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Tag: filamento foodsafe

O que é segurança de alimentos na impressão 3D?

Por estar se tornando cada vez mais acessível, a impressão 3D vem conquistando o seu espaço nos mais diversos segmentos. Um em especial é o setor alimentício, no qual utilizamos a tecnologia na fabricação de artigos de cozinha e objetos que terão contato direto com alimentos. Porém, como fica a segurança de alimentos na impressão 3D?


Mais do que imprimir utensílios para cozinha como suportes de diferentes finalidades, escorredores de louça e pregadores para pacotes de comidas, a manufatura aditiva já chegou na culinária, gastronomia e confeitaria.

Um suporte para cápsulas de café, por exemplo, possui contato mínimo com o produto — se restringindo à embalagem original do mesmo. Sobretudo agora os objetos estão gradativamente sendo usados de forma mais direta em alimentos e bebidas, como é o caso de:

  • espremedores de laranjas;
  • máquinas para modelagem de massas;
  • cortadores de biscoito e pasta americana;
  • recipientes e embalagens para armazenagem de bolos e doces.

Paralelo a isso, esse tipo de aplicação tem aumentado a preocupação no que se refere a segurança de alimentos na impressão 3D, pois há outros fatores importantes a serem levados em consideração além dos materiais seguros para esse fim.

Para entender melhor do que estamos falando, continue a leitura e saiba o que é e como manter a segurança de alimentos na utilização de impressões 3D!

Diferença entre segurança alimentar e segurança de alimentos

Segurança de Alimentos x Segurança Alimentar

Antes de tudo é importante explicar o que é segurança alimentar e o que é segurança de alimentos, pois apesar de parecer se tratarem de uma mesma coisa e estarem interligados, os termos possuem características distintas que os diferem entre si.

A segurança alimentar deriva de “Food Security”. Refere-se ao direito e garantia de acesso ao alimento saudável, nutritivo e adequado para o consumo a toda e qualquer pessoa do mundo. Isso envolve uma série de condutas de manipulação que visam garantir a integridade do alimento desde a produção até o consumo.

Já a segurança de alimentos aborda a garantia da qualidade do alimento, gerando maior segurança ao consumidor. O termo vem de “Food Safety” e objetiva controlar a entrada de qualquer agente contaminante que ofereça riscos para a saúde do consumidor e para a integridade do produto. Sendo realizado durante todo o processo de fabricação e distribuição do alimento.

O conceito de qualidade aqui implica que o alimento não seja contaminado por impurezas como:

  • componentes físicos (ex.: insetos e pedras);
  • componentes químicos (ex.: resíduos de agrotóxicos e metais pesados);
  • contaminantes biológicos (ex.: bactérias e vírus).

Nesse aspecto, a segurança de alimentos se dá por meio da implantação de práticas que objetivam assegurar que alimentos não gerem riscos à saúde. É justamente na segurança de alimentos que focaremos neste conteúdo, já que a impressão 3D pode oferecer riscos de contaminação nas peças impressas.

Os tipos de filamentos seguros para alimentos

Segurança de Alimentos na Impressão 3D

Muitas pessoas acreditam que o filamento PLA é o único material “seguro” para ser usado em alimentos, pois sua origem é de recursos naturais. Porém, existe um filamento correto para essa aplicação e não é o PLA: estamos falando do PETG!

Na verdade, o material PETG é o único que possui selo Food Safe. Ele é derivado do PET – o plástico usado na fabricação das garrafas PET – e contém glicol na sua composição, por isso o “G” no nome. Portanto, se tratando de certificação de segurança de alimentos na impressão 3D, esse é o filamento que você deve utilizar principalmente nas peças que possuem contato direto com comidas e bebidas.

Outro detalhe importante que faz do uso desse tipo de filamento preferível ao PLA, é a sua boa resistência térmica (o que não encontramos no filamento PLA).

Entretanto, é importante destacar que o próprio processo de impressão pode ocasionar resíduos e sujeiras no objeto 3D. Essas impurezas ocorrem, principalmente, durante o percurso do filamento no conjunto de extrusão.

Os cuidados necessários ao utilizar impressão 3D em alimentos

Para uma exposição segura de alimentos com objetos 3D é necessário levar vários fatores em consideração. Confira agora as principais preocupações que você deve ter para garantir a segurança e integridade tanto dos alimentos, quanto de quem vai ingeri-los:

Os riscos de contaminação do alimento na impressão 3D

Segurança de Alimentos na Impressão 3D

O acúmulo de micro-organismos é um dos principais riscos ao utilizar a impressão 3D em contato direto com alimentos. Mesmo a peça com a superfície mais lisinha pode conter pequenas cavidades propícias para o surgimento de germes e bactérias.

Para minimizar o problema, é necessário identificar qual será a verdadeira finalidade da peça e visualizar de que maneira aquele objeto pode virar um depósito de bactérias.

Em todo caso, o ideal é que você imprima a peça que terá contato direto com o alimento em camada 0,3. Já que, por se tratar de uma camada alta, a quantidade de fendas presentes entre as camadas da impressão será menor. O que por sua vez, oferece menos espaços para o acúmulo destes micro-organismos.

Quais materiais usar no acabamento da peça impressa

Segurança de Alimentos na Impressão 3D

Nunca lixe uma impressão 3D que será destinada ao contato direto com alimentos! Isso deixa resíduos na peça, que podem ser ingeridos junto com o alimento. O mesmo vale para acabamentos em pintura, a não ser que a tinta também tenha selo Food Safe.

