Saiu a nova atualização do CURA Ultimaker! A versão 4.6 já pode ser baixada como Beta. A nova atualização traz alguns ajustes e novidades para o software, como por exemplo os suportes translúcidos.
O fatiador CURA foi atualizado e sua nova versão já está disponível na versão. A atualização do CURA traz algumas novidades e conserta alguns bugs da antiga versão do fatiador.
Neste conteúdo vamos te mostrar 3 novidades dessa versão e seus benefícios. Depois, queremos saber o que você achou das novidades, e quais seriam suas sugestões para uma próxima versão.
Hole Horizontal Expansion
A primeira novidade do cura 4.6 é a uma melhoria no ajuste horizontal do modelo 3D (recurso que consegue ajustar a dimensão da peça em X e Y para ter um encaixe perfeito).
Antes dessa nova versão, para ajustar uma peça horizontalmente você deve utilizar a ferramenta Horizontal Expansion. Certo?! Porém, se sua peça tiver furos, o ajuste não sairá perfeito e, provavelmente, distorcerá o modelo a ser impresso.
Na nova versão 4.6 esse problema foi solucionado com a inclusão da ferramento Hole Horizontal Expansion, que permite a expansão horizontal da peça, sem danificar ou distorcer outras partes.
Assim, os furos, que normalmente precisam ter dimensões exatas, podem ter seus diâmetros alterados sem que prejudiquem o restante da peça.
Suportes Translúcidos na atualização do CURA
Como você provavelmente já sabe, os suportes são utilizados na impressão de peças com geometrias mais complexas. Servem como pontos de apoio onde, originalmente, eles não existem.
Assim, após a impressão da peça, os suportes são retirados. Caso queira entender mais sobre suportes, acesse nosso conteúdo avançado sobre o suporte em árvore e se vale a pena utilizá-lo.
A grande novidade do CURA 4.6 é que a visualização do suporte agora é translúcida. Assim, fica muito mais fácil visualizar os pontos exatos em que ele será aplicado.
Contagem de Scripts de pós processamento
Sabemos que a configuração dos scripts de pós processamento são fundamentais para a qualidade de impressão da sua peça final.
Porém, como algumas peças exigem a habilitação de vários scripts, fica fácil se perder e acabar deixando passar alguma configuração essencial para sua impressão.
A nova versão do CURA 4.6 indica quantos scripts estão habilitados para a impressão da peça. Um balãozinho vermelho nos mostra a quantidade de scripts que já foram adicionados na configuração.
Portanto, mostramos 3 novidades da atualização do CURA que já pode ser baixada no site da Ultimaker!
Agora, quero saber o que você achou da atualização do CURA para a versáo 4.6! Qual modificação você acredita que ainda pode ser feita e qual mais gostou? Conta pra gente aí nos comentários!
Quem nunca teve sua impressão 3D interrompida que atire a primeira pedra! Nós da comunidade 3D sabemos como é chato ter uma impressão parada, seja por pico de energia, por acabar o filamento, ou qualquer outro imprevisto que pode surgir.
Tivemos uma experiência assim e vamos compartilhar com vocês como conseguimos salvar nossa peça.
Porque uma impressão é interrompida
Existem alguns motivos que podem fazer com que sua impressão não dê certo e pare no meio do processo. Vamos falar sobre os dois mais comuns que são:
Pico de energia
Principalmente na impressão de peças que levam muito tempo, os picos de energia podem fazer com que o processo seja interrompido.
Nesse caso, a única forma de evitar esse problema é comprando um estabilizador de energia, ou nobreak. Assim, quando a energia cair, o estabilizador manterá a o funcionamento da máquina por um certo tempo.
Problema no filamento
Pode acontecer que no meio da impressão seu filamento acabe ou dê nó. No caso de nó no filamento, fizemos um conteúdo que te ensina como evitar esse problema e, caso aconteça, como resolve-lo.
Agora para seu filamento não acabar no meio da impressão, deixe sempre um valor “sobrando” da estimativa do fatiador que estiver usando.
Por exemplo: se no software a estimativa é que a peça gaste 300 gramas de filamento, coloque para imprimir um filamento com pelo menos 350 gramas.
É claro que um sensor de fim de filamento pode ser muito útil nesses casos!
Como salvar uma impressão 3D interrompida
Sabemos que mesmo com essas dicas, pode ser que sua impressão ainda sim seja interrompida.
