg de 60°C. Ou seja, a partir de 60°C as moléculas internas começam a se mover e a peça começa a “amolecer”. Isso é ruim se tratando de peças que precisam ser expostas ao sol, porém é uma vantagem já que pode ser impresso com impressora aberta, sem Warp, e baixa temperatura da mesa (ainda assim, com boa aderência).

Melhor dureza superficial — 85 Shore D. Significa que é o material que mais suporta desgaste superficial ou atrito. Porém, pensando em acabamento posterior com lixa, será o menos “lixável”. A temperatura do ensaio HTD ficou próxima da temperatura de TG.

ABS

Possui a maior temperatura de Tg entre os materiais testados: em torno de 100°C. Isto é, ele é o que melhor suporta temperatura entre os materiais aqui avaliados. Entretanto, sua dureza superficial baixa em relação aos demais desqualifica-o para utilização em peças que necessitam de maior contato.

O que, em contrapartida, o torna muito fácil de lixar. Consequentemente, o filamento ABS possui uma certa facilidade em acabamento (sendo possível utilizar acetona pura para acabamento superficial). Também foi o material com a maior temperatura no ensaio HDT, podendo inclusive ser exposto ao sol.

PETG

Associado a boa resistência mecânica, também possui uma resistência a temperatura que suporta exposição ao sol. Para uma boa aderência na mesa, não é necessário aquecer muito – algo em torno de 85°C, podendo ser impresso até em mesa fria. Seu Warp é baixo, possibilitando a utilização em impressora aberta. Sua dureza superficial é baixa, o que gera um acabamento por lixa tão bom quanto o ABS.

Quimicamente, o PETG é um material muito resistente, o que dificulta o acabamento pelos produtos como acetona. Porém, para o transporte ou contato com materiais químicos. ele é o mais indicado. É importante dizer que o filamento PETG é o único com o selo de Material Food Safety, ou seja, se trata de um material que pode entrar em contato com alimentos. Lembrando que após ser impresso, ele adquire as impurezas do processo.

é por isso que para cada utilização indicamos o entendimento das propriedades de cada material. Pois saber a real utilização da peça pode evitar uma possível quebra ou retrabalho com outro material.

Salientamos que todos os testes e resultados apresentados nesse conteúdo foram tirados de ensaios realizados por empresas certificadas.

Conta pra gente! O que achou do nosso artigo sobre as propriedades dos materiais para impressora 3D? Se ainda tem dúvidas de como escolher o melhor material, entre em contato conosco que teremos o prazer em lhe ajudar. Atendemos pelo Facebook, chat online, Whatsapp e pelo telefone 31 3594-4973.

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Visita à fábrica da 3D Lab – Innovartti

Recebemos o contato da Innovartti, uma empresa de desenvolvimento e criação de idéias, protótipos e outras coisas aqui de Belo Horizonte. Eles estavam bastante curiosos quanto ao processo de fabricação dos filamentos para impressora 3D. Tivemos a honra em recebê-los para uma visitá à fábrica da 3D Lab e eles fizeram um vídeo bem legal, com várias curiosidades sobre nossa empresa. Confira o vídeo e faça como a gente, se inscreva no canal deles no YouTube e nas redes sociais e também confira o nosso blog.

 

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Diâmetro de bicos capa

Aprenda a usar diferentes diâmetros de bicos para impressoras 3D!

Algumas das grandes dúvidas que surgem aos usuários de impressão 3D são: “que diferenças há entre os diferentes tipos de bicos disponíveis no mercado, qual utilizar em cada ocasião, e quais conselhos de uso e manutenção eles devem considerar?”

Um dos diâmetros padrões dos bicos para impressoras 3D é de 0,4 mm. A troca do bico leva apenas alguns minutos e pode trazer vários benefícios. Um bico menor é ótimo para impressões detalhadas (mais lentas), enquanto bicos maiores imprimem mais rápido, mas a qualidade sofre, não é mesmo?

