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Autor: webmaster

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Como utilizar a impressão 3D para reduzir os custos de produção

Qual gestor não vive em busca de maneiras estratégicas de reduzir os custos operacionais de sua empresa? Essa busca constante permite que o custo reduza e, consequentemente, o lucro aumente! Seguindo essa mesma linha de raciocínio, você já pensou na impressão 3D para reduzir os custos? É totalmente possível e vamos mostrar como neste conteúdo!


Utilizar a impressão 3D para reduzir os custos de prototipagem, assim como os de produção, é uma prática muito eficaz! Isso porque essa tecnologia pode ser um excelente recurso de otimização das operações industriais.

Ela pode permitir que você melhore seus produtos com um custo menor. Criando peças mais leves, trabalhando no design para obter impressões mais eficientes e mais adaptadas ao seu uso, você pode reduzir consideravelmente os custos em diferentes níveis.

Então, incluir a essa tecnologia nos processos de prototipagem e produção pode ajudar substancialmente as empresas. Vejamos agora mais detalhadamente como tudo isso impacta os custos de fabricação em um processo de manufatura. Confira!

Reduzindo o investimento em ferramentas

Mais do que o preço da peça individual, é possível utilizar a impressão 3D para reduzir os custos em todo o processo de fabricação. Ela pode ser uma maneira de repensar totalmente seu processo de produção e permitir uma melhoria na cadeia de suprimentos.

Uma excelente maneira de economizar dinheiro no processo de manufatura é reduzindo os custos com ferramentas. Por exemplo, é possível criar mecanismos na própria peça 3D para diminuir a necessidade de ferramentas durante a produção, como um encaixe sem a necessidade de parafusos. Outra alternativa é criar peças que não necessitam de nenhum pós-processamento.

Alguns fabricantes de automóveis já identificaram uma redução de até 90% no custo de ferramental para o processo de montagem apenas criando mecanismos com a impressão 3D. Lógico que essa redução depende do ramo de atuação da empresa e de como a tecnologia é utilizada. De qualquer forma é uma boa maneira de reduzir seus custos quando se trata de ferramentas.

Acelerando o processo de desenvolvimento de produtos

A impressão 3D para reduzir os custos é um método incrível, que ajuda na criação de muitos projetos com um preço mais baixo quando se trata de prototipagem.

Nos métodos tradicionais de fabricação, com moldes por injeção, você terá que criá-los antes de fabricar o produto. Esse processo é muito caro e leva bastante tempo. Além de que se algo der errado você pode perder seu molde e ter que começar tudo do zero. Isso geraria um custo ainda maior. No entanto, quando a impressão é utilizada, basta preparar um arquivo 3D em algum software de modelagem. Assim você pode modificá-lo quantas vezes quiser, fazendo diferentes interações em seu protótipo durante o processo. Esse recurso é um trunfo para o desenvolvimento de produto.

Para exemplificar observe essa peça abaixo:

Acelerando o processo de desenvolvimento de produtos

Imagine se ela tivesse em seu projeto um molde injetado para criação do seu protótipo e quando ele estivesse pronto um mal dimensionamento fosse identificado. Então, qual seria a saída? Possivelmente começar o projeto do zero e perder um molde de alguns milhares de reais.

Já no caso dessa peça impressa mesmo que você precise fazer um novo protótipo o máximo que você gastará será o tempo de alteração dimensional em seu modelo 3D (que é super rápido) e o tempo de uma nova impressão. Além do custo com filamentos — que nem se compara ao preço de um molde injetado.

Além disso, a tecnologia 3D está permitindo produzir objetos que seriam muito difíceis em um método de fabricação tradicional. Um exemplo disso são as peças com desenhos extremamente complexos.

Utilizando esse recurso em seus protótipos e projetos com maior grau de complexidade você levará menos tempo para desenvolvê-los. Economizando tempo obviamente ocorrerá economia de dinheiro também.

Otimizando o design da impressão 3D para reduzir os custos

Se você quiser usar a impressão 3D para reduzir os custos em processos industriais, terá que otimizar seu modelo. Trabalhar no design do produto pode permitir que você melhore sua peça impressa e reduza seu custo. Isso porque, ao criar seu modelo em um software de modelagem 3D, você pode elaborar um projeto realmente ideal e usar a quantidade certa de material, evitando assim o desperdício.

Outro fator importante é que se você tiver uma peça impressa bem projetada ela minimizará as etapas de pós-produção. Essas etapas adicionam custo e tempo ao desenvolvimento de seu produto. Portanto isso ajudará a reduzir os custos de produção!

As peças impressas em 3D bem projetadas seguem muitas das mesmas regras que as feitas com moldes por injeção. Por isso use transições graduais entre superfícies adjacentes. Elimine grandes diferenças na seção transversal e no volume da peça. Evite cantos afiados que frequentemente criam tensão residual na peça final. Observe que as paredes finas e sem suporte não ficam muito altas, ou então pode ocorrer deformação ou distorção.

Saindo do tradicional

Os projetistas 3D aproveitam muitas formas “orgânicas” em seus projetos. Portanto não tenha medo de usar essas formas, desde que isso crie peças mais leves e também mais resistentes.

Você não deve temer ousar no design de sua peça. Com a fabricação tradicional a abertura de furos em um bloco sólido aumenta o custo e o desperdício da peça. No entanto, no universo 3D mais espaços sem preenchimento significam menos material gasto e geralmente menos tempo de processamento.

Lembre-se de que os furos nas peças não precisam ser redondos. Com bastante frequência, uma forma de orifício elíptica, hexagonal ou de forma livre é a mais adequada ao design da peça e também a mais fácil de imprimir.

Considerando os próximos passos

A impressão 3D é uma excelente alternativa quando falamos em protótipos e em produções iniciais. No entanto quando o plano futuro é produzir em larga escala é importante pensar no projeto durante todo o ciclo de vida do produto. Isso porque como ela oferece enorme flexibilidade de design, é fácil terminar o projeto inicial, sem considerar como as peças serão fabricadas futuramente.

Com base em nossos exemplos no início deste conteúdo, um número crescente de empresas está considerando a utilização da impressão 3D adequada para peças industriais. No entanto muitas delas passarão para usinagem, moldagem ou fundição conforme os volumes de produção aumentam. Portanto quando cria-se alternativas que não são aplicadas aos futuros processos produtivos isso pode acarretar retrabalho e perda de dinheiro.

Então tente sempre integrar a tecnologia 3D a todos os processos necessários para a produção, analisando logo no início todo o ciclo de vida do produto. Isso garante uma produção sempre econômica.

Usando materiais mais baratos

A utilização da impressão 3D oferece a empresa diversas possibilidades de escolher entre diferentes tipos de filamentos. Você pode reduzir os custos de material graças a uma escolha mais em conta. Mas lembre-se sempre que a sua aplicação deve ser levada em consideração durante a definição da matéria prima.

Todos esses materiais são diferentes e possuem propriedades específicas. Você terá que encontrar o melhor material para o seu projeto. Por exemplo, para algumas aplicações você pode utilizar o ABS que é um tipo de filamento com menor custo, no entanto, para outros o mais indicado é o PLA ou o PETG por causa de suas propriedades.

Evitando o excesso das tolerâncias

Projetistas e engenheiros devem evitar o “excesso de tolerância” de suas peças pois isso pode forçá-las a serem produzidas com maior tempo e custo. Em muitos casos, exigirão operações de usinagem secundárias para atender dimensões finais extremamente precisas.

Como a impressão 3D oferece uma ampla possibilidade de configuração das peças, criar protótipos com dimensões e encaixes mais precisos não é algo dispendioso. Isso também faz com que ajustes nas peças já finalizadas não sejam tão necessários, economizando tempo e custos com pós-processamento.

Olhando para o quadro geral da impressão 3D para reduzir os custos

Com o projeto 3D bem dimensionado você tem uma grande possibilidade de diminuição de quantidade de peças perdidas, redução de peso e maior integridade estrutural, menores custos de montagem e outros recursos que não são possíveis nos projetos tradicionais.

Além disso, lembre-se de que alguns acessórios, moldes e outros tipos de ferramentas não são necessários na impressão 3D. Assim você elimina custos que podem não estar diretamente associados ao preço individual. Concentrar-se apenas no valor da peça impressa, em vez da funcionalidade do produto e na “visão geral” pode assustar um pouco. Mas muito além disso pode fazer com que você perca oportunidades gerais de otimização na fabricação.

Com a diminuição dos custos de produção, otimização dos processos, e todas as outras métricas citadas, fica mais fácil atingir os objetivos do seu projeto. Portanto esperamos que este conteúdo tenha ajudado você a enxergar com mais clareza os benefícios da impressão 3D para reduzir os custos dos processos industriais.

Agora que você já aprendeu a como utilizar a impressão 3D para reduzir os custos dos seus processos, que tal conhecer 10 possibilidades com a impressão 3D?

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Ender 3 e Ender 3 Pro: veja as diferenças entre as impressoras 3D

As impressoras Ender 3 e Ender 3 Pro são ótimas opções de compra pois aliam preço baixo e alta qualidade de impressão. Mas você saberia dizer quais são as diferenças entre as duas? Confira a resposta neste conteúdo!


Existem inúmeras opções de impressoras 3D disponíveis no mercado. Contudo, poucas conquistaram tanto o coração dos consumidores quanto as da marca chinesa Creality: Ender 3 e Ender 3 Pro. 

Porém, mesmo tão conhecidas e utilizadas, alguns usuários acabam tendo dúvidas em relação às principais diferenças que existem entre a versão antiga e mais recente da impressora 3D. 

Neste conteúdo explicaremos mais a fundo o que realmente está diferente na nova geração da máquina. Curioso(a)? Então vamos lá que te conto!

Ender 3

A Ender 3 rapidamente se tornou uma das impressoras mais utilizadas e a sua popularidade segue crescendo! E convenhamos: a sua fama faz muito sentido!

Fabricada pela Creality, uma empresa chinesa conceituada no mundo da impressão 3D, a impressora tem um preço bastante acessível. 

Ender 3

A máquina possui diversas características interessantes que permitem um acabamento superior em impressão 3D.

A mesa aquecida permite a utilização dos filamentos ABS, PLA e outros, chegando à temperatura ideal em menos de 5 minutos, como indica a fabricante. 

Além disso, ela tem uma função interessante que poucas impressoras 3D do mercado possuem: em caso de queda de energia, a impressão 3D pode recomeçar de onde parou. Isso evita a perda da peça, do material e de tempo. 

Também devemos ressaltar a estrutura metálica da impressora, que ajuda na resistência e na precisão de fabricação dos objetos. Além disso, a máquina tem velocidade de impressão de 180mm/s.

A falta do nivelamento automático da mesa pode ser algo incômodo para quem já está acostumado com a função em outras máquinas. No entanto, o nivelamento manual é prático e possui quatro engrenagens grandes que ficam debaixo da mesa sem a necessidade de ferramentas para fazer ajustes.

Principais diferenças entre os modelos

Basicamente, a estrutura das impressoras é a mesma.  Existem algumas diferenças pontuais, porém pertinentes. A Ender 3 Pro trouxe melhoras significativas em relação à usabilidade. Vamos conferir quais são elas?

  • Nova mesa magnética: com a nova mesa você não precisa usar grampos de fixação;
  • Fonte mais potente: a nova e mais potente fonte de energia da Ender 3 Pro aquece de forma mais ágil tanto a mesa de impressão quanto a extrusora. Isso permite poupar tempo no processo anterior à impressão;
  • Cooler de resfriamento reposicionado: o cooler de resfriamento foi reposicionado na Ender 3 Pro para evitar que o mecanismo ‘puxe’ ar quente da mesa de impressão. Variações na temperatura podem fazer que determinados materiais se soltem da mesa e a qualidade da peça fique comprometida;
  • Reforço no eixo Y: o reforço no material de construção do eixo Y possibilita que a reverberação proveniente da impressão não desloque ou atrapalhe a fabricação da peça.Principais diferenças entre os modelos

Qualidade da Ender 3 e Ender 3 Pro

Embora a nova versão tenha trazido algumas modificações bastante relevantes, é necessário dizer que a qualidade de impressão de ambas é similar. 

As duas versões da máquina permitem a impressão de peças com ótimo acabamento, desde que as etapas que antecedem esse momento estejam todas corretas. Um arquivo STL de qualidade é fundamental para o sucesso da sua impressão 3D.

Onde comprar a Ender 3 e Ender 3 Pro

A 3D Lab é a representante oficial no Brasil da Creality. Oferecemos as máquinas com garantia exclusiva, suporte dedicado e ainda contamos com estoque no Brasil, sem taxas de importação. Comprando a máquina com a 3D Lab você ainda ganha descontos e condições exclusivas para a compra dos filamentos.