Muita calma!
Ainda há chances de você conseguir salvar sua peça.
Na semana passada nós colocamos uma peça para imprimir que levaria cerca de 25 horas. Iniciamos a impressão no final do dia e, quando chegamos no dia seguinte, vimos que a impressora estava parada.
Essa era a peça que iríamos imprimir: duas mãos que formam um suporte de parede muito legal (vamos mostrar foto depois de como ficou).
Logo vimos que houve um pico de energia e, como não tínhamos o nobreak, “perdemos a impressão”. Como já tinha impresso uma boa quantidade, resolvemos aproveitar aquela parte.
Para solucionar o problema da impressão 3D interrompida e salvar a peça fizemos o seguinte passo a passo:
1. Meça a parte da impressão 3D interrompida
É preciso saber exatamente em que ponto a impressão 3D foi interrompida. Para isso, usamos um paquímetro para conhecer a altura da parte que foi impressa.
2. Reconfigure a impressão no fatiador
Depois de saber qual o tamanho exato da peça que foi interrompida é hora de voltar ao fatiador (aqui usamos o Cura Ultimaker) e configurar sua nova impressão somente com a parte que ainda precisa ser impressa.
Por isso é muito importante medir com precisão o que já foi impresso.
No fatiador, movimentamos a peça no eixo Z com o valor que foi encontrado no paquímetro. Assim, a nova impressão será feita a partir do ponto interrompido.
3. Imprima a parte que faltou
Agora o processo é o que você já conhece! Basta imprimir a parte da impressão 3D que estava faltando.
Quando o processo terminar, basta juntar as duas partes e colar.
Muito cuidado nessa hora! É importante que cole todos os pontos com cuidado e atenção para minimizar a linha de corte onde as peças foram coladas.
4. Lixe e pinte sua peça
Para dar um acabamento ainda melhor para a peça e deixar praticamente imperceptível as imperfeições, lixe a peça e pinte. Indicamos antes da pintura você passar o Primer, ele ajudará a deixar a peça mais uniforme e a pintura com um resultado melhor.
Pronto! Sua impressão 3D interrompida está salva. ??
Então, da próxima vez que sua peça for interrompida, pode ficar mais calmo que nem tudo está perdido. Basta medir a parte que já foi impressa, configurar uma nova impressão com o restante da peça, colar as duas partes e finalizar com um acabamento caprichado!
O nosso resultado final ficou assim (ainda sem o acabamento):
Conta pra gente como ficou o resultado da sua peça recuperada!
E agora que você já sabe como salvar uma impressão 3D interrompida, aprenda como resolver (e evitar) os 20 principais erros em impressão 3D.
O movimento maker é formado por uma cultura colaborativa que incentiva qualquer pessoa a criar soluções para seu consumo. A impressão 3D impulsiona e torna o movimento maker ainda mais democrático e transformador. Entenda essa relação e como você pode fazer parte disso.
Provavelmente você já ouviu falar no movimento Maker, ou até mesmo, de alguma forma, fez parte da cultura maker.
Calma, vamos te explicar!
A cultura maker é formada pela ideia de que qualquer pessoa pode criar, arrumar, fabricar e produzir diferentes tipos de objetos com suas próprias mãos. Podemos dizer que o “Do it yourself” (faça você mesmo), que viralizou no Brasil com vídeos que ensinam as pessoas a fazerem (praticamente) qualquer coisa, faz parte do movimento Maker.
A impressão 3D e o movimento maker estão intimamente ligados, isso porque, como sabemos muito bem, graças às impressoras 3D conseguimos criar uma infinidade de objetos que antes eram, necessariamente, comprados.
Entenda qual a relação da impressão 3D com o movimento maker e como você pode fazer parte disso!
O que é o movimento Maker?!
O movimento Maker é uma cultura que valoriza a capacidade do indivíduo de ser criador e desenvolvedor das coisas que consome. Por isso, tem como uma de suas principais premissas a aprendizagem de modo informal, compartilhada publicamente com a intenção de ajudar toda a comunidade maker a se divertir enquanto cria.
Um misto de tecnologias inovadoras (é aí que entra a impressão 3D!), eletrônica, marcenaria, costura e o que mais puder ajudar o criador a conseguir fazer o objeto que deseja ganhar vida.