Na realidade, é um pouco mais complicado. Em nosso artigo, demonstraremos os benefícios de bicos para impressoras 3D menores e maiores em situações reais. Mas primeiro, precisamos esclarecer algo que os usuários frequentemente erram – a correlação entre a altura da camada e o diâmetro do bico. Confira!

Altura da camada versus diâmetro do bico

A altura da camada não deve exceder 80% do diâmetro dos bicos para impressoras 3D. Se você estiver usando um bico de 0.4 mm, a altura máxima da camada deve ser de 0,32 mm. No entanto, com um bico de 0,6 mm, é possível alcançar uma altura de camada de 0,48 mm.

Altura da camada versus diâmetro do bico

Além dessas limitações, os dois parâmetros são independentes uns dos outros. Ajustar suas configurações separadamente trará resultados completamente diferentes. Os diâmetros dos bicos para impressoras 3D afetam o nível geral de detalhe quase exclusivamente no plano horizontal (paralelo à superfície de impressão).

O que isto significa? Com um bico menor, você poderá imprimir uma parte mais detalhada, desde que ela seja colocada na parte superior do objeto impresso. Ao contrário disso, a altura da camada afeta o nível de detalhe nos lados verticais e inclinados de um objeto. Quanto mais baixo você definir a altura da camada, melhor será o resultado geral. Por outro lado, faz pouco sentido imprimir objetos de formato retangular com altura de camada muito baixa. Haverá pouca ou nenhuma diferença no resultado final, mas o tempo de impressão será desnecessariamente longo.

Imprima até 4 vezes mais rápido!

Uma impressão com apenas alguns centímetros de altura pode levar várias horas para ser concluída. Por isso, porque ainda descartamos a possibilidade de imprimir utilizando bicos para impressoras 3D de grande diâmetro, mesmo com o fato de que a troca pode levar a uma melhoria significativa na velocidade de impressão?

Um bico para impressora 3D de maior diâmetro estabelece perímetros mais largos, o que significa que ele usa menos perímetros do que um bico de menor diâmetro para imprimir uma parede da mesma espessura.

Bicos para impressoras 3D com um diâmetro maior também permitem imprimir com maior altura da camada. Combinar esses dois efeitos leva a um tempo de impressão notavelmente menor.

Mas há uma pegadinha: se você mantiver a mesma altura da camada para imprimir algo com apenas um perímetro, como um vaso, você não perceberá nenhuma melhora na velocidade. Isso porque o bico tem que passar exatamente pela mesma sequência de movimentos, independente do diâmetro. Sim, o vaso terá uma parede ligeiramente mais grossa, mas o tempo de impressão será quase o mesmo.

Efeito nas propriedades mecânicas

Outra vantagem de usar bicos para impressoras 3D maiores é uma maior resistência dos objetos impressos. Os objetos impressos com o bico de 0,6 mm absorvem até 25,6% de energia mais do que aqueles impressos com um bico de 0,4 mm. E objetos impressos com bico de 0,25 mm absorveram 3,6% menos energia do que aqueles impressos com o de 0,4 mm.

Efeito nas propriedades mecânicas

Dados obtidos no teste de resistência ao impacto Charpy.

Suporte

Se você for para as configurações do fatiador, poderá notar que os suportes são deliberadamente subextrusados, para facilitar a remoção. E, claro, usar bicos para impressoras 3D diferentes afetam diretamente a largura das paredes de suporte.

Você pode transformar isso em uma vantagem. Simplesmente usando um bico menor, os suportes serão mais finos e fáceis de remover. A utilização de bicos maiores tem um efeito oposto, levando a suportes mais largos e resistentes, o que pode ser um pouco difícil de remover.

Diferentes bicos para impressoras 3D

Bico de 0,25 mm

Prós

  • Melhores detalhes;
  • Melhor resolução nos eixos XY;
  • Suportes extremamente fáceis de remover.

Contras

  • Tempos de impressão significativamente maiores;
  • Maior risco de o bico ficar entupido;
  • Não compatível com alguns filamentos (filamentos contendo partículas maiores).