Se você ficou interessado e quer adquirir uma impressora 3D, visite agora mesmo a nossa loja virtual!

Até o próximo conteúdo!

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Saiba escolher o melhor sentido de impressão das peças 3D!

Você sabia que o sentido de impressão tem total influência em diversos parâmetros da sua peça? Resistência mecânica, qualidade superficial e muitas outras características podem sofrer variação dependendo de como você posiciona seu modelo para imprimir.

Antes da impressora 3D começar a produzir uma peça há muito trabalho de preparação. O arquivo pode ser modelado do zero ou então ser buscado em algum site na internet. Depois disso, é hora de fatiar a peça em um software de impressão, como o Simplify 3D ou Cura. Nesse momento, escolher o sentido de impressão das peças em relação à base é fundamental.

Apesar de tamanha importância, muitos usuários de impressão 3D não se atentam para a posição em que as peças serão colocadas para imprimir. Se o objeto tiver que suportar um certo esforço, essa escolha tem influência direta na resistência mecânica e, portanto, pode ditar o sucesso ou fracasso do projeto.

Então, criamos este conteúdo justamente para deixar claro a importância do sentido de impressão das peças e como fazer essa escolha. Acompanhe!

Importância do sentido de impressão das peças em relação à base

Em qualquer projeto é importante considerar a qualidade desejada para sua impressão 3D ao selecionar a orientação. Dependendo da geometria do objeto eles podem ter força, estética e velocidade ideais de construção a partir de uma única mudança de sentido de impressão das peças.

Portanto, na maioria das vezes o sentido de impressão das peças desempenha um papel crítico na determinação do resultado do seu projeto.

Então, agora vejamos como alguns parâmetros são afetados com essa escolha:

Precisão

Considere um cilindro com um orifício (10mm de diâmetro externo, 6mm de diâmetro interno, 30mm de comprimento) impresso com seu eixo central vertical. A impressora 3D construiria essa peça como uma série de círculos concêntricos sobrepostos. Isso produziria um cilindro final com uma superfície externa relativamente lisa.

Se o mesmo cilindro for reorientado horizontalmente com seu eixo central, a peça será construída como uma série de retângulos (com largura ligeiramente diferente) sobrepostos. Além disso, a superfície do cilindro que toca a mesa será plana.

Ao escolher um diferente sentido de impressão das peças pode haver uma diferença significativa na precisão do modelo. Isso pode ser observado na foto abaixo.

Precisão

Tempo de impressão

O sentido de impressão das peças também pode ter um impacto significativo no tempo de impressão.

Usando como exemplo o cilindro da seção anterior, a orientação horizontal levará significativamente menos tempo para imprimir. Isso porque o número total de camadas é significativamente reduzido. Nesse exemplo o cilindro horizontal será impresso com 100 camadas totais e o vertical com 300 camadas. Podendo resultar assim em diferenças significativas de tempo para peças grandes.

Essa diferença de tempo é explicada pela velocidade de movimentação no eixo Z ser bem inferior aos valores encontrados nos eixos X e Y.

Além disso, por causa do uso do material de suporte a velocidade de impressão da peça também pode ser afetada. Assim girar uma peça para um sentido diferente pode diminuir o uso do suporte e consequentemente o tempo de impressão.

Tempo de impressão

O sentido de impressão das peças afeta o tempo de impressão e o consumo de material (esquerda); orientação adequada pode reduzir ambos (direita).
Em geral, diferentes sentidos visam minimizar a altura total do Z e o material de suporte, para maximizar o rendimento do projeto. No entanto, recomenda-se avaliar também o sentido de impressão das peças quanto ao acabamento ou resistência. Pois as orientações otimizadas para a velocidade podem afetar negativamente tanto a resistência quanto o acabamento da superfície.

Força

Algumas impressões 3D, principalmente FDM, criam peças que possuem propriedades inerentemente anisotrópicas. Ou seja, certas propriedades físicas como dureza, resistência mecânica, refração da luz, por exemplo, dependem da direção em que são medidas. Por isso elas são muito mais fortes na direção XY do que na direção Z.

Força

Quando você está cortando seu modelo 3D para impressão, o primeiro foco é normalmente a maneira mais fácil de colocar sua peça para ser impressa. Realmente isso é muito importante e deve ser considerado. No entanto, para a maioria dos modelos é possível obter diferentes orientações para o mesmo objeto. Como tal, pode ser muito benéfico planejar a impressão de forma a maximizar sua força.

Geralmente, o eixo Z de uma impressão é considerado o mais fraco. Isso ocorre porque nesse eixo existe a possibilidade de separação entre camadas. Enquanto os eixos X e Y são compostos de muito mais filamentos contínuos. Isso significa que, se todo o resto for igual, a impressão provavelmente falhará entre as camadas no eixo Z. O grau da diferença de força entre os diferentes eixos dependerá da impressora e do material, pois alguns têm melhor aderência de camadas do que outros.

Exemplo:

Ao imprimir um objeto como este suporte de carretel abaixo, o sentido de impressão desempenhará um papel importante na resistência final do objeto.

Exemplo:

Neste exemplo a maior parte do estresse estará em um único eixo. Por isso podemos simplesmente escolher o sentido que moverá as camadas mais fracas do eixo Z para não se alinharem com a nossa direção do estresse. Abaixo você pode ver um layout melhor para a força geral do objeto (ângulo de 45º).

Exemplo

Assim essa orientação vai resultar em uma parte muito mais forte para a peça. A única desvantagem de escolher o sentido mais forte é que ele pode exigir material adicional (suporte) e consequentemente um tempo maior de impressão.

Vale lembrar que a maioria das peças que você imprime pode não precisar ter seu sentido otimizado. No entanto, essa é uma excelente maneira de ganhar um pouco mais de força. Muitas vezes o posicionamento ideal é em torno de um ângulo de 45º. Pois isso pode servir para a distribuição da fragilidade entre dois eixos em seu objeto e reduzir a chance geral de falha durante o uso.

Resistência à flexão

Para verificar os efeitos do sentido de impressão das peças FDM na resistência geral do projeto, utilizamos um teste de flexão de três pontos realizado pela Plos One. Todas as amostras testadas foram impressas em ABS. Usando assim a mesma geometria retangular em cada sentido de impressão das peças.

Os parâmetros de impressão e trajetória de extrusão afetam as camadas do ABS. Portanto, influenciam em sua resistência geral!

Embora as amostras tenham sido impressas em vários sentidos, todas foram submetidas a testes de flexão na mesma orientação. Um diagrama de sentido de impressão das peças também é mostrado para ilustrar as diferenças.

Resistência à flexão

Estruturas de suporte

O material de suporte adiciona tempo e custo extras a uma impressão 3D. Portanto, muito tempo de projeto é gasto no sentido ideal da peça para reduzir a probabilidade de falha de impressão e a quantidade de material necessário.

O uso do suporte também depende do sentido da peça. Saliências devem ser apoiadas! No exemplo abaixo, o suporte à esquerda teria uma quantidade muito grande de material. No entanto, o apoio à direita usaria uma quantidade mínima. Menos material de suporte também reduzirá seus tempos de construção.

Estruturas de suporte

A remoção de suporte é uma preocupação! No exemplo abaixo, os suportes que preenchem o furo mais longo na parte esquerda serão difíceis de remover. Isso porque eles estão dentro da peça. A mesma peça à direita não precisará de suportes no furo maior. Isso porque ele é vertical e os suportes nos orifícios mais rasos serão relativamente fáceis de remover.

Qualidade do acabamento

O sentido de impressão das peças afeta o acabamento da superfície. Isso é devido ao processo de fatiamento e a construção no eixo Z. Isso porque orientar a peça de modo que as superfícies curvadas ou inclinadas sejam construídas paralelamente ao eixo Z resultará em superfícies mais lisas.

Quando houver superfícies curvas na parte superior ou inferior da peça, aparecerão “degraus escalonados” depois de serem projetadas. Ao orientar a peça com superfícies curvas posicionadas no eixo Z (para os lados), as superfícies parecerão muito mais suaves.

Geralmente, as superfícies voltadas para cima terão o melhor acabamento superficial, mas isso varia de processo para processo:

  • Para FDM, a superfície superior é suavizada pela ponta de extrusão, a superfície em contato com a mesa de impressão geralmente será brilhante e as superfícies acima das estruturas de suporte terão um acabamento pior.
  • Para o SLA, as superfícies inferiores terão marcas de suporte e exigirão pós-processamento, enquanto as superfícies superiores serão lisas e sem marcas de suporte.
  • Peças impressas com processos de impressão 3D como SLS e Binder Jetting, terão um acabamento mais granulado em suas superfícies inferiores.
  • As peças impressas com Material Jetting terão um acabamento mate na superfície impressa em suportes. Caso contrário, terá um acabamento brilhante.

Algumas dicas

Confira agora algumas dicas extras que preparamos:

  • oriente os recursos cilíndricos verticalmente para obter um acabamento de superfície mais suave;
  • considere a direção do carregamento ao escolher o sentido quando se tratar de uma peça funcional;
  • a orientação das peças é mais importante para os processos de impressão 3D FDM e SLA / DLP.

Vale ressaltar que orientar peças em FDM tem um impacto enorme em sua resistência e aparência geral, especialmente para recursos finos e concêntricos. Recursos concêntricos ficam melhores quando as camadas são impressas paralelamente ao eixo XY. Muitos recursos finos (como guias) são mais fortes quando impressos paralelamente ao eixo XY.

Projetar uma peça para que os recursos frágeis e concêntricos fiquem na mesma direção ajudará a determinar a melhor orientação para sua impressão 3D.

Agora que você já sabe que o sentido de impressão das peças 3D pode ajudar a deixá-las mais fortes, que tal aprender outras maneiras de deixar suas impressões mais resistentes?

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Conheça os tipos de impressão 3D e os seus benefícios!

Conheça os tipos de impressão 3D e os seus benefícios!

Existem diversos tipos de impressão 3D, cada um com um princípio de funcionamento, resultados diferentes, insumos e componentes distintos. Conhecer cada um dos tipos é muito interessante para estar sempre por dentro da tecnologia e saber qual o tipo ideal para cada necessidade.


Um dos desafios iniciais que os recém-chegados enfrentam com a tecnologia de impressão 3D é distinguir entre os diferentes tipos de impressão 3D e materiais disponíveis.

Qual é a diferença entre tipos de impressão 3D FDM e SLS, por exemplo? Ou SLS e DLP? Ou então EBM e DMLS?

Pode ser bem confuso. Pois com tantas siglas diferentes, você seria perdoado por confundir os tipos de impressão 3D com um gênero musical.

A primeira coisa a entender é que a impressão 3D é na verdade um termo abrangente que designa um grupo de processos de impressão 3D. Então não existe a impressão 3D, e sim existem AS impressões 3D!

O padrão ISO / ASTM 52900, criado em 2015, visa padronizar toda a terminologia e classificar cada um dos diferentes tipos de impressoras 3D.

No total, sete categorias diferentes de processos de manufatura para impressão 3D foram identificadas. Assim dentro desses sete processos foram agrupados diversas outras subcategorias que são utilizadas atualmente.

Neste artigo vamos explicar os principais tipos de impressão 3D e quais os seus pontos positivos e negativos. Sendo eles:

  • Fabricação com Filamento Fundido (FDM ou FFF);
  • Estereolitografia (SLA);
  • Processamento de Luz Direta (DLP);
  • Sinterização Seletiva a Laser (SLS);
  • Sinterização Direta a Laser de Metal (MDLS);
  • Derretimento Seletivo a Laser (SLM);
  • Fusão de feixe de elétrons (EBM);
  • Fabricação de Objetos Laminados (LOM);
  • Jato de tinta (Inkjet);
  • Polyjet.

Continue com a leitura para descobrir quais são esses tipos de impressão 3D e como cada um pode ser utilizado!

FDM ou FFF (Fused Deposition Modeling)

A extrusão de material é um processo de impressão 3D onde um filamento de material termoplástico sólido é empurrado através de um bocal aquecido, derretendo-o no processo. Então a impressora deposita o material em uma plataforma de construção ao longo de um caminho predeterminado, onde o filamento resfria e solidifica para formar um objeto sólido.

  • Tipos de impressão 3D: FDM (Fused Deposition Modeling), às vezes chamada FFF (Fused Filament Fabrication);
  • Materiais: filamento termoplástico (PLA, ABS, PETG, Flexível, HIPS – entre outros);
  • Precisão dimensional: ± 0.5% (limite inferior ± 0.5 mm);
  • Aplicações comuns: todo os tipos de peças, sendo o tamanho limitado pela área de impressão;
  • Pontos fortes: melhor acabamento superficial, cores diverdificadas e multi-materiais disponíveis;
  • Pontos fracos: tamanho de peça limitado pela área de impressão e peças menos resistentes que as usinadas.