Tudo isso com um acréscimo muito especial de paixão por criar e o entusiamos pelo novo! É assim que o movimento maker se forma e ganha seguidores no mundo todo. Inclusive, existem feiras focadas no cultura maker que reúnem milhares de pessoas.
Se antes os inventores eram como víamos em filmes: gênios ou cientistas malucos que viviam em seus quartos e laboratórios sozinhos, hoje a tecnologia aproxima os criadores e faz com que a cultura do compartilhamento seja cada dia mais poderosa e potencializadora de resultados.
Makers: quem são e aonde vivem?
Qualquer um pode ser um maker! Sendo assim, os makers estão em todos os lugares, desde casas até laboratórios de criação, faculdades e empresas.
Isso mesmo, muitas empresas já trabalham com a ideia da cultura maker, produzindo seus próprios protótipos, reduzindo e otimizando custos. Nesse artigo você pode entender um pouco mais sobre isso.
Como dissemos existem espaços colaborativos prontos para dar o suporte que qualquer maker precisa. Os “hackerspaces” e “makerspaces” são lugares que reúnem adeptos da cultura maker e ainda contam com impressoras 3D e outros equipamentos de criação tecnológica para possibilitar o desenvolvimento e criação das obras.
Cada dia mais esses espaços se tornam populares e democratizam o uso de tecnologias em prol da inovação e da arte de criar, mesmo para quem não possui conhecimento técnico.
Apesar de ser mais recorrentes em países desenvolvidos, eles começam a ganhar espaço também no Brasil, com unidades em São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre Recife e até em Santa Catarina.
Um dos grandes diferenciais do movimento maker é justamente a comunidade colaborativa que o forma. Pessoas que procuram sempre ajudar, compartilhar e multiplicar seus conhecimentos para que todos consigam ter sucesso em suas criações.
A riqueza da cultura maker está não só no acesso às tecnologias e recursos, mas, principalmente, no conhecimento dos outros makers.
Assim, inventores estão se unindo para experimentar e cooperar mutuamente, além de absorver e distribuir conhecimento em redes sociais, grupos e comunidades online.
Essa é a essência da cultura maker: um ecossistema que se nutre da colaboração e da inovação tecnológica para possibilitar que cada vez mais pessoas sejam criadoras de suas necessidades.
Impressão 3D e o movimento Maker
A impressão 3D é uma tecnologia essencial no movimento maker, isso porque ela possibilita a materialização de uma ideia de forma prática e rápida (se comparado às formas mais tradicionais de produção).
As impressoras 3D realmente ganham destaque em ambientes de criação. A versatilidade dos materiais utilizados na impressão 3D tem tudo a ver com a cultura maker. Isso porque, além de possibilitar criação de diferentes objetos, também faz com que eles possam ter diferentes funções.
É indiscutível que as impressoras 3D estão impulsionando e democratizando, ainda mais, o movimento Maker. A transformação gerada pela impressão 3D já é vista e reconhecida nas indústrias e agora também é base da mudança cultural com foco na criação de soluções por qualquer pessoa.
A transformação gerada por essa tecnologia já é vista nas linhas de produção de empresas, mas agora é hora também para ser o fio condutor da mudança cultural com foco na criação de soluções por qualquer pessoa.
DICA: Se você gosta de Reality Shows pode acompanhar o “Batalha de Makers”: um programa que incentiva a criação e utiliza as mais variadas tecnologias para testar os participantes em competições que exigem conhecimento e habilidades criativas para resolver os problemas que são propostos. Vale a pena assistir 😉
Qual o futuro do movimento maker?
Um dos motivos para o movimento maker ser tão especial e promissor é que ele não se limita à idade e nem à áreas de atuação.
Vamos repetir: qualquer um pode ser um maker, inclusive você!
O movimento maker e a impressão 3D estão provocando uma radical transformação na maneira como as empresas, profissionais, empreendedores, estudantes e pessoas se relacionam com as novas tecnologias e com sua própria criatividade.
Acreditamos que o futuro do movimento maker é também o futuro de toda a sociedade, na qual a cultura colaborativa terá mais valor e ganhará proporções exponenciais. A cultura maker é também sobre ter uma maior consciência de consumo e conseguir ser você o produtor das soluções que precisa.
No mundo em que vivemos é essencial que sejamos agentes transformadores e criadores de uma realidade mais democrática, sustentável e acessível para todos.