Exemplos práticos

Impressão de linhas finas

Este é outro ótimo uso de um bico para impressora 3D menor. A diferença entre um bico de 0,4 mm e um de 0,25 mm não é tão drástica, porque mesmo um bico de 0,4 mm pode imprimir objetos pequenos razoavelmente bem. As melhorias serão visíveis, especialmente ao imprimir linhas finas.

Impressão de linhas finas

Impressão de miniaturas

Surpreendentemente, a impressão de miniaturas usando um bico de pequeno diâmetro leva a uma pequena melhoria na qualidade de impressão. Você notará o maior aprimoramento durante a impressão de suportes para esses objetos. Os suportes impressos com um bico de 0,25 mm são fáceis de remover e deixam marcas praticamente invisíveis no objeto.

Impressão de miniaturas

Por outro lado, se você não precisar de suportes, a diferença entre os bicos de 0,4 mm e 0,25 mm será próxima de zero. Honestamente, se tivéssemos mudado os rótulos acima desses dois baús, você saberia identificar a diferença?

Impressão de miniaturas

Bico de 0,60 mm

Um bico de 0,60 mm é adequado para qualquer impressão que não dependa de pequenos detalhes. Vários suportes, prateleiras ou vasos de flores… podem ser impressos na metade do tempo normal.

Prós

  • Imprimir até duas vezes mais rápido;
  • Quase a mesma qualidade de impressão que um bico de 0.4 mm;
  • Impressões mais duráveis;
  • Baixo risco de um bico entupido.

Contras

  • Pior resolução de pequenos detalhes e textos;
  • Os suportes são mais difíceis de remover.

Exemplos de uso prático (0,6 mm)

Vasos de flores

Geralmente, os vasos de flores não apresentam detalhes, portanto, a diferença entre uma impressão de 0,4 mm e uma de 0,6 mm é quase impossível de se dizer. No exemplo abaixo, estamos usando a mesma altura da camada. Com uma altura de camada aumentada o 0,6 mm terminaria a impressão ainda mais rápido. E graças à forma do vaso de flores, a diferença não seria muito perceptível.

Vasos de flores

Buddy the Dog

Buddy é um modelo bastante detalhado. No entanto, o bico de 0,6 mm não tem problemas com isso quando a altura de camada é de 0,2 mm.

Lâmpada de Voronoi

Graças à forma desta lâmpada (grandes superfícies planas), quase nenhuma qualidade foi sacrificada. Um bico de 0,6 mm requer menos tempo para atingir a mesma espessura da parede que um bico de 0,4 mm. Assim economizou-se uma enorme quantidade de tempo, com uma redução de quase 9 horas!

Lâmpada de Voronoi

Bico de 1,0 mm

Um milímetro? Sim, correto. Esqueça tudo o que você acha que sabe sobre impressão 3D. Mesmo impressões que levam dezenas de horas para terminar podem ser feitas em apenas algumas horas usando um bico para impressora 3D de 1,0 mm. Isso porque você pode obter velocidades de impressão até 5 vezes mais rápidas em comparação com um bico de 0,4 mm. Claro, há um preço a pagar. Com um bico de 1,0 mm, você normalmente imprime em uma altura de camada de 0,5 mm, mas é possível aumentar ainda mais. Claro, as camadas do objeto impresso serão altamente visíveis, mas às vezes isso não atrapalha.

Em alguns casos, pode até mesmo dar ao modelo uma estética interessante, o que pode ser bastante desafiador para se conseguir com o uso de outros métodos.

Prós

  • Impressão extremamente rápida;
  • Impressões muito resistentes;
  • Aparência incomum com camadas altamente visíveis;
  • Quase zero risco de um bico entupido.

Contras

  • Falta de detalhes;
  • Camadas visíveis;
  • Suportes muito difíceis de remover.

Exemplos de uso prático (1,0 mm) 

Dinossauro – um brinquedo para crianças

Uma vantagem surpreendente de usar um bico de 1,0 mm é a capacidade de imprimir bordas arredondadas naturalmente – sem configurações adicionais. Isso é ótimo para imprimir brinquedos para crianças, pois o risco de cortar um dedo em uma borda afiada é minimizado. Além disso, o brinquedo foi impresso cinco vezes mais rápido em comparação com o bico de 0,4 mm.