Conhecendo a história…

O FDM é um processo de impressão 3D desenvolvido pela Scott Crump, e depois implementado pela Stratasys Ltd., nos anos 80. Assim ele utiliza materiais plásticos térmicos de qualidade de produção para imprimir objetos 3D.

FDM é um dos tipos de impressão 3D que usa termoplásticos adequados para produção, portanto, os itens impressos têm excelentes atributos mecânicos, térmicos e químicos.

Os dispositivos de extrusão de materiais são os tipos de tecnologia de impressão 3D mais comumente disponíveis e os mais baratos. Portanto eles são populares para produzir protótipos funcionais, modelos conceituais e para todos os tipos de peças. Portanto é uma tecnologia que pode criar detalhes precisos e possui uma excepcional relação resistência / peso.

Antes do início do processo de impressão do FDM, o usuário precisa dividir os dados de seu modelo 3D em várias camadas usando um software fatiador. Então os dados CAD cortados vão para a impressora para serem impressos.

Um carretel de filamento é carregado na impressora 3D e alimentado através de um bico no cabeçote de extrusão. O bico da impressora é aquecido a uma determinada temperatura. Então um motor empurra o filamento através do bico aquecido, fazendo com que derreta. A impressora move a cabeça de extrusão ao longo das coordenadas especificadas, depositando o material fundido na mesa de impressão, onde resfria e solidifica.

Quando uma camada é concluída, a impressora continua a fazer a próxima camada. Esse processo de impressão de seções é repetido, construindo camada sobre camada, até que o objeto esteja totalmente formado. Dependendo da geometria do objeto, às vezes é necessário adicionar estruturas de suporte, por exemplo, se um modelo tiver partes salientes inclinadas.

Como são as peças?

Peças FDM brutas podem mostrar linhas de camadas razoavelmente visíveis em alguns objetos. Elas obviamente precisarão de lixamento manual e acabamento após a impressão. Portanto, esta é a única maneira de obter um produto final suave com uma superfície uniforme.

Quando comparado ao SLA (tecnologia que veremos em seguida), o FDM tem uma velocidade de impressão mais lenta. O tempo total de impressão depende do tamanho e da complexidade do seu modelo. Objetos pequenos podem ser concluídos com relativa rapidez, enquanto peças maiores e mais complexas precisam de mais tempo.

A tecnologia FDM é hoje amplamente difundida e usada em indústrias como fabricantes de automóveis, produtores de alimentos e fabricantes de brinquedos. Portanto o FDM é usado para desenvolvimento de novos produtos, prototipagem e até mesmo na fabricação de produtos finais.

Através do uso deste método de impressão 3D, tornou-se possível construir objetos com geometrias e cavidades complexas. Assim podemos usar muitos tipos diferentes de termoplásticos com impressoras FDM. Os mais comuns são o ABS (acrilonitrila-butadieno-estireno) e o PLA (ácido polilático).

Os objetos acabados do FDM são funcionais e duráveis. Com a assistência do FDM, você pode imprimir não apenas protótipos operacionais, mas também produtos prontos para uso. O que há de melhor nessa tecnologia é que todos os componentes impressos com FDM podem ser de alto desempenho.

SLA e DLP

 

 

São tipos de impressão 3D em que uma resina de fotopolímero é seletivamente curado por uma fonte de luz. As duas formas mais comuns desse tipo de polimerização são SLA (Estereolitografia) e DLP (Digital Light Processing). A diferença fundamental entre esses tipos de tecnologia de impressão 3D é a fonte de luz que eles usam para curar a resina. As impressoras SLA usam um laser de pontos, em contraste com a abordagem voxel usada por uma impressora DLP.

  • Tipos de impressão 3D: Estereolitografia (SLA), Processamento de Luz Direta (DLP);
  • Materiais: resina de fotopolímero (Padrão, Transparente, Alta Temperatura);
  • Precisão dimensional: ± 0,5% (limite inferior ± 0,15 mm);
  • Aplicações comuns: protótipos de polímero tipo injeção, jóias (fundição de investimento), aplicações dentárias, aparelhos auditivos – entre outros;
  • Pontos fortes: acabamento superficial suave;
  • Pontos fracos: frágil, não é adequado para peças mecânicas.

SLA (Stereolithography)

O SLA possui a distinção histórica de ser a primeira tecnologia de impressão 3D do mundo. A estereolitografia foi inventada por Chuck Hull em 1986, que realizou a patente da tecnologia e fundou a empresa 3D Systems para comercializá-la.

O SLA é um processo de prototipagem rápida. Assim aqueles que usam essa tecnologia são certos quanto à exatidão e precisão. Ela pode produzir objetos a partir de arquivos de dados CAD 3D (gerados por computador) em pouco tempo. As máquinas que usam essa tecnologia produzem modelos, padrões, protótipos e várias peças de produção exclusivas.

Elas fazem isso convertendo fotopolímeros líquidos em objetos 3D sólidos, uma camada por vez. O fotopolímero é primeiro aquecido para transformá-lo em uma forma semi-líquida, e então endurece ao contato. A impressora constrói cada uma dessas camadas usando um laser ultravioleta, direcionado por espelhos de varredura X e Y.

Como funciona?

Logo antes de cada ciclo de impressão, uma lâmina de recobrimento se move pela superfície para garantir que cada camada fina se espalhe uniformemente pelo objeto. Então o ciclo de impressão continua desta forma, criando objetos 3D de baixo para cima.

Depois de concluído a parte 3D normalmente terá um banho químico para remover qualquer excesso de material. Também é prática comum pós-cura do objeto em um forno ultravioleta. Isso porque o item finalizado se torna mais forte e mais estável. Dependendo da peça, ela pode passar por um processo de lixamento manual e fazer uma pintura profissional.

A impressão SLA tornou-se uma opção econômica preferida para uma ampla variedade de indústrias. Alguns destes incluem automotivo, médico, aeroespacial, entretenimento e também para criar vários produtos de consumo.

A maioria das impressoras SLA usa um laser de estado sólido para curar peças. A desvantagem desses tipos de tecnologia de impressão 3D usando um laser de pontos é que pode levar mais tempo para rastrear a seção transversal de um objeto quando comparado ao DLP.

DLP (Digital Light Processing)

A DLP é um dos mais antigos tipos de impressão 3D, criado por um homem chamado Larry Hornbeck em 1987. É semelhante ao SLA, já que também trabalha com fotopolímeros e tornou-se conhecida por seu uso na produção de projetores.

Enquanto o SLA usa luz ultravioleta, o DLP usa uma fonte de luz mais tradicional, geralmente lâmpadas de arco. Este processo resulta em impressionantes velocidades de impressão. Quando há muita luz, a resina endurece rapidamente (estamos falando em segundos).

Olhando para máquinas de processamento digital de luz, esses tipos de tecnologia de impressão 3D são quase o mesmo que o SLA. A principal diferença é que o DLP usa um projetor de luz digital para gerar uma única imagem de cada camada de uma vez (ou vários flashes para partes maiores). Como o projetor é uma tela digital, a imagem de cada camada é composta de pixels quadrados, resultando em uma camada formada por pequenos blocos retangulares chamados voxels.

Em comparação com a impressão SLA, o DLP atinge tempos de impressão mais rápidos para a maioria das peças. Isso porque ele expõe camadas inteiras de uma só vez. Com a impressão SLA, um laser precisa extrair cada uma dessas camadas e isso leva tempo.

Outro ponto positivo para a tecnologia de impressão DLP é que ela é robusta e produz modelos de alta resolução todas as vezes. Também é econômico com a capacidade de usar materiais mais baratos para objetos complexos e detalhados. Isso é algo que não apenas reduz o desperdício, mas também reduz os custos de impressão.

SLS (Selective Laser Sintering)

É um dos tipos de impressão 3D em que uma fonte de energia térmica induz seletivamente a fusão entre partículas de pó dentro de uma área de construção para criar um objeto sólido.

Muitos dispositivos de Fusão em Cama de Pó também empregam um mecanismo para aplicação e alisamento de pó simultâneo a um objeto que está sendo fabricado, então o item final é envolto e suportado em pó não utilizado.

  • Tipos de impressão 3D: Sinterização Seletiva a Laser (SLS);
  • Materiais: pó termoplástico (Nylon 6, Nylon 11, Nylon 12);
  • Precisão dimensional: ± 0.3% (limite inferior ± 0.3 mm);
  • Aplicações comuns: peças funcionais; desenhos ocos; produção de peças de baixa produção;
  • Pontos fortes: partes funcionais, boas propriedades mecânicas e geometrias complexas;
  • Pontos fracos: prazos de entrega mais longos, custo mais alto que o FFF para aplicações funcionais.

Conhecendo a história…

Um empresário, inventor e professor americano chamado Dr. Carl Deckard desenvolveu e patenteou a tecnologia SLS em meados dos anos 80. É uma técnica de impressão 3D que usa lasers de CO2 de alta potência para fundir partículas.

Então, à medida que as patentes industriais expiram, esses tipos de tecnologia de impressão 3D estão se tornando cada vez mais comuns e de menor custo.

A produção consiste em utilizar um recipiente de pó de polímero aquecido a uma temperatura logo abaixo do ponto de fusão do mesmo. Em seguida, uma lâmina de recobrimento ou limpador deposita uma camada muito fina do material em pó – geralmente 0,1 mm de espessura – sobre uma plataforma de construção. Um raio laser de CO2 começa então a escanear a superfície. O laser irá seletivamente sinterizar o pó e solidificar uma seção transversal do objeto.

Assim como o SLA, o laser é focado no local correto por um par de galvos. Quando toda a seção transversal é digitalizada, a plataforma de construção se moverá para baixo. A lâmina de recobrimento deposita uma nova camada de pó no topo da última camada escaneada, e o laser irá sinterizar a próxima seção transversal do objeto sobre as seções transversais previamente solidificadas. Essas etapas são repetidas até que o objeto seja totalmente fabricado.

A plataforma de construção, ou mesa, diminui gradualmente com cada varredura a laser sucessiva. Assim o processo se repete uma camada de cada vez até atingir a altura do objeto. Há suporte não sinterizado de outros pós durante o processo de construção que envolve e protege o modelo. Isso significa que os objetos 3D não precisam de outras estruturas de suporte durante a construção.

Como são as peças?

O SLS produz peças duráveis ​​e de alta precisão e pode usar uma ampla variedade de materiais. É uma ótima tecnologia para peças e protótipos de uso final totalmente funcionais. Ele é bastante semelhante à tecnologia SLA no que diz respeito à velocidade e qualidade. A principal diferença é com os materiais, já que o SLS usa substâncias em pó, enquanto o SLA usa resinas líquidas.

Como os tipos de impressão 3D listados acima, o método começa com a criação de um arquivo CAD, que então deve ser convertido para o formato .stl com softwares específicos. O material usado para impressão pode variar de nylon, vidro e cerâmica a alguns metais como alumínio, prata ou aço.

Devido à grande variedade de materiais que podem ser usados ​​com este tipo de impressora 3D, a tecnologia é bastante popular para a impressão 3D de produtos personalizados. O SLS está mais difundido entre os fabricantes do que as pessoas que utilizam a impressão 3D como hobby, já que essa tecnologia exige o uso de lasers de alta potência, o que faz com que essas impressoras sejam caras.

DMLS, SLM e EBM

São processos de impressão 3D que produzem objetos sólidos, usando uma fonte térmica para induzir a fusão entre partículas de pó metálico uma camada de cada vez.

A maioria dessas tecnologias empregam mecanismos para adicionar pó à medida que o objeto é construído, resultando no componente final envolvido no pó de metal. No entanto, as principais variações nessas tecnologias vêm da utilização de diferentes fontes de energia: lasers ou feixes de elétrons.

  • Tipos de impressão 3D: Direct Metal Laser Sintering (DMLS), Selective Laser Melting (SLM), Electron Beam Melting (EBM);
  • Materiais: metal em pó: alumínio, aço inoxidável, titânio;
  • Precisão dimensional: ± 0,1 mm
  • Aplicações comuns: peças de metal funcionais (aeroespacial e automotivo), medicina e odontologia;
  • Pontos fortes: partes mais fortes e funcionais e geometrias complexas;
  • Pontos fracos: pequenos tamanhos de construção e maior preço entre todas as tecnologias.

DMLS (Direct Metal Laser Sintering)

A DMLS (Direct Metal Laser Sintering) e a SLM (Selective Laser Melting) produzem objetos de maneira semelhante ao SLS. No entanto, a principal diferença é que esses tipos de tecnologia de impressão 3D são aplicados à produção de peças de metal.