O movimento maker é sobre: compartilhar, aprender, criar e solucionar! O movimento maker é sobre o futuro que já está acontecendo!
Se você quer fazer parte do movimento Maker e começar a criar suas próprias soluções, nós podemos te ajudar! É só completar o formulário abaixo que nosso time de especialistas entrará em contato
Já falamos aqui sobre os diferentes tipos de impressoras 3D. A impressão 3D FDM (Fabricação por Filamento Fundido) ainda é a mais popular do mercado. Porém, a impressora 3D com resina está ganhando espaço e notoriedade entre a comunidade 3D, principalmente para quem busca peças mais detalhadas e com acabamentos mais precisos.
É comum que muitos entusiastas da impressão 3D comecem com a impressão FDM e, com o tempo, passem a utilizar impressoras 3D de resina.
É justamente aí que está o maior perigo: por já estarem acostumados, acabam levando alguns vícios e costumes de uma técnica para a outra. O que pode ser bastante frustrante, já que impressoras FDM e SLA ou DLP são bastante diferentes e possuem suas particularidades.
No conteúdo de hoje vamos te apresentar os 6 principais equívocos de quem está começando a utilizar impressora 3D de resina. Confira!
1. Impressora 3D de resina não é igual a impressora 3D FDM!
No começo, algumas pessoas podem achar que existe semelhança entre impressoras 3D FDM e impressoras 3D de resina, mas isso é um grande engano.
Normalmente, aprender e dominar as técnicas da impressão FDM leva um pouco mais de tempo, isso porque á muitos parâmetros que podem ser configurados. Nas resinas essas variações são menores. PORÉM, o insumo e peças de reposição desse tipo de máquina são ligeiramente mais caros, então a “tentativa e erro” deve ser evitada.
Vale lembrar também que as peças criadas com impressoras 3D de resina precisam passar por um processo de pós impressão que chamamos de cura. Esse processo utiliza produtos químicos, como o álcool isopropílico por exemplo, para dar à peça o acabamento necessário.
Um outro detalhe que diferencia os dois tipos de impressão são as medidas básicas de segurança que devem ser tomadas durante o processo. Com a resina é interessante ter boa ventilação e uso de luvas.
2. Não use preenchimento nas peças de impressão com resina
Diferentemente da impressão FDM que você pode escolher o nível de preenchimento da sua peça, na impressão de resina é aconselhável que você deixe o objeto oco.
Ao tornar o objeto oco com paredes finas você poderá minimizar o efeito de contração da peça. O alto encolhimento normalmente ocasiona rachaduras e vários efeitos indesejados, como linhas de superfície.
Isso melhorará drasticamente a qualidade estética do objeto. Lembre-se de que o esvaziamento também permitirá economizar muita resina de impressão 3D!
3. Não simplifique o uso de suportes na impressora 3D de resina
Entusiastas da impressão 3D de resina muitas vezes simplificam o uso dos suportes e confiam nas configurações automáticas dos softwares, assim como fazem na impressão FDM.
Porém, nas impressoras 3D de resina o uso dos suportes requer maior atenção e conhecimento.
Estratégias de suporte ruins levarão a muitas falhas e frustrações. Para ter sucesso, preste muita atenção e analise todos os pontos críticos da peça.
4. Não compare filamentos com resinas
Em relação ao custo-benefício, as resinas de impressão 3D tendem a ser mais caras do que os filamentos.
O desempenho dos materiais também é muito diferente. As resinas tendem a ser menos resistentes do que a maioria dos filamentos. Porém, peças impressas com resina possuem um excelente acabamento.
Outra característica é a resistência à temperatura. Geralmente as resinas de impressão 3D resistem mais termicamente e também a produtos químicos.
Já os filamentos são mais resistentes, menos propensos a quebrar, mas mais sensíveis à temperatura. É claro que estamos falando de um modo geral, uma vez que cada material pode ter características individuais.
5. Ajuste bem sua camada de fixação
Nas impressoras 3D de resina a camada de fixação é uma espécie de almofada fina sobre a qual você cria seu objeto.
Seu uso é de extrema importância para esse tipo de tecnologia pois nela o objeto é produzido “de baixo para cima”. Esquecer de configurar a cama de fixação pode reduzir bastante suas chances de sucesso na impressão.