Dinossauro – um brinquedo para crianças

Porta lápis

Porta lápis

Impressões transparentes sem preenchimento

Modelos impressos usando um filamento transparente (por exemplo, PETG) sem um preenchimento e com uma altura de camada muito alta têm a capacidade de refratar a luz de uma maneira interessante. Conseguir um visual semelhante seria, de outro modo, bastante complicado.

Impressões transparentes sem preenchimento

Em resumo o bico de 0,6 oferece tempos de impressão consideravelmente menores, mas ainda é possível imprimir modelos razoavelmente detalhados. Caso você tenha o hábito de imprimir modelos pequenos com textos, linhas finas ou logotipos, considere também o bico para impressora 3D de 0,25 mm. A versão de 1,0 mm tem uso limitado, mas ainda é muito divertido de usar. Esse pequeno investimento pode ter um impacto surpreendentemente grande na maneira como você imprime.

Portanto, agora que você já sabe quando utilizar os diferentes diâmetros de bicos para impressoras 3D, que tal aprender agora 3 formas simples de como desentupir o bico da sua impressora 3D?

Conteúdo baseado em testes divulgados no site da Prusa.

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Qual é a influência da altura da camada em suas peças 3D?

Layer é a camada de impressão. A resolução das peças será medida justamente por ela, pela altura da camada. Quanto maior for, pior será a resolução.


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Quem usa impressão 3D sabe que temos uma infinidade de variáveis que podem ser trabalhadas para gerar diferentes resultados. Um dos parâmetros avaliados antes de se produzir uma peça é a resolução, ou, neste caso, a altura da camada. Essa característica permite alterar a qualidade superficial da peça, mas isso gera uma consequência grande no tempo de impressão.

Então, neste artigo mostraremos um teste que fizemos. Selecionamos uma peça e fizemos a impressão com diferentes alturas da camada. Encontramos grandes curiosidades. Confira!

 

O que é a altura da camada na impressão 3D?

A altura da camada é a espessura de cada camada impressa. Sabemos que o processo de impressão 3D por FDM consiste na deposição de material em camadas, com progresso vertical. A cabeça de impressão realiza a deposição de um nível inteiro e sobe ao nível seguinte, e assim sucessivamente até o término do projeto.

As impressoras 3D do mercado normalmente conseguem imprimir entre a altura da camada de 0,05 milímetros e 0,4 milímetros, mantendo o mesmo bico de impressão. Aliás, esse é um ponto que gera muitas dúvidas nas pessoas: preciso alterar o bico para mudar a resolução? A resposta é não!

O que acontece é que o determinante para a altura da camada da peça é o fluxo de material, ou seja, a quantidade de filamento que é projetado sobre o bloco aquecedor e que passa pelo bico. Ao variar a resolução, o software de impressão calcula a velocidade do motor que traciona o filamento, criando uma compensação.

Para que fique mais claro a influência desse parâmetro na peça, fizemos um teste em uma de nossas impressoras 3D. Selecionamos um modelo, da estátua Moai, e fizemos a impressão variando a altura da camada. Essa foi a única variável que alteramos. Mantemos a mesma temperatura e velocidades, justamente para isolar essa característica e ver a sua influência no resultado. Utilizamos um filamento ABS Premium Marrom da 3D Lab.

Para comparação, duplicamos uma das peças geradas e fizemos um acabamento com vapor de acetona. Vamos comparar a qualidade superficial entre elas. Confira, nas fotos abaixo, como foram os dados obtidos:

Teste de impressão com variação na altura da camada

Teste de impressão com variação na altura da camada

Como fica claro nas imagens acima, a variação da qualidade superficial das peças foi muito grande. Excluindo a peça tratada com vapor de acetona, a impressão da esquerda tem uma superfície mais lisa, com uma aparência de maior qualidade. Ao aumentar as camadas, até chegar na peça à direita, essa qualidade vai reduzindo.