Para funcionar ela necessita de um laser poderoso (Yb-fibre laser) que consiga fundir as partículas dos metais para formar as camadas do objeto. Portanto sua grande vantagem é que permite criar peças finais complexas, que nos modelos tradicionais de fabricação seriam bem complicadas de produzir.

Possui um custo altíssimo tanto da impressora quanto das peças impressas, por isso é usada em poucas áreas, sendo estas principalmente a indústria aeroespacial, a medicina e a odontologia.

SLM (Selective Laser Melting)

O SLM é um dos tipos de impressão 3D que usa o laser para obter uma fusão completa do pó metálico, formando uma parte homogênea. Assim ele resulta em uma peça que tem uma temperatura de fusão única (algo que não é produzido com uma liga).

Essa é a principal diferença entre o DMLS e o SLM. O primeiro produz partes de ligas metálicas, enquanto o segundo forma materiais de elemento único, como o titânio.

Ao contrário do SLS, os processos DMLS e SLM requerem suporte estrutural, a fim de limitar a possibilidade de qualquer distorção que possa ocorrer (apesar do fato de que o pó circundante fornece suporte físico).

As peças DMLS / SLM estão em risco de deformação devido às tensões residuais produzidas durante a impressão, por causa das altas temperaturas. As peças também são normalmente tratadas termicamente após a impressão, enquanto ainda são fixadas na mesa, para aliviar qualquer tensão.

EBM (Electron Beam Melting)

EBM é outro tipo de fabricação de aditivos para peças metálicas. Foi originalmente criado pela Arcam AB Inc. no início deste século. Assim como o SLM, este método de impressão 3D é uma técnica de fusão de leito de pó. Enquanto o SLM usa o feixe de laser de alta potência como fonte de energia, o EBM usa um feixe de elétrons, que é a principal diferença entre esses dois métodos. O restante dos processos é bem parecido.

O material usado no EBM é o pó metálico que derrete e forma camada por camada por meio de um computador, que controla o feixe de elétrons em alto vácuo. Ao contrário do SLS, o EBM vai para o derretimento total do pó de metal. Assim o processo é geralmente conduzido sob alta temperatura de até 1000° C.

Comparado ao SLM, o processo do EBM é bastante lento e caro, e a disponibilidade de materiais é limitada. Portanto, o método não é tão popular, embora ainda seja usado em alguns processos de fabricação. 

Atualmente, os materiais mais bem distribuídos que são usados ​​para EBM são Titânio, Inconel 718 e Inconel 625 comercialmente puros. A aplicação de EBM é principalmente focada em implantes médicos e na área aeroespacial.

LOM (Laminated Object Manufacturing)

A fabricação de objetos laminados (Laminated Object Manufacturing, LOM) é mais um sistema de prototipagem rápida desenvolvido pela empresa Helisys Inc., sediada na Califórnia.

Durante o processo LOM, camadas de papel revestido com adesivo, plástico ou laminados de metal são fundidos usando calor e pressão e, em seguida, cortados com um laser controlado por computador ou faca. O pós-processamento das peças inclui etapas como usinagem e furação.

O processo LOM inclui várias etapas. Em primeiro lugar, o arquivo CAD é transformado em formato de computador, que geralmente é STL ou 3DS. As impressoras LOM usam folhas contínuas revestidas com um adesivo, que é colocado no substrato com um rolo aquecido. O rolo aquecido que é passado sobre a folha de material no substrato derrete seu adesivo. Então o laser ou a faca traçam as dimensões desejadas da peça. Além disso, o laser ajuda a remover facilmente as partes em excesso após a impressão ser feita.

Depois que uma camada é concluída, a plataforma é movida para baixo por cerca de um décimo de polegada. Uma nova folha do material é puxada pelo substrato e aderida a ele com um rolo aquecido. O processo é repetido várias vezes até que a peça 3D seja totalmente impressa. Quando qualquer material em excesso tiver sido cortado, a peça pode ser lixada ou selada com uma tinta. Se materiais de papel forem usados ​​durante a impressão, o objeto terá propriedades semelhantes a madeira, o que significa que ele precisa ser protegido da umidade. Então, cobri-lo com uma laca ou tinta pode ser uma boa ideia.

Provavelmente, o LOM não é o método de impressão 3D mais popular, mas um dos mais acessíveis e rápidos. Isso porque o custo de impressão é baixo devido a matérias-primas não caras. Objetos impressos com LOM podem ser relativamente grandes, o que significa que nenhuma reação química é necessária para imprimir peças grandes.

Jato de tinta (Inkjet)

Também chamada de Inkjet, esse tipo de impressora 3D derivou da impressora 2D a jato de tinta. No entanto, nesse caso, são os jatos que criam as formas do objeto. Existem duas modalidades desse tipo de impressora 3D:

  • a primeira delas utiliza um tipo de material aglutinante que é lançado pelo jato sobre um pó de resina plástica. Nos locais em que esse pó cai, ele se funde e solidifica, dando origem às formas. O processo repete-se camada por camada até que o objeto fique completamente pronto. Permite-se a utilização de diferentes tipos de materiais aglutinantes, como cerâmica e comida;
  • a segunda modalidade é aquela na qual o material liberado pelo jato é a própria tinta. Geralmente, elas possuem muitas cabeças de impressão que, atuando todas ao mesmo tempo, favorecem que um mesmo objeto seja composto por diferentes materiais.

Dos tipos de impressoras 3D, a impressora a jato de tinta é a que envolve maiores custos e também consome mais tempo. A matéria-prima é disponibilizada no formato de cartuchos, o que dá oportunidade para que os fabricantes explorem bem as possibilidades de maiores lucros.

Uma boa vantagem dessa impressora é que ela permite a impressão em cores. Apesar de não ser muito usada por causa de seu custo-benefício pouco atraente, é provável que, no futuro, ela seja muito popular para as impressões domésticas.

Polyjet

A impressão PolyJet é semelhante à impressão a jato de tinta, mas, em vez de jatear gotas de tinta sobre o papel, as impressoras 3D PolyJet jateiam camadas de um fotopolímero líquido curável sobre uma bandeja de montagem.

Suas principais vantagens são a de permitir imprimir uma mesma peça com cores e texturas diferentes e o excelente acabamento final das peças. No entanto, ela possui um alto custo de impressão.

Agora que você já sabe que não existe apenas um tipo de impressão 3D e sim tipos de impressão 3D. Sabe também o quanto essa tecnologia pode ser amplamente utilizada, não vale mais tratar essa tecnologia como algo banal. Pois, tenho certeza que de alguma forma ela pode ser incorporada no seu dia a dia.

Então, que tal aprender agora a como escolher a impressora 3D ideal para sua utilização e aproveitar tudo que ela tem a te oferecer?

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5 dicas de como imprimir peças pequenas com perfeição!

5 dicas de como imprimir peças pequenas com perfeição!

Uma ótima aplicação de uma impressora 3D é para imprimir peças pequenas, miniaturas ou itens bem detalhados com volume pequeno. Essas peças têm características singulares e obter dicas para isso pode ajudar bastante. Neste artigo vamos mostrar 5 dicas incríveis para obter alta qualidade de impressão nessas peças.


Cada vez mais a impressão 3D é utilizada para peças grandes e complexas. A área útil das impressoras vem aumentando bastante, junto ao fortalecimento da estrutura para garantir qualidade e velocidade. No entanto, imprimir peças pequenas também é um desejo da comunidade de impressão 3D. Para a tecnologia FDM, criar peças menores do que 50 milímetros é um desafio, mas há maneiras para que isso se concretize.

Listamos neste conteúdo 5 dicas ótimas para que você consiga imprimir peças pequenas na sua impressora 3D. Acompanhe!

1. Coloque mais de uma peça na mesa

Nossa primeira dica para imprimir peças pequenas é colocar mais de um objeto na mesa de impressão. A explicação disso é que se for colocada somente uma peça pequena o bico quente ficará sob a região por muito tempo, isso dificulta que as camadas resfriem e o material tome a forma correta. Com o material quente por mais tempo pode-se formar bolhas e falhas no acabamento superficial.

Então, ao colocar mais de uma peça na mesma mesa de impressão você garante que as camadas terão mais tempo para resfriar.

O problema dessa solução é que você pode querer apenas uma peça e colocar mais significaria perder material. No entanto, insistir em somente uma pode fazer perder a peça ou tê-la com baixa qualidade. Pense nisso!

2. Diminua a velocidade para imprimir peças pequenas

Velocidade não é sinônimo de qualidade, principalmente na impressão 3D. Para imprimir peças pequenas você deve reduzir a velocidade, tanto na extrusão quanto na movimentação.

Com velocidades menores o bico fica mais tempo na mesma região, o que seria um problema já levantado no item anterior, mas essa “lentidão” garante que as camadas sejam depositadas perfeitamente, gerando maior qualidade da peça.

O recomendado é que se utilize velocidades de 50% para o que é usado normalmente em peças médias ou grandes.

3. Reduza a temperatura de extrusão

Observando as dicas anteriores fica fácil deduzir que abaixar a temperatura é uma boa saída para imprimir peças pequenas. Porém, tome cuidado com essa redução para não forçar demais o seu sistema extrusor. Observe a faixa de temperatura indicada pelo fabricante do filamento em cada material e faça testes de variação para calibrar a máquina corretamente.

A partir do valor de temperatura que você usa normalmente, abaixe de 2 em 2 graus para verificar o comportamento da impressão, até chegar no ponto ideal.

4. Deixe o cooler para a peça sempre ligado

Nossa quarta dica é fundamental: deixe um cooler para a peça sempre ligado! Algumas impressoras não vêm com essa peça de fábrica. Se esse for o seu caso, a instalação é muito interessante. Esse upgrade é simples, mas se precisar de ajuda, pode entrar em contato com nosso setor de manutenção e vamos lhe ajudar.

Observe, porém, se a sua peça está apresentando warping quando é resfriada. O ABS tem uma forte tendência a apresentar essa contração. Se você estiver usando uma impressora aberta e ligar o cooler, estará jogando ar frio na peça, gerando o problema. Se for usar ABS, o mais indicado é contar com uma impressora 3D fechada ou enclausurar se for aberta.

5. Utilize bicos com furo menor e largura de camada inferior

Por fim, nossa última dica para imprimir peças pequenas é optar por um bico de furo menor. O intuito é gerar camadas com menor largura, possibilitando maiores detalhes nas peças. Se você utiliza um bico de 0,4mm, por exemplo, as camadas terão largura de 0,48mm. Essa configuração é automática nos fatiadores, como o Simplify. Já se você usa um bico de 0,2mm, as camadas terão largura de 0,24mm. Esse cálculo é feito com 20% da largura do bico.

Quanto menor for o furo do bico, mais detalhes você conseguirá com a largura das camadas.

Então, vimos que imprimir peças pequenas é sim possível com impressão 3D FDM. Para isso é preciso fazer algumas alterações na configuração de impressão. Listamos as 5 principais. Se tiver qualquer dúvida, entre em contato conosco e vamos trabalhar juntos para o seu sucesso!

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Impressões simultâneas ou múltiplos processos de impressão 3D: saiba escolher o melhor!

Algumas dicas avançadas na impressão 3D ajudam bastante a garantir melhores peças e melhor aproveitamento da máquina. Uma dessas dicas é trabalhar com impressões simultâneas ou múltiplos processos de impressão. Neste artigo nós vamos mostrar do que isso se trata, os motivos de utilizar e como fazer isso.

O que você faz quando precisa imprimir várias peças em sua impressora 3D? Imprime uma por uma? Fica acordado a noite toda preocupado em não perder tempo para iniciar uma nova impressão? Se você faz isso, iremos te ajudar a não precisar fazer mais em grande parte de suas impressões. Aprender a utilizar múltiplos processos de impressão 3D ou imprimir mais de uma peça ao mesmo tempo pode te ajudar a poupar muitas horas de trabalho!

Impressões simultâneas ou múltiplos processos de impressão 3D

Imagine-se imprimindo todas as peças de um jogo de xadrez durante a noite uma de cada vez. Agora imagine-se imprimindo todas essas mesmas peças e encontrando todas prontas pela manhã sem precisar ficar acordado para isso. Qual seria mais interessante?

O software Simplify3D oferece uma ampla gama de opções para impressão com múltiplos processos. Assim você pode escolher o melhor método para suas necessidades específicas. Existem 4 modos diferentes de impressão em várias partes sobre as quais falaremos.