A camada de fixação aumenta drasticamente a adesão entre a primeira camada do objeto que está sendo impresso e a placa de construção. Essa boa adesão reduz o risco de descolamento e queda de objetos durante a impressão 3D.
6. Gaste um tempo escolhendo qual resina utilizar
Cada resina de impressão 3D é única. O mesmo se aplica às impressoras 3D de resina.
Para obter os melhores resultados, é extremamente importante passar algum tempo e elaborar as melhores configurações da impressora para a resina que será utilizada.
Configurações de exposição incorretas, velocidades e alturas de elevação, podem levar a muitas falhas ou resultados insatisfatórios.
Se você quer um bom resultado na impressão de suas peças, vale a pena gastar mais tempo estudando as configurações da impressora e da resina que serão utilizadas.
Como você conferiu nas dicas acima, o uso de impressora de resina requer muita atenção e tempo de estudo. Mas não desanime, os resultados são surpreendentes!
Portanto, se você se interessou pela impressão 3D de resina e quer saber mais sobre o assunto, temos dois conteúdos que irão te interessar:
Além disso, estamos preparando mais conteúdos sobre essa tecnologia e suas infinitas possibilidades! Quer ter uma impressora 3D de resina? Se sim, preenche esse formulário a seguir que um de nossos especialistas entrará em contato para entender mais sobre a sua necessidade!
Ah, e se tiver qualquer comentário ou sugestão para nossos próximos conteúdos escreve aí para gente!
O CURA 3D Ultimaker é um dos softwares mais utilizados na impressão 3D. Ele permite uma gama de ajustes e configurações interessantes. Vamos te mostrar como usar, desde a instalação até a impressão.
O Cura 3D é um dos principais softwares utilizados na impressão 3D. Com uma interface bastante amigável, seu uso se popularizou entre a comunidade. Como um software fatiador, basicamente a função do Cura é gerar a preparação da sua peça para a impressora 3D.
Além de ser totalmente gratuito, o software ainda é de código aberto. Ou seja, melhorias e ajustes podem ser feitos por toda a comunidade.
Se você compará-lo a outros softwares de fatiamento 3D, tudo parecerá muito simples, com opções e ajustes ilimitados. Mas as configurações mais complexas do Cura estão lá, se você precisar delas: ele foi projetado para ser organizado e fácil de usar.
Quer entender todo o passo a passo para utilizar o Cura 3D? Então continue lendo este conteúdo!
Qual a principal função do Cura
O Cura 3D é um software fatiador para impressoras 3D. Ele transforma um modelo 3D em camadas que quando sobrepostas formam o objeto que será impresso.
O arquivo gerado é conhecido como G-Code, que é o código que uma impressora 3D entende.
Ou seja, o fatiador é responsável por transformar um arquivo do modelo criado em 3D para um formato de leitura da impressora, com as configurações de impressão.
Como preparar os arquivos 3D
Antes de explicarmos o passo a passo para você saber tudo sobre o Cura, vamos entender um pouco mais de todo o processo de impressão.
Existem basicamente três estágios na preparação de arquivos para impressão 3D:
modelagem: para modelar um objeto 3D você precisará de um aplicativo de modelagem, como por exemplo o TinkerCad, AutoCad ou StetchUp;
exportação de arquivo 3D: depois de ter seu modelo 3D, você precisará exportá-lo como um um arquivo STL, OBJ ou 3MF. Esses são os formatos de arquivo reconhecidos pelo Cura;
exportação do arquivo fatiado: o arquivo STL ou OBJ pode ser importado para o software Cura, fatiado e produzido como código G. Esse código G é um documento com uma lista de comandos para a impressora 3D ler e seguir, como as configurações da temperatura, movimentação etc.
Como fazer o download e instalação do Cura 3D
Atualmente a última versão do software é a 4.7 (Setembro/2020). Ela funciona em todas as principais plataformas de sistema operacional: Windows, MAC e Linux.
Para instalar o Cura, primeiro faça o download para o seu computador. Assim o que download for feito, conclua a instalação.
Como configurar o software para a sua impressora 3D
Ao iniciar o software pela primeira vez, será solicitado que você selecione a impressora que utiliza.
Encontre o modelo da sua máquina na listagem que o Cura apresentará. Caso não o apareça você terá que personalizar os detalhes para adicionar a impressora.
Basta digitar as configurações da sua impressora 3D na janela de configurações do Cura Machine.