Porém, uma análise muito importante de se fazer é no tempo de impressão. Como podemos ver na primeira imagem, o tempo de impressão da peça com 0,05 milímetros, ou 50 mícrons, foi de 171 minutos, enquanto a peça de 0,4 milímetros demorou somente 24 minutos, o que representa 14% do tempo da primeira.

Outro ponto interessante que observamos foi no brilho da peça. Percebe-se claramente que a que possui uma melhor resolução, ou menor altura de camada, tem um aspecto mais fosco, enquanto a peça de 0,4mm é mais brilhante. Na verdade, esse efeito é resultado da dispersão da luz. Com camadas mais grossas, a curvatura da superfície externa reflete mais a luz, gerando o brilho mais forte.

Para compararmos a qualidade superficial, separamos uma das peças e a tratamos com vapor de acetona. O procedimento é bem simples: com um recipiente fechado, umidecemos papel toalha com acetona pura, preenchemos a parede do recipiente com esse material e colocamos a peça no interior. Deixamos esse processo reagir por 1 hora e meia, com uma peça de 0,4 milímetros. Fizemos esse mesmo procedimento também com uma peça de 50 mícrons. O tempo necessário de acabamento foi menor, de 30 minutos, mas o resultado na superfície da peça foi similar. Por isso, focamos somente na peça de 0,4.

Segue a configuração utilizada nos testes. A variação dos parâmetros ficou somente na altura da camada.

Software: Simplify3D

Teste de impressão com variação na altura da camada 2
Teste de impressão com variação na altura da camada 3
Teste de impressão com variação na altura da camada 4

Então, qual é a melhor resolução para as peças?

Como vimos no teste, a diferença na qualidade superficial entre as peças obtidas é muito grande, porém, o tempo necessário de impressão também é. Não podemos falar que a peça de 50 mícrons é melhor do que a peça de 0,4 milímetros. Isso vai depender da finalidade do projeto.

Então, o primeiro passo para identificar qual é a altura de camada que você deve usar em suas impressões é analisar o objetivo da peça. Será que ela realmente precisa de uma qualidade superficial tão alta? Qual seria o tempo de impressão em uma resolução melhor? Fizemos esse teste com uma peça com altura de 5 centímetros, mas e se ela fosse projetada com altura de 40 centímetros? O tempo de impressão com uma camada mais fina para esse caso seria muito longo, praticamente inviável.

O acabamento das peças também se mostrou uma boa opção, mas é preciso ter cuidado com o manuseamento dos materiais utilizados.

Gostou do nosso artigo sobre a altura de camada? Então aprenda agora sobre as principais propriedades técnicas dos filamentos para impressão 3D.

 

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Filamento PLA: como imprimir com esse filamento

Filamento PLA é o nome mais comum para ácido polilático, ou melhor dizendo, poliácido láctico. Ele possui esse nome porque é formado por várias cadeias de repetição do ácido lático (composto orgânico de função mista – ácido carboxílico e álcool).


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O filamento PLA é um dos principais filamentos para impressora 3D. Esse material possui diversas propriedades que o tornam uma excelente opção para quem quer obter peças com boa qualidade e segurança, sendo utilizado em praticamente todas as impressoras 3D por processo de fusão e deposição. No entanto, para obter o máximo de desempenho com o PLA, é preciso conhecer a fundo suas características.

Por isso, criamos este artigo com tudo que você deve saber. Ao final dele você estará preparado para imprimir como um profissional. Confira!

 

Por que o filamento PLA é usado na impressão 3D?

O filamento PLA é um poliéster termoplástico, produzido a partir de fontes naturais como milho e cana de açúcar, o que o faz ser um material biodegradável. É um plástico de fácil utilização e não emite odor ou gás durante o processo de impressão sendo um grande diferencial perante aos demais termoplásticos. Seu processo de impressão 3D resulta em qualidade dimensional da peça e também apresenta ótimo resultado em peças de maior porte. O maior produtor desse material é os Estados Unidos. Atualmente, a 3D Lab trabalha com a melhor matéria prima disponível no mundo, da marca NatureWorks.