  • Modo de impressão de processo único;
  • Múltiplos processos de impressão 3D com modo de impressão contínua;
  • Múltiplos processos de impressão 3D com modo de impressão sequencial;
  • Múltiplos processos de impressão 3D com uma única peça.

Os múltiplos processos referem-se ao número de processos FFF que você configurará para controlar a impressão de suas peças.

O software Simplify3D tem a capacidade única de permitir que você use configurações diferentes para cada modelo que você imprimir. Por exemplo, se as peças Rei e Rainha em seu jogo de xadrez exigirem configurações diferentes, você poderá configurá-las facilmente no software e ainda imprimir essas peças simultaneamente.

Modo de impressão de processo único

Essa técnica é a mais fácil de todos os quatro métodos e provavelmente a que os usuários já estão familiarizados. Uma vez que ela é utilizada quando todas as peças ou partes a serem impressas usam exatamente as mesmas configurações de fatiamento e você necessita ter a mesma confiabilidade e desempenho que uma impressão sequencial te oferece.

Como exemplo, utilizaremos quatro peças de LEGO idênticas. Os modelos são pequenos, simples e você pode organizá-los próximos uns dos outros. Portanto, nesse caso, o modo de impressão de processo único é uma ótima técnica a ser usada.

Impressões simultâneas ou múltiplos processos de impressão 3D: saiba escolher o melhor!

Peças LEGO impressas simultaneamente.

Para começar, importe o arquivo STL para o software. Para realizar a cópia do modelo basta ir em “Models” e duplicar o modelo selecionado. Nesse caso foram feitas 3 cópias. Em seguida adicione um novo processo FFF e configure suas opções de fatiamento. A última coisa que precisamos fazer é selecionar quais modelos esse processo FFF específico usará. Isso porque se quiser imprimir as quatro peças de uma vez você deve se certificar de que todas estejam selecionadas na lista ou simplesmente clique no botão para selecionar tudo.

Se você observar a pré-visualização do código G, deve notar que a extrusora imprime todas as quatro peças simultaneamente. Para cada camada, a extrusora imprime uma seção de cada bloco e repete esse processo. Isso resulta em um monte de movimento para trás e para frente entre as diferentes peças, mas, desde que elas estejam posicionadas razoavelmente próximas.

Múltiplos processos de impressão 3D com modo de impressão contínua

Múltiplos processos de impressão 3D com modo de impressão contínua

Modelo: cavalo e peão.

Ainda pensando no jogo de xadrez, para essa técnica utilizaremos como exemplo o Cavalo e o Peão. O primeiro passo é importar os arquivos STL para o software e observar os recursos dos diferentes modelos. Você notará que o peão é muito simplista com curvas e características graduais. A peça do cavalo, por outro lado, tem várias características detalhadas, como olhos, crina e dentes. Também tem uma saliência bastante severa no queixo do modelo.

Nesse caso, pode ser vantajoso usar diferentes configurações de fatiamento para esses dois modelos, para que possamos garantir que ambos imprimam com a melhor qualidade possível.

Primeiro, é preciso configurar o peão. Crie um novo processo FFF e chame-o de “Processo Peão”, por exemplo. Use o botão “Select Models” para se certificar de que este processo FFF se aplica apenas ao arquivo STL peão. Agora basta definir as configurações ideais para este modelo.

O próximo passo é alterar as configurações da peça do cavalo. Adicione um novo processo FFF e chame-o de “Processo Cavalo”, por exemplo. Como no processo anterior utilize o botão “Select Models” para se certificar que esse processo se aplica apenas ao arquivo STL do cavalo, pois as configurações dessa parte serão bem diferentes do peão. Salve suas configurações e retorne ao espaço de trabalho principal.

Múltiplos processos de impressão 3D com modo de impressão contínua

A última coisa que precisamos fazer é clicar no botão de preparar para imprimir. Assim o software detectará que você tem vários processos FFF e perguntará quais deles você deseja mesclar. Selecione o “Processo Peão” e o “Processo Cavalo”.

Na parte inferior desta janela, há também uma opção para configurar como esses vários processos serão combinados. Se selecionarmos o modo de impressão contínua, cada processo será mesclado, uma camada após a outra. O resultado será muito semelhante ao modo de impressão de processo único que descrevemos na seção anterior, no entanto, agora temos configurações otimizadas para cada modelo individual.

Múltiplos processos de impressão 3D com modo de impressão sequencial

Múltiplos processos de impressão 3D com modo de impressão sequencial

Diferença entre os modos de impressão contínua (esquerda) e sequencial (direita).

Esse modo de impressão é muito útil, pois ele pode ajudar a melhorar a confiabilidade e a qualidade de impressão. No entanto, talvez seja necessário reorganizar seus modelos para usar essa técnica.

Durante a impressão sequencial, o software imprimirá várias camadas de um único modelo antes de fazer a transição. Por isso, pode imprimir 30 camadas do nosso modelo de peão antes de passar para o cavalo e imprimir 30 camadas dele. Isso reduz significativamente a quantidade de movimento entre os modelos, o que resulta em um acabamento superficial muito mais limpo.

Ele também melhora a confiabilidade da impressão geral, já que um modelo pode falhar sem arruinar todo o lote de peças. Na imagem acima as peças ilustram a diferença entre os modos de impressão contínua (esquerda) e sequencial (direita). As linhas vermelhas finas representam movimentos rápidos em que o bico está se movendo para um novo local para começar a imprimir. Portanto como você pode ver, o modo de impressão sequencial resulta em muito menos movimentos entre as partes para impressões mais rápidas e com melhor aparência.

Múltiplos processos de impressão 3D com modo de impressão sequencial

Portanto, agora que você sabe como funciona a impressão sequencial, precisamos verificar seu hardware para determinar como reorganizar suas peças. Se o bico não tiver folga suficiente, a impressora acabará colidindo com uma das peças anteriormente impressas.

A imagem acima mostra várias configurações comuns de extrusora. Tenha em mente que pode haver acessórios externos, como ventiladores ou outras estruturas que reduzem a folga disponível de sua extrusora. As linhas laranja na imagem representam duas partes sendo impressas sequencialmente lado a lado, portanto o espaçamento entre essas partes é um fator adicional que determina se a impressão sequencial seria bem-sucedida. Por exemplo, as duas configurações inferiores não têm folga suficiente com o espaçamento de peça atual. No entanto, se o espaçamento entre as partes laranja for duplicado ou triplicado, as duas configurações inferiores obterão folga adicional.

Múltiplos processos de impressão 3D com modo de impressão sequencial

Você também pode organizar as peças de modo que uma seja posicionada na frente da outra, em vez de lado a lado. Como você pode ver, a maioria das impressoras pode usar a impressão sequencial. No entanto, pode ser necessário algum planejamento extra para garantir que os modelos sejam organizados de forma a evitar possíveis colisões.

Agora que você determinou a melhor maneira de organizar suas peças, o processo de configuração de impressão sequencial é muito fácil. Você pode seguir exatamente as mesmas etapas de “múltiplos processos, impressão contínua”, no entanto, precisamos selecionar uma opção diferente quando finalmente prepararmos nossos processos FFF. Em vez de selecionar o modo de impressão contínua quando escolhemos quais processos preparar, selecionamos a opção de impressão sequencial. Isso requer que insira um valor para a folga vertical descrita acima.

Múltiplos processos de impressão 3D com uma única peça

Simplificando, múltiplos processos de impressão 3D permitem que você altere determinadas configurações em diferentes alturas da impressão 3D. Isso porque ao ter um processo que diminui a velocidade de impressão, aumenta o preenchimento ou reduz a altura da camada principal em pontos específicos da sua impressão, você pode fazer com que certas áreas da peça tenham melhor qualidade.

Múltiplos processos de impressão 3D com modo de impressão sequencial

Modelo Flower box 2, disponível no Thingiverse.

Como você pode ver na foto, você pode dividir este modelo em 3 processos. Enquanto o Processo 1 e o Processo 3 podem permanecer iguais, o Processo 2 pode ser configurado para imprimir mais devagar para que você obtenha melhores detalhes na parte das flores.

Como definir a altura de vários processos

1) Primeiro, você deve configurar seu primeiro processo completamente. Este será o seu padrão para ajustar quaisquer processos adicionais para o seu modelo (há uma razão para isso, que será explicada na etapa 6).

2) Ao adicionar processos, o Simplify3D irá criar novos com base nas últimas configurações que você fez. Portanto, se você definir suas configurações corretamente no “Processo 1”, os subsequentes refletirão essas configurações. Tomando como base o exemplo acima é importante não editar as configurações do seu segundo processo antes de adicionar o seu terceiro processo, para não perder as configurações geradas no processo 1.

Como definir a altura de vários processos

3) Agora que todos os processos foram criados, vá para o primeiro, clique duas vezes nele e observe as configurações avançadas. Você vai precisar saber em qual altura em milímetros você quer que o primeiro processo pare e quando você quer que o segundo processo seja iniciado. Veja o exemplo:

Como definir a altura de vários processos

Depois de configurar isso, você pode clicar no botão OK para aplicar isso ao primeiro processo.

4) Faça o mesmo para o segundo processo, no entanto desta vez você precisará informar que esse processo precisa começar em 9mm e parar em qualquer altura desde a parte inferior do modelo até o topo da flor. Novamente é preciso determinar a altura de parada do processo.

Como definir a altura de vários processos

5) Faça isso para qualquer processo adicional, mas no nosso exemplo, existem apenas 3 processos. Quando você chegar ao último processo, basta desmarcar a caixa de parada de impressão. Então coloque a altura de parada do processo anterior como a altura inicial. Em nosso exemplo, como o processo 2 parou em 26mm, o processo 3 começará em 26mm e simplesmente terminará a impressão.

6) Agora, entre em seus processos e altere as várias velocidades, porcentagens de preenchimento ou altura da camada.

NOTA: A alteração de determinadas configurações pode causar conflito com outras configurações. Se você fizer uma impressão de teste e observar um comportamento estranho (pode ser alguma dessas configurações, desde temperaturas mudando aleatoriamente até a impressão incorreta da extrusora), considere anotar quais configurações você altera caso precise reverter as alterações posteriormente.

7) Quando estiver pronto, clique no botão “Prepare to Print”, selecione os 3 processos e clique em “OK”.

Como definir a altura de vários processos

Dicas finais

  •  Se você não souber quais alturas para definir os processos, poderá fazer isso temporariamente no seu processo central e gerar várias visualizações. Então basta alterar as configurações da altura para iniciar e parar, até que você obtenha as medidas corretas.
  • Como em qualquer outro processo, pode ser necessário realizar várias impressões de teste com esses processos, ajustando as configurações de cada uma para melhorar a qualidade.

Agora que você já sabe como utilizar todos os modos de impressão com várias peças ou múltiplos processos de impressão 3D, que tal descobrir também como desentupir o bico de sua impressora 3D?

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Suporte de impressão 3D: aprenda agora como utilizar a seu favor!

Para ter uma boa qualidade nas peças impressas é muito importante saber utilizar o suporte de impressão 3D. Esse material serve para ancorar as estruturas e garantir que as camadas estejam bem resistentes e não deformem. Por isso, vamos mostrar neste conteúdo tudo o que você precisa saber para criar as melhores estruturas de suporte.


Pode ser que você já tenha ouvido falar para sempre fugir do suporte de impressão 3D, não é mesmo? Sim, eles podem ser considerados desperdício de material e podem danificar a peça durante a remoção. No entanto, dependendo do modelo a ser impresso ele se torna fundamental para um resultado final de qualidade.

Existem infinitas maneiras de evitá-los, porém, quando isso não é possível vale a pena saber a melhor maneira de utilizá-los. Por isso criamos esse conteúdo com tudo o que você precisa saber sobre as estruturas de suporte para impressão 3D antes de começar a imprimir pontes ou projeções em seus modelos. Confira!

O que são suportes?

As impressoras 3D FFF (Fused Filling Fabrication) trabalham depositando camada sobre camada de filamento para criar um objeto 3D. Nesse método, cada nova camada deve ser suportada pela camada abaixo dela. Se o seu modelo tiver uma cobertura que não seja suportada por nada abaixo, você precisará acrescentar estruturas de suporte de impressão 3D adicionais para garantir uma impressão bem-sucedida.

Suporte são considerados um mal necessário na impressão 3D. Uma vez que, eles são absolutamente necessários para modelos com projeções ou pontes. Por outro lado, eles aumentam os custos de material, adicionam mais trabalho de pós-processamento e podem danificar a superfície do modelo. Conseguir as estruturas de suporte de impressão 3D corretas é, portanto, um aspecto muito importante para os modelos que necessitam delas.

Quando utilizar estruturas de suporte para impressão 3D?