Como importar um modelo para o Cura 3D
Depois de configurar o Cura para sua impressora, chegou a hora de importar um modelo para o software. Para isso acompanhe os seguintes passos:
clique no ícone da pasta flutuante à esquerda ou selecione Arquivo > Abrir arquivos (no menu superior);
escolha um arquivo STL, OBJ ou 3FM do seu computador e o selecione para fazer a importação;
Como alterar o modo de exibição do modelo
Depois que o arquivo for carregado ele aparecerá no software. Você pode alterar o aspecto de exibição da peça das seguintes formas:
navegue pela área de construção do software: mantenha pressionada a tecla Shift e clique com o botão esquerdo para mover a área de construção pela tela. Isso geralmente é útil se você quer ampliar o modelo para verificar alguns detalhes mais refinados;
ver todos os ângulos do modelo: Pressione e segure o botão direito do mouse para girar em torno da área de construção;
amplie a área de construção: use a rolagem do mouse para ampliar e reduzir o modelo.
Além disso, há três formas básicas de visualização do modelo. Cada uma é adequada para diferentes necessidades, especialmente quando surgem problemas nas peças impressas:
sólido: é a a visualização padrão do Cura. Permite que você tenha uma boa ideia de como o modelo ficará depois de pronto;
raio-X: basta clicar em visualizar para ativar esse modo. O recurso é recomendado quando as peças não saem do jeito que você deseja. Ele permite que você analise o que precisa ser retrabalhado;
camadas: se uma impressão falhar repetidas vezes em determinado ponto, ou se você tiver programado algo diferente e quiser verificar se a impressão está correta, recomendamos o modo de visualização em camadas. À medida que você avança no Cura, esse recurso é útil para identificar camadas nas quais você deseja alterar as configurações no código G, como aumentar a velocidade do cooler, a altura ou o fluxo da camada.
Quais são as configurações fundamentais de impressão no Cura 3D
Altura da camada
É o que determinará a resolução de sua impressão. Define a altura de cada camada de filamento depositada durante a impressão. Como já dissemos em outro conteúdo, quanto maior a altura da camada, menos detalhado será seu objeto.
Velocidade da impressão
Diz respeito à velocidade que o extrusor se move enquanto está depositando o filamento. A otimização da velocidade de impressão está diretamente ligada ao nível de detalhes do objeto e ao material que está sendo utilizado.
A velocidade de impressão altera o nível de aderência das camadas. Uma dica para você que quer uma impressão mais rápida é aumentar a temperatura. Dessa forma você garante que as camadas manterão uma boa adesão.
Espessura da parede
Está ligado a parede externa da peça. Logo, se você quer uma peça com parede mais grossa (objetos mais rígidos), configura uma maior espessura da parede.
Densidade ou infill da peça 3D
É medido de acordo com porcentuais, por isso, peça com infill de 100% é um objeto sólido. Por outro lado, com infill zero você terá um objeto oco.
Retração
Durante a movimentação do carro extrusor de um ponto a outro pode acontecer vazamento do material que está aquecido. Para evitar isso usa-se o retract.
Na prática, o sistema alimentador retorna um pouco do filamento e evita o escorrimento.
Como usar as configurações básicas, intermediárias e avançadas
O Cura é um dos softwares mais completos em termos de configurações possíveis. Porém, no seu desenvolvimento foi pensado no público iniciante até o mais experiente.
Por isso, é possível habilitar ou desabilitar conjunto de recursos. Por exemplo, se você ainda está começando a trabalhar com a impressora 3D, pode deixar habilitado somente as configurações iniciais. Já para os mais experientes há o conjunto de experimentações e testes mais complexos.
Para alterar esse padrão basta acessar o menu superior > Preferences > Configure Cura > Settings e escolher a opção na lista suspensa que aparecerá, entre o Basic, Advanced e Expert.
Portanto, vimos que o Cura 3D é um software bem completo e útil para a impressão 3D. São muitas as possibilidades de configuração que o software nos proporciona.
Sua interface e usabilidade foram desenvolvidas para facilitar o trabalho dos usuários. Porém, sabemos que é necessário ter um conhecimento detalhado caso você queira aprimorar suas técnicas de impressão.
Em breve lançaremos um novo conteúdo, agora mais completo, sobre o Cura. Então, fique atento e acompanhe as postagens nas redes sociais, seguindo nossas páginas.