Por que o filamento PLA é usado na impressão 3D

A utilização do filamento PLA é bastante difundida pela facilidade de impressão que ele proporciona. Qualquer impressora 3D do mercado consegue trabalhar com o filamento PLA, com extrema tranquilidade. Por isso para iniciantes nessa tecnologia, é uma excelente porta de entrada. Para os mais experientes, ele proporciona uma ótima qualidade superficial e dureza elevada.

Em sua forma natural ele é translúcido, mas carretéis de filamentos pigmentados podem ser usados ​​para fazer objetos em cores diferentes.

Pensando na preservação do meio ambiente, o filamento PLA por ser obtido a partir de fontes renováveis, é o mais indicado para a utilização. Porque seu uso não implica em gases tóxicos e o material é biodegradável. Mas atenção: ele ser biodegradável não significa que você perderá a sua peça em pouco tempo! Uma peça em PLA pode durar muitos e muitos anos!

Quais são as vantagens e desvantagens desse material para os outros disponíveis?

Atualmente, os dois materiais mais utilizados na impressão 3D são o PLA e o ABS. Enquanto o primeiro representa um material biodegradável, o segundo é derivado do petróleo. Outro material que vem ganhando destaque é o PETG, que possui características mescladas com os dois principais. Então, veja a seguir uma tabela comparativa entre os materiais mais utilizados:

Quais são as vantagens e desvantagens desse material para os outros disponíveis

É ótimo que o filamento PLA possui a possibilidade de ser biodegradado, mas nem sempre isso é possível. Para ocorrer a degradação adequada é preciso que os descartes de plástico PLA sejam feitos corretamente. Isso implica que o material seja depositado em usinas de compostagem, onde há condições adequadas de luz, umidade, temperatura e quantidade correta de micro-organismos.Então, com essas informações, o filamento PLA é um material indicado para as seguintes situações:

  • peças grandes;
  • que precisam de um ótimo acabamento superficial sem tratamento pós impressão;
  • expostas a carga estática;
  • que necessitem de alta dureza superficial;
  • que sofram de esforços de atrito;
  • impressão em locais com clima frio.
  • impressora abertas;

No entanto, em comparação, ele não é indicado para peças que:

  • terão de sofrer acabamento posterior, como lixa e acetona;
  • ficarão expostas ao sol ou temperaturas elevadas;
  • terão de resistir mecanicamente a impactos.

Como configurar a sua impressora para o filamento PLA?

Na página do filamento PLA, na aba “Downloads” em nossa loja virtual, disponibilizamos o arquivo pronto para a impressão, em FFF, configurado para o Simplify3D e uma impressora padrão. Portanto pode ser necessário alguns ajustes como volume de impressão etc. Caso você o utilize, é só baixar o arquivo, salvá-lo no seu computador, abrir o programa e importar o arquivo.

Assim, vamos mostrar os principais parâmetros a seguir. Confira:

Filamento PLA 3D Lab

Temperatura do extrusor: de 200 a 220°C (utilizamos 210°C)

Temperatura da mesa: ambiente até 70°C (utilizamos temperatura de 60°C)

Retract: 3 milímetros (verificar cada impressora)

Fator de extrusão: 1,0 (100%)

Diâmetro do filamento: 1,75mm ou 2,85mm

Tipo de extrusor: pode ser usado em qualquer tipo. Mas, para extrusores All Metal é recomendado usar lubrificação com óleo lubrificante (óleo de máquina ou até azeite)

Extrusion Width: 0,48mm (largura de extrusão padrão)

Então, com essas informações você conseguirá utilizar muito bem o filamento PLA na sua impressora. Lembre-se que os pilares do sucesso para a impressão 3D são uma boa impressora, filamento de qualidade e conhecimento! Sempre prezar por filamentos de qualidade, que garantam uma boa segurança para as suas impressões.

Agora que você já sabe como utilizar o filamento PLA na sua impressora, descubra qual é a influência da altura da camada em suas peças!

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