Em geral, quando seu modelo tem uma projeção ou uma ponte que não é suportada por nada abaixo, talvez seja necessário usar estruturas de suporte de impressão 3D para imprimi-las. Então aqui estão alguns exemplos de saliências e pontes ilustradas com a ajuda das letras Y, H e T.

Projeções e pontes ilustradas com o exemplo clássico das letras Y, H e T.

Nem todas as projeções precisam de suporte (Regra dos 45º)

No entanto, nem todas as projeções precisam ser suportadas. A regra geral é: se uma projeção inclinar em um ângulo menor que 45º em relação à vertical, você poderá imprimir sem usar estruturas de suporte.

Projeções em um ângulo de mais de 45 graus a partir da vertical exigem estruturas de suporte.

Acontece que as impressoras 3D usam um deslocamento horizontal muito pequeno (quase imperceptível) entre camadas consecutivas. Portanto, uma camada não é empilhada perfeitamente sobre a camada anterior. Isso permite que a impressora imprima projeções que não inclinam muito da vertical. Qualquer coisa abaixo de 45º pode ser suportada pelas camadas anteriores. Por isso 45º é considerada a linha de falha.

Considerando a impressão das letras Y e T podemos perceber claramente quando é possível não utilizar o suporte. Os dois ângulos da letra Y são inferiores a 45º em relação à vertical. Portanto, se você quiser imprimir a letra Y, pode fazer sem usar estruturas de suporte.

A letra Y não requer estruturas de suporte de impressão 3D. Já a letra T precisa. (fonte: 3DHubs)

Por outro lado, as projeções na letra T têm um ângulo de 90º com a vertical. Portanto, você deve usar estruturas de suporte para imprimir a letra T, caso contrário, o resultado será uma bagunça, conforme ilustrado abaixo.

Sem estruturas de suporte de impressão 3D, a letra T não é impressa corretamente (fonte: 3DHubs)

Nem todas as pontes requerem suporte (Regra dos 5 mm)

Assim como as projeções, nem todas as pontes requerem suporte. Aqui, a regra é: se uma ponte tiver menos de 5 mm de comprimento, a impressora poderá imprimi-la sem exigir estruturas de suporte.

Para fazer isso, a impressora usa uma técnica chamada de Bridging – onde ela estica o material quente para distâncias curtas e consegue imprimi-lo com o mínimo de flacidez. No entanto, se a ponte tiver mais de 5 mm, essa técnica não funcionará e nesse caso, você precisa adicionar estruturas de suporte.

Teste a capacidade da impressora antes de imprimir

A regra que impressões com ângulos de até 45º com a vertical não precisam de suporte, é apenas isso – uma regra prática. Esse valor pode variar! Pois, ele depende muito da sua impressora, sua condição de trabalho e o material que você está usando. Impressoras em mau estado podem não conseguir imprimir, por exemplo, projeções em um ângulo de 35º ou 40º a partir da vertical.

Portanto, antes de começar a imprimir modelos com projeções, é uma boa ideia saber a capacidade da sua impressora para imprimi-las. Isso é bem fácil de fazer! Para isso basta baixar o modelo do Massive Overhang Test do Thingiverse e imprimi-lo. Isso porque este modelo tem uma série de projeções variando de 20 a 70 graus com um incremento de 5 graus.

O teste de balanço maciço no Thingiverse

Identifique o ângulo em que a impressora começa a falhar. Pois esse é o ângulo máximo que sua impressora pode imprimir sem suporte. Anote isso para que você possa usar essas informações mais tarde para decidir onde usar o suporte e onde não.

Desvantagens do uso de suportes

Você pode estar se perguntando por que estamos discutindo onde o suporte é necessário e onde ele deve ser evitado. O motivo de toda essa confusão é porque usar estruturas de suporte de impressão 3D tem suas desvantagens. Veja quais são elas!

1. Aumento do custo do material

As estruturas de suporte requerem material adicional e são removidas e descartadas após a impressão.

Se você estiver usando impressão 3D para produção de peças para comercialização provavelmente se preocupará com o custo por modelo. Mas se você faz impressões por hobby você também se preocupa com isso.

Estruturas de suporte de impressão 3D obviamente aumentam o custo do modelo. As estruturas de suporte consomem material e este material é posteriormente removido e descartado. Assim, cada parte da estrutura de suporte que você usa, aumenta o custo do modelo.

2. Maior tempo de impressão

As estruturas de suporte também aumentam o tempo da impressão 3D, uma vez que mais partes precisam ser impressas.

3. Necessidade de pós-processamento

As estruturas de suporte de impressão 3D não fazem parte do modelo final. Elas são na verdade apenas suportes utilizados durante a impressão para imprimir pontes e projeções sem prejudicar o resultado da impressão. Isso significa que, depois que você terminar, ainda terá como tarefa adicional remover as estruturas antes que o modelo esteja pronto para uso.

Em um ambiente de impressão 3D para comercialização, o acréscimo de trabalho significa um custo adicional ao modelo.

4. Risco de danificar o modelo

Esquerda: Impressa com suporte. Meio: A remoção do suporte causou danos. Direita: Suporte removido sem muitos danos. (fonte: 3DHubs)

As estruturas de suporte de impressão 3D tocam e geralmente aderem às paredes dos modelos. Pois essa é a única maneira de fornecer suporte a projeções e pontes. Se você não for cuidadoso ao remover essas estruturas, elas poderão deixar resíduos na superfície do modelo. Portanto na pior das hipóteses, parte do modelo pode romper com a estrutura do suporte.

Considerando todas as desvantagens a regra prática é: minimizar o uso delas e adicioná-las somente quando realmente for necessário.

Geometria da estrutura do suporte

Existem dois tipos comuns de estruturas de suporte para impressão 3D:

  1. suporte em árvore;
  2. suporte linear.

Suporte em Árvore

Este tipo de suporte é uma estrutura em forma de árvore que suporta as projeções do modelo, pois ele toca a peça apenas em determinados pontos.

A vantagem de utilizar este tipo de suporte para impressão 3D é que a sua remoção é mais fácil e ele não danifica de forma significativa os pontos de contato com a peça. Mas lembre-se que ele é adequado apenas para projeções não planas como ponta do nariz, ponta do dedo ou arcos, pois ele não fornece estabilidade suficiente para projeções planas.

Suporte Linear

 

Esse é o tipo mais comum de suporte utilizado na impressão 3D. Pois ele consiste em pilares verticais que tocam a totalidade do vão entre a projeção e a mesa.

Esse tipo de suporte para impressão 3D funciona para quase todas as projeções e pontes. No entanto, eles são muito mais difíceis de remover e muito mais propensos a causar danos à superfície do modelo.

Outra solução: estruturas de suporte de impressão 3D solúveis

Se sua impressora for de dupla extrusora, existe uma opção melhor do que o tradicional suporte. Você pode carregar uma extrusora com PLA para imprimir o modelo e a outra com um material solúvel em água como o HIPS para imprimir a estrutura de apoio. Uma vez terminada a impressão, basta lavar a estrutura de suporte imergindo o modelo em água ou D-Limoneno.

Esse método de remoção reduz o risco de danos no modelo e facilita o trabalho de pós-processamento. Por isso ele é ideal para impressões mais complexas!

Como remover o suporte sem danificar o modelo

Como as estruturas de suporte de impressão 3D são difíceis de remover e podem danificar o modelo, existem alguns truques que podem te ajudar.

  1. Primeiro, identifique as estruturas de suporte de impressão 3D que estão completamente expostas e fáceis de remover com os dedos. Tente romper essas estruturas manualmente. No entanto, seja sutil durante o processo. Se você fizer isso direito, a maior parte da estrutura de suporte deve sair facilmente.
  2. Em seguida, use uma ferramenta (como por exemplo um alicate ou uma faca) para remover as estruturas que são mais difíceis de acessar. Você também pode usar uma combinação de várias ferramentas de acordo com o suporte que necessita retirar.
  3. Ao usar uma faca, é uma boa ideia aquecer a lâmina. Isso facilita o corte das estruturas de suporte, no entanto, vale ressaltar que você deve manter a atenção para não danificar o modelo impresso.
  4. Lixa também é uma ótima ferramenta para remoção. O lixamento úmido com lixas de alta gramatura (220 a 1200) removerá as estruturas de suporte e também polirá o modelo. Então para melhores resultados, aplique água na peça e lixe em movimentos suaves até que a qualidade da superfície desejada seja alcançada.

Você pode usar o lixamento úmido para remover os últimos pedaços de estruturas de suporte e polir a superfície do modelo (Fonte: Formlabs)

Como evitar ou minimizar o uso dos suportes

Chanfro

Outra maneira de eliminar a necessidade de estruturas de suportes são os chanfros. Eles são uma maneira de transformar projeções indesejadas em outras com ângulos inferiores a 45º. Por exemplo, se você tiver uma borda levemente inclinada ou curva, poderá substituí-la por uma borda angular que não requer suporte. Tal desenho angular é chamado de chanfro.

Da mesma forma, se você tiver um furo no modelo, poderá convertê-lo em um furo chanfrado na forma de uma lágrima. Na maioria das vezes, isso não afetará a estética geral do modelo, mas ajudará a reduzir as estruturas de suporte necessárias para imprimi-lo.

Reorientação da posição de impressão

Às vezes, o mais simples a se fazer é minimizar as estruturas de suporte necessárias. Isso muitas vezes é possível realizando apenas a reorientação da posição de impressão do modelo. Por exemplo, é muito melhor imprimir a caixa aberta mostrada abaixo com a face sem preenchimento voltada para cima.

O que nos resta concluir é que suportes são realmente um mal necessário na impressão 3D. Você com certeza vai precisar deles um dia seja para imprimir projeções ou pontes em seu modelo. No entanto, todas as vezes que não puder usar estruturas de suporte solúveis, é uma boa ideia tentar minimizá-los.

Quando o suporte é indispensável para impressão do seu modelo existem algumas dicas que valem ser enfatizadas:

  1. Certifique-se de que sua impressora 3D esteja em uma condição ideal.
  2. Assegure-se que o material depositado esteja resfriando o mais rápido possível. Quanto mais tempo o seu material demorar para resfriar, mais provável que a ponte ou a projeção se deformem ou falhem. Use seus mecanismos de resfriamento de camada de forma agressiva. Além disso, reduza o máximo possível as temperaturas de impressão.
  3. Reduzir a velocidade de impressão também ajuda a resfriar e especialmente na impressão de pontes mais longas e saliências complicadas.
  4. Se possível, tente usar a menor espessura da camada. Espessura da camada inferior significa menos material depositado em cada movimento de impressão. Então isso também ajuda a resfriar o material mais rapidamente.

Depois de todas essas informações, esperamos que você já esteja apto a utilizar os suportes de impressão 3D para obter sempre peças de qualidade. Agora vale a pena aprender um pouco mais sobre a resistência das suas peças impressas, não acha?

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Lithophane: saiba como utilizar a tecnologia 3D para imprimir suas fotos!

Lithophane: saiba como utilizar a tecnologia 3D para imprimir suas fotos!

Já conhece o Lithophane? Com esse recurso você pode transformar fotos em 2D em peças impressas em 3D! Saiba como colocar isso em prática!


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Já pensou em utilizar a impressão 3D para materializar suas fotos 2D? Yes, this is possible! O lithophane é a arte de realizar trabalhos em 3D combinados com a luz, para juntos produzirem um objeto com diferentes tonalidades quando a claridade o atravessa. Em outras palavras, consiste em partir de uma foto ou imagem 2D, criar uma peça 3D. Imprimindo de forma mais espessa as áreas mais escuras da foto e as áreas mais claras sendo impressas mais finas, de forma que a luz a atravesse com mais facilidade.

Simplificadamente, é uma impressão 3D de uma foto que usa a espessura da impressão para mostrar vários tons quando iluminada por trás.

Apesar de não ser uma tarefa muito difícil de realizar, também não é algo trivial, pois há muitas maneiras diferentes de fazer. Uma vez que você faça certo, os resultados são fenomenais! Então confira as dicas para obter sucesso desde a primeira tentativa.

 

Etapa 1: escolha uma foto apropriada para um lithophane

 

  1. A foto impressa em 3D basicamente aparecerá em diferentes tons da mesma cor. Portanto, se houver algum detalhe importante que exija cor, a imagem pode não ser uma boa opção.
  2. É melhor escolher uma imagem com uma taxa de contraste razoavelmente alta.
  3. Uma imagem com muitos detalhes pode não ficar tão boa em lithophane. Então uma imagem simples com fundo uniforme seria a melhor opção.

Observe que esses são detalhes que devem ser lembrados e serão muito afetados pela qualidade de impressão da sua impressora e pelo tamanho do seu projeto. No entanto, se você tiver uma impressora bem calibrada, provavelmente poderá imprimir qualquer tipo de imagem. Para o exemplo usaremos uma imagem com alto grau de detalhes, o coala. Este é um bom teste para mostrar como uma imagem ruim apareceria, já que todos os tons cinza no pelo do coala causam muitos picos no STL.

Etapa 2: use o aplicativo correto

Para gerar o modelo 3D a partir da imagem, existem algumas opções disponíveis:

Softwares de código aberto:

Software pago:

Etapa 3: gere o modelo 3D

 

Para gerar o modelo 3D, foi utilizado o aplicativo Lithophanes. No entanto, você pode usar qualquer um dos outros listados. 

Na aba “Imagem” selecione a imagem que você deseja. Ela carregará e será exibida na janela principal. Então poderemos ajustar as várias configurações da imagem, como contraste e brilho. 

Há também uma opção chamada “Binarize” que pode ser útil se você quiser um lithophane puramente preto ou branco. Observe que, se você usar essa opção as demais serão ignoradas. 

O penúltimo botão é o de exibir o negativo da imagem. Finalmente, um botão de restauração para redefinir a imagem alterada para a original. 

A proporção máxima em pixels é uma configuração importante. O ideal é ter um máximo de 1 pixel para cada meia largura do bico. Isso significa que se você tiver um bico de 0,5 mm e quiser imprimir um lithophane de 100 mm de largura, precisará de menos de 400 pixels. Veja como fazer a conta:

100 / (0.5 / 2) = 100 / 0.25 = 400 pixels

Se você tiver um bico muito pequeno e/ou quiser imprimir um lithophane grande, o uso de 1000 pixels poderá causar um ligeiro aumento na qualidade. Caso contrário, 500 será mais do que suficiente. Note, entretanto, que quanto maior a resolução, mais tempo levará para fatiar o modelo.

Uma vez que você tenha uma imagem ao seu gosto, vá para a aba “3D – STL” onde você pode definir seus parâmetros de como o lithophane deve ser impresso.

Os parâmetros Z e espessura são os mais importantes aqui. Quanto maior você definir o valor de Z, mais tonalidades você poderá ter. Mas se você defini-lo muito alto, o lithophane ficará muito escuro para mostrar seu efeito completo com uma luz de fundo. Isso também aumentará o tempo de impressão consideravelmente. O parâmetro de espessura, no entanto, precisará ser o menor possível, para que não bloqueie a luz e não afete o seu lithophane.

Embora os parâmetros largura e altura sejam autoexplicativos, vale ressaltar que, para obter melhores resultados, uma impressão de 100×100 mm (ou próxima a ela, dependendo da proporção da imagem) é o ideal entre o tempo de impressão e os detalhes da impressão. Obviamente, quanto maior a impressão, mais detalhada ela será, no entanto, pode levar muito tempo para ser impressa. Você pode imprimir lithophanes menores de 50×50 mm, por exemplo, ou inferiores para impressões com detalhes baixos. 

No exemplo do coala, vale ressaltar que mesmo utilizando todos os parâmetros de forma correta, a impressão dessa imagem em lithophane ainda não seria de alta qualidade. Isso porque o grau de detalhamento, principalmente nos pelos não deixariam que houvesse contraste suficiente para o efeito da luz na peça.

Agora basta clicar no botão Gerar 3D para ver como cada parâmetro afeta seu modelo, e pode fazer isso até que esteja satisfeito. Em seguida, clique no botão de salvar STL. Certifique-se de esperar até que a barra de status diga “File Save” antes de carregar o STL no seu programa de fatiamento.

Etapa 4: fatie o seu modelo

Agora você tem um bom modelo 3D, mas ainda precisa ser capaz de imprimi-lo! Aqui estão algumas dicas muito importantes que você deve ter em mente ao fatiar seu modelo:

1. Defina o preenchimento para 100% retilíneo em ângulo de 30°

Primeiro de tudo, você tem que definir o preenchimento para 100%. Isso porque ele ajudará a evitar que o material caia no preenchimento de pequenas seções que podem atrapalhar completamente a impressão. Outra sugestão é usar um preenchimento retilíneo de 30° ou 35°.

2. Use a altura de camada mais baixa possível

Quanto menor a altura da camada que você usa, melhor será a sua resolução de impressão. Isso porque ela também permitirá que você determine quantos tons sua impressão terá.

3. Imprima o mais lentamente possível

A maior parte da impressão será muito detalhada, com muito pouca extrusão, e causará uma enorme quantidade de retrações. Assim para evitar bolhas em todo o lugar, ou obstruir sua extrusora devido a um excesso de retrações rápidas, é melhor diminuir a velocidade de impressão o máximo que puder. Quanto mais lento for, mais refinada será a qualidade da impressão.

4. Não dimensione o modelo no programa de fatiamento

Se você quiser dimensionar o modelo, basta voltar ao passo anterior e alterar o valor no aplicativo Lithophanes em vez de dimensionar o modelo no seu programa de fatiamento. Assim você não perderá nenhuma resolução na sua impressão.

Passo 5: imprima e divirta-se!

 

Observe se sua mesa está bem preparada para evitar deformações. Certifique-se também que sua impressora esteja bem calibrada. A temperatura de impressão também deve ser definida corretamente para minimizar possíveis falhas.

Outro detalhe importante é usar um bom filamento branco ou natural. Você também pode experimentar algumas cores claras, como amarelo. No entanto quando a imagem estiver em preto e branco, é melhor usar a cor branca para impressão.

A melhor maneira para imprimir um lithophane é na vertical! Porém, como a peça é muito fina, o ideal é utilizar o raft como apoio. Assim seu modelo terá menos chance de descolar da mesa e arruinar seu trabalho.

Após o término da impressão, basta colocar sua peça contra a luz para finalmente ver a imagem em toda a sua glória. A diferença entre um lithophane aceso e apagado é enorme. Geralmente, ele fica muito melhor com a luz do dia do que com uma lanterna. Mas, desde que a luz seja difusa e não seja muito brilhante, ele ficará perfeito!

As dimensões e a espessura afetam muito o tempo de impressão. A quantidade de detalhes na foto também afetará a impressão, como vimos na foto do coala.

Ainda tem dúvidas? Então confira esse vídeo!

Se você ainda acha que não será capaz de criar um bom lithophane, confira este vídeo abaixo do nosso parceiro, o Murilo do canal 3D Geek Show. Ele mostra o passo a passo para criar a sua impressão.

Como você pode ver, é importante escolher a imagem certa para usar em seu lithophane, pois isso pode afetar muito o tempo de fatiamento, o tempo de impressão e o resultado geral. Se você é paciente e tem uma impressora bem calibrada, então você pode usar praticamente qualquer imagem que quiser, apesar de que com imagens com muito contraste você obtém resultados muito melhores.

Agora é hora de botar a mão na massa e começar a praticar! Para te ajudar ainda mais, veja também o nosso conteúdo sobre qual a influência da altura de camada nas impressões 3D!

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É possível fazer uma impressão 3D colorida? Descubra agora!

Você já pensou em usar a sua impressora 3D com somente um extrusor para criar peças coloridas, com duas ou mais cores? Isso é totalmente possível e existem técnicas para isso. Neste conteúdo vamos mostrar como fazer impressão 3D colorida.


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A tecnologia de impressão 3D realmente revolucionou e vem mudando a forma de fabricação de peças e protótipos. Mas, é claro que como qualquer outra ferramenta, existem limitações. Um desses limites está na utilização de cores variadas para uma impressão 3D colorida.

A maioria das impressoras 3D fabricadas e vendidas no mercado apresentam somente um extrusor. No entanto, existem maneiras práticas de burlar esse limite, criando peças impressas coloridas ou até mesmo com mais de um material.

Criamos este artigo mostrando 4 diferentes maneiras de fazer uma impressão 3D colorida e que você pode aplicar agora mesmo. Confira!

 

Duas extrusoras para imprimir com mais de um filamento

Se você quiser imprimir um objeto com mais de uma cor de filamento ou materiais diferentes, isso é um pouco mais complicado do que imprimir uma peça monocromática. Para isso você pode usar duas ou mais extrusoras. Cada uma com cor diferente de filamento, então você poderá imprimir uma peça em vários tons.

A extrusão dupla é quando você imprime com múltiplos filamentos ou materiais. Com uma impressora que possui duas ou mais extrusoras, você pode misturar materiais, fazendo camadas alternadas de cor ou apenas partes em cores diferentes.

Porém, é importante lembrar que o projeto para ser impresso em uma impressora com duas ou mais extrusoras deve ser adaptado para isso. Não basta colocar duas cores de filamentos na impressora e achar que o projeto automaticamente vai ser impresso em duas cores.

Além disso, a extrusão com mais de uma cor implica em alguns cuidados. O tempo de impressão, por exemplo, pode se tornar elevado. Quando um extrusor estiver operando, o outro deve ser resfriado para que o filamento não escorra. Na troca, o bico em baixa temperatura deve ser aquecido e o outro resfriado.

Duas extrusoras para imprimir com mais de um filamento

O ideal, e que tende a se tornar uma realidade, é que se tenha conjuntos independentes, imprimindo a mesma peça.

Impressão 3D colorida e uma única extrusora

Ter uma impressora com apenas uma extrusora não significa que você só poderá imprimir peças monocromáticas ou que terá que comprar uma nova impressora. Basta seguir o passo a passo abaixo que você poderá realizar uma impressão 3D colorida sem dor de cabeça.

Etapa 1: Encontre a altura da camada

Dependendo do seu projeto, diferentes valores da altura da camada podem ser usados. Definir esse número desde o início é importante porque ajudará você a projetar seu modelo 3D para ter pontos de início e parada previsíveis. Como exemplo, suponha que você utilize uma resolução da camada de 0,25 mm, e certifique-se de que todas as nossas medidas no eixo Z são divisíveis por este número, ou seja, 0,50; 1,75; 2,00.

Etapa 2: Faça seu modelo 3D

Etapa 2: Faça seu modelo 3D

Use seu software CAD favorito para criar um modelo 3D, mas lembre-se de manter a altura da sua camada sempre em mente.

Neste exemplo será utilizado fundo listrado em uma moeda. As tiras são de 1,00 mm de altura, a face é de 3,00 mm e o anel externo é de 0,50 mm extra. Como já dito, todos os valores são divisíveis pela altura da camada que é de 0,25 mm.

Com o modelo finalizado, exporte como um STL.

Etapa 3: Importar para o Slice

Etapa 3: Importar para o Slice

Utilizando o Simplify3D para o fatiamento (o processo é semelhante para os outros softwares) importe o arquivo STL gerado anteriormente e defina as configurações de impressão.

Etapa 4: Gerar G-Code

A fase mais importante na impressão com mais de uma cor é a maneira que o fatiador tenta iniciar uma impressão acima da mesa.

Use o bloco de notas para abrir o arquivo de impressão. Pesquise com Ctrl+F por Z = 1. Acima dessa linha digite o seguinte código:

M84 S0

G91

G1 Z5 F6000

G90

G1 X100 Y0

M83

M25

G92 E0

M25

G92 E0

G90

M82

Etapa 4: Gerar G-Code

Salve o arquivo e o transfira para a impressora através do cartão de memória.

Etapa 7: Imprimindo as partes

 

Etapa 7: Imprimindo as partesEtapa 7: Imprimindo as partes

Agora que você já fez a parte mais difícil da configuração é só iniciar a parte mais divertida da impressão. Primeiro, carregue o filamento da sua base e execute o Gcode. Assim que a impressão pausar, lembre-se de não retirar sua peça da mesa. Em seguida, mude seu filamento para a cor da parte superior e execute o Gcode novamente. Fácil né?

Quer utilizar mais do que duas cores? Você pode usar essas etapas para fazer quantas cores desejar. Os únicos passos a mais são adicionar pausas as suas seções intermediárias.

Impressão 3D colorida usando peça de sacrifício

Existe uma maneira para impressão 3D colorida que não necessita de pausa na impressão e nem de configurações extras para a troca de cor. Consiste em uma impressão com peça de sacrifício.

Para essa técnica basta criar além do artigo que quer imprimir um objeto secundário que servirá como peça de sacrifício. Essa peça que será descartada posteriormente não necessita ser do mesmo tamanho da peça principal pode ser apenas uma torre — assim você não desperdiçará tanto filamento.

A única função desse objeto secundário é realmente servir de sacrifício! Pois é no momento da impressão dele que você deverá efetuar a troca do filamento por um de outra cor. Quando a impressão retornar para a peça principal você já terá uma nova cor de filamento sem pausar o processo.

A desvantagem desse método é que é necessário ficar de olho para não perder o timing da troca de cores. Além disso existe o desperdício de filamento, pois a peça de sacrifício é descartada após a impressão.

Impressão 3D multimaterial

Nem sempre a sua peça impressa necessita ser modelada de maneira inteiriça. Você já pensou em criar as partes de acordo com a cor que deseja imprimir cada uma delas? Sim, essa é outra maneira de obter uma impressão 3D colorida!

Basta criar e imprimir o seu modelo por partes. Como exemplo, imprimimos o Mike Wazowski. O modelo possui quatro partes com mudanças de cor, portanto ele foi impresso em quatro etapas.

Primeira parte: corpo do personagem

Primeira parte: corpo do personagem

Parte impressa com PLA Verde Limão da 3D Lab.

 

Segunda parte: parte externa do olho (esclerótica)

Segunda parte: parte externa do olho (esclerótica)

Parte impressa com PLA Branco da 3D Lab.

Terceira parte: parte intermediária do olho (íris)

Terceira parte: parte intermediária do olho (íris)

Parte impressa com PLA Verde Limão da 3D Lab.

Quarta parte: parte central do olho (pupila)

Quarta parte: parte central do olho (pupila)

Parte impressa com PLA Preto da 3D Lab.

Peça final

Após a impressão de todas as partes do modelo basta encaixá-las. Super prático, não é mesmo?

Peça final

 

Esse modelo está disponível no Thingiverse, assim como vários outros. É só procurar por “multi-material”.

Então seja utilizando uma impressora com duas ou mais extrusoras ou uma impressora com apenas uma e fazendo a troca de filamentos de forma manual ou por encaixe posterior das peças, você não tem mais desculpas para não realizar uma impressão 3D colorida por achar complexa demais ou extremamente trabalhosa.

Gostou do nosso conteúdo sobre impressão 3D colorida? Agora, compartilhe este post nas suas redes sociais junto com uma foto da sua peça colorida! Lembre-se de marcar nossas páginas!

 

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Cientistas criam córneas em impressora 3D para reduzir as filas de transplante

Talvez um dos maiores problemas para a área médica seja reduzir o tamanho das filas de transplante! Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) houve diminuição de 2,4% na taxa de doadores efetivos, em relação a 2017. Tendo passado de 16,6 pmp (taxa por milhão de população) para 16,2 pmp. Por isso o Brasil tem se afastado da meta prevista para o ano que é de 18,0 pmp.

Visando colaborar para o aumento das taxas de transplantes muitos projetos estão em andamento, não só no Brasil mas em todo mundo. Um deles utiliza a impressão 3D como uma alternativa para a falta de doação de córneas humanas.

Neste artigo iremos contar um pouco mais sobre esse projeto. Confira!

O projeto

Buscar métodos para diminuir a quantidade de pessoas esperando em filas de transplante tem sido um desafio para associações médicas em todo o mundo. Por isso, pesquisadores britânicos estão com um projeto para a criação de córneas impressas em 3D. Segundo o site TecMundo “por meio de um método de bioimpressão relativamente simples, cientistas do Instituto de Medicina Genética da Universidade de Newcastle, na Inglaterra, conseguiram criar uma “biotinta” que, usada numa impressora 3D, pode reproduzir com facilidade, em apenas 10 minutos, a forma de uma córnea humana.

A pesquisa se baseia na associação de células-tronco de uma córnea saudável a colágeno e alginato. O resultado dessa mistura é um gel que mantém as células-tronco vivas. Além disso ele também apresenta a textura ideal para passar pelo processo de impressão 3D.

o projeto

Cientistas do Instituto de Medicina Genética da Universidade de Newcastle

Cegueira Córnea x Filas de transplantes

Sendo a terceira maior causa de cegueira no mundo, a cegueira córnea faz pessoas sofrerem anos nas filas de transplante. Atualmente a lista de espera por um transplante de córnea no Brasil conta com quase nove mil pessoas.

Cegueira Córnea x Filas de transplantes

A córnea artificial desenvolvida pelos cientistas britânicos ainda passará por muitos ensaios antes de ser fabricada em grande escala. No entanto, os primeiros testes apontam para um projeto promissor que leva esperança para muitas pessoas em todo o mundo.

Quer saber mais? Confira a notícia completa divulgada pelo site TecMundo e compartilhe essa publicação nas suas redes sociais para mostrar esse grande avanço da tecnologia 3D na área médica!

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Aprenda a configurar a primeira camada da impressão 3D!

Identificar uma primeira camada perfeita é bem simples. Isso porque ela possui linhas planas de filamento e não há intervalos entre elas.


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Saber como configurar a primeira camada em sua impressão 3D é fundamental para o sucesso final da sua peça! Porém, quando ingressamos em uma nova tecnologia, nem sempre temos o conhecimento prévio necessário para ter sucesso logo no início.

Por isso, muitas vezes acabamos aprendendo na tentativa e erro mesmo! Até porque para quem está iniciando nem sempre termos técnicos fazem sentido e a maioria dos tutoriais que vemos na internet estão abarrotados deles sem a devida explicação.

Como nosso objetivo é sempre ajudar, vamos tentar tornar esse processo de aprendizagem e aperfeiçoamento o mais simples possível.

Então, vamos lá!

 

Como configurar a primeira camada

Um dos problemas mais comuns enfrentados por usuários de impressão 3D é a adesão da peça à mesa. Para obter uma boa aderência, as linhas da primeira camada precisam do máximo contato com a mesa possível.

Essa aderência pode ser obtida por meio de uma quantidade considerada de cola passada na mesa ou simplesmente fazendo o certo. Mas afinal o que é o certo?

O filamento é extrusado do bico em forma de tubo porque está sendo empurrado por um orifício redondo. Se o bico estiver muito alto, o filamento será colocado suavemente sobre a mesa e haverá muito pouco contato superficial entre o filamento e a mesa.

Você precisa que o bico esteja mais baixo para que o filamento extrusado seja comprimido contra a mesa e, assim, aumentar a área de contato da superfície. O primeiro passo sempre quando iniciamos uma impressão é verificar se a impressora está adequadamente calibrada e nivelada.

O processo de nivelamento depende de qual máquina está sendo utilizada. Atualmente, muitas impressoras já possuem o nivelamento automático. Mas, para as que não dispõem desse recurso, existem formas manuais para esse ajuste.

Um dos processos mais utilizados é colocar um cartão de visitas entre o bico da impressora e a mesa e medir as diferenças de altura nas quatro quinas. Com o aperto dos parafusos localizados abaixo da mesa é feito o ajuste e nivelamento.

Passo a passo da configuração

1. Certifique-se que sua mesa de impressão esteja limpa;

2. No menu da impressora (via LCD) ou no software de controle, mande todos os eixos (XYZ) para o home (ponto zero de cada eixo);

3. Em seguida, desabilite os motores, no menu, acione a opção desabilitar motores (disable steppers);

4. Desligue a impressora por precaução;

5. Com as mãos, puxe os eixos para cada um dos quatro cantos da mesa, movendo os eixos X e Y apenas;

6. Iremos, então, calibrar cada um destes quatro pontos:

7. Conduza o bico até o ponto 1 manualmente. Então, insira um cartão de visita entre o bico da impressora e sua mesa, raspe-o levemente. Deve haver uma leve pressão de esmagamento no cartão (bico e mesa esmagam o mesmo). Caso esteja muito justo ou livre demais, aperte ou solte a mola da mesa respectiva daquele canto. Repita este passo para cada um dos quatro cantos.

Com a mesa nivelada, vamos para a primeira camada…

8. Ligue a impressora, configure sua primeira impressão para camada (primary layer height) para 0,3 mm e a porcentagem da altura da primeira camada (first layer height) para 100%;

9. Inicie sua impressão e verifique se o filamento está sendo levemente esmagado contra a base de impressão. Repare se a quantidade de filamento depositado na mesa está abaixo do esperado. Se estiver é porque o bico está muito próximo à mesa, caso contrário (o filamento estiver solto/arredondado), repita o processo deixando o bico um pouco mais próximo à mesa;

 

 

10. Alguns software fatiadores, como o Cura, permitem manter a primeira camada da impressão sempre a 0,3 mm. Isso facilita as impressões, pois a altura do bico em relação à mesa será sempre a mesma. No software que não for possível, como no Simplify, ao alterar a resolução das camadas de sua impressão (primary layer height) altere também a altura via software do bico em relação à mesa (first layer height). Altere este valor em %, por exemplo: se sua impressão estiver com resolução em Z de 0,1 mm, altere o valor para aproximadamente 60%. Se 0,2 mm, para 80% e 0,3 para 100%. Assim, você precisará realizar este procedimento de nivelamento apenas uma vez.

11. Para impressões em PLA e PETG, tente, se possível, utilizar vidro sobre sua mesa de impressão (sempre limpo com desengordurante, enxaguado e seco com papel toalha) e para ABS utilize nossa cola 3DLab especial.

Agora que você já sabe configurar a primeira camada de sua impressão 3D, vamos a algumas dicas importantes, no próximo tópico.

Dicas extras para melhorar a qualidade da primeira camada

Nivelamento da mesa

Ter uma mesa nivelada é fundamental. Se a distância entre a ponta do bico e a mesa se desviar, mesmo que só um pouco, isso pode fazer com que o material extrudado não se conecte corretamente a mesa. Pode parecer óbvio mas a dica é sempre iniciar a configuração pelo nivelamento!

Velocidades mais baixas

Desacelerar a extrusora durante a impressão da primeira camada reduz as forças aplicadas ao material fundido. Reduzindo assim as chances de ele ser esticado demais e não aderir corretamente. 30% ou 50% da velocidade normal é o recomendado.

Taxas de extrusão corretamente calibradas

Se houver excesso de material na primeira camada, o bico poderá arrastá-lo na segunda passagem. Isso faz com que ele se levante da mesa (principalmente se o material tiver resfriado). Ao contrário, muito pouco material pode fazer com que a primeira camada se solte mais tarde na impressão, resultando em objetos desconectados ou deformados. Por estas razões, é importante ter uma taxa de extrusão bem calibrada.

Altura da primeira camada

Uma altura de camada mais espessa proporcionará mais fluxo e, consequentemente, mais calor, fazendo com que a extrusão se conecte mais à mesa. Recomenda-se aumentar a altura da primeira camada para coincidir com o diâmetro do bico. Por exemplo, se o bico é de 0,3mm recomenda-se uma mesma altura de camada.

Largura de extrusão maior

Quanto mais material tocar a mesa, melhor o objeto vai aderir a ela. Isso pode ser alcançado aumentando a largura de extrusão da primeira camada, seja por uma porcentagem ou uma quantidade fixa.

Um valor de aproximadamente 130% do diâmetro do bico para a largura de extrusão é um valor recomendável.

Sem refrigeração

Não faz sentido aumentar a temperatura da primeira camada e ter um ventilador ou outro mecanismo de refrigeração ligado durante a impressão, principalmente em impressoras abertas. Manter o ventilador e o ar condicionado do ambiente desligados é o recomendado.

A sua impressora está perto de uma porta que se abre regularmente? Ou talvez uma janela? Isso pode ser a causa da deformação nessa primeira camada. Tente movê-la para um local diferente ou criar um compartimento ao seu redor para isolá-la de fatores ambientais.

Utilize técnicas de auxílio

O Raft, por exemplo, é uma boa técnica de auxílio para adesão, especialmente em impressão utilizando o ABS. Apesar de ser um material e tempo extras, ele garante a adesão adequada da primeira camada.

Outra técnica que pode lhe ajudar durante a impressão da primeira camada é o Skirt. Ele ajuda a garantir que tudo está ocorrendo bem mesmo antes do início da impressão. Se a preocupação é a adesão, o Skirt é o caminho a percorrer.

O Brim é muito semelhante ao Skirt, porém ele está preso ao modelo, ao invés de estar ao seu redor. Se a intenção é ter maior adesão em um modelo que tenha pernas ou algo semelhante, mas que não possua uma grande área de superfície tocando a mesa, o Brim é uma ótima escolha.

Vale a pena ressaltar que filamentos de qualidade são fundamentais para o sucesso de sua impressão. Não adianta configurar tudo de maneira correta ou comprar uma máquina de última geração se para economizar você utiliza um filamento sem procedência comprovada. Essa também pode ser uma das causas para uma primeira camada não satisfatória!

Portanto, configurar a impressão da primeira camada não precisa ser um bicho de sete cabeças, basta para isso seguir as dicas e praticar!

Depois de aprender a como obter uma primeira camada de impressão 3D perfeita, que tal começar a utilizar as técnicas e nos contar como foi o resultado? Deixe nos comentários como foi sua experiência e caso tenha mais alguma sugestão para acrescentar, ela será muito bem vinda!

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