Algo válido de se investir é na resina epóxi como selante para cobrir as fendas na superfície da peça. A vantagem de utilizar esta técnica é que reduz ainda mais o risco de acumular bactérias na superfície da impressão e o melhor: possui certificação de segurança alimentar!

Como higienizar este objeto

Álcool 70% na Impressão 3D

Embora o PLA seja indicado para peças que não tenham contato direto com alimentos, tanto ele quanto o PETG, precisam passar por higienização.

Como dissemos anteriormente, o PLA não possui boa resistência térmica. O PETG, apesar de ser superior nesse quesito, não suporta temperaturas acima 85C°. Então se você pensou em passar água quente em um objeto impresso, você deformará a impressão.

Uma forma efetiva seria, além de lavar normalmente, passar álcool 70%.

Período de exposição de alimentos na impressão 3D

Algo que você precisa dar certa atenção para proporcionar maior segurança dos alimentos na impressão 3D é o tempo de exposição do mesmo no objeto 3D. Um cortador de biscoito por exemplo, não necessita de um contato prolongado com a massa. O que consequentemente reduz o risco de contaminação.

Em vista disso, o ideal para garantir a integridade do alimento é focar na produção de peças de apoio. Isto é, artigos que apenas auxiliam na produção de comidas, doces e salgados.

O que é exatamente um dos benefícios de se ter uma impressora 3D em casa! Às vezes não enxergamos algumas das possibilidades que a tecnologia nos oferece, mas como você pode ver neste artigo, é mais que possível imprimir objetos realmente úteis para facilitar o dia a dia na cozinha.

Contando que você se atente à segurança de alimentos da impressão 3D, basta ser criativo e colocar literalmente a mão na massa!

Então se você já faz impressões com esse objetivo, ou pretende começar a se aventurar por este caminho, vá até a nossa loja para adquirir o filamento PETG! Basta acessar aqui.

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Filamento PETG: como imprimir com esse filamento para impressora 3D

Já tentou imprimir com o filamento PETG e não teve um bom resultado? Esse material é um dos mais nobres na impressão 3D e pode ser usado para imprimir peças mecânicas, de alta qualidade e robustez. Para isso, listamos aqui um passo a passo para que você aprenda como imprimir com esse material.


Sem tempo para ler? Então ouça este conteúdo clicando no player a seguir:

O filamento PETG é um material muito resistente. Ele é a escolha certa para a impressão de peças que precisam absorver impactos. Muitas pessoas acreditam que esse material veio para substituir o ABS. Entre suas vantagens estão a não emissão de gases tóxicos, possibilidade de uso de impressoras abertas, além de não delaminar ou rachar (warp).

A matéria prima do filamento PETG é considerada FoodSafe, ou seja, pode entrar emcontato com alimentos. Porém, como os filamento coloridos carregam pigmentos, indicamos apenas o PETG natural para esse fim. Lembrando que no próprio processo de impressão pode-se perder essa propriedade, pois as impressoras não são esterilizadas.

Então, para que você consiga utilizar corretamente o filamento PETG, criamos este guia completo, com todas as configurações indicadas para usar esse filamento para impressora 3D. Confira!

Calibre a sua impressora

O mais importante com esse filamento é a calibração. O segredo é ter espaço suficiente para deposição do fio sem que ele encoste na camada anterior. Quando o bico “arranha” a camada anterior começam a se formar pequenos fios. Em seguida, uma bolha de material se forma, chamada blob. É como se esse filamento gostasse de ser impresso no ar. Se você perceber que tem material se acumulando, suba o bico 0,02mm no eixo Z.

Acerte a retração

É também característica do filamento PETG ser pegajoso (oozy). Portanto, você pode abusar do retract para sugá-lo de volta para o bico. Para impedir a formação de blob nos pontos de partida da camada é recomendado ativar a opção Wipe Nozzle com distância de aproximadamente 5,0 milímetros. A opção “Coast at End” também pode funcionar, mas pode deixar lacunas ou pontos finos na parede (distância de 0,2mm).

Considerações extras:

  • sempre que notar material se acumulando no bico depois de algumas horas de impressão, você precisa limpá-lo. Um palito longo faz bem o serviço. Depois que sua impressão terminar, aproveite o bico ainda quente para retirar o material sobre ele;
  • recolha a purga com sua pinça quando você iniciar sua impressão. Evite a possibilidade de blobs, embora o wipe faça geralmente um trabalho razoavelmente bom nesse sentido.

Diminua o fator de extrusão

Subextrusar o filamento torna a superfície da peça mais bonita. Seja qual for o fator de multiplicação de extrusão que você determinou durante a calibração da impressora, reduza-o em 0,05mm. Portanto, se o seu multiplicador de extrusão é de 1,00, abaixe para 0,95. Dê uma olhada no exemplo abaixo:

Diminua o fator de extrusão

Observação: Impressoras com extrusor do tipo allmetal, ou sem teflon interno, podem necessitar da utilização de lubrificação no filamento, comumente utilizado em PLA.

Imprima mais lentamente

Para uma peça com detalhes é recomendado velocidades abaixo de 60mm/s. Além disso, alterar a velocidade da primeira camada para 40% não adiciona muito tempo à impressão e você terá resultados muito melhores. Então, sempre lembre de que segredo de uma boa impressão é o início bem feito, entre as primeiras camadas.

Acione o cooler quando preciso

As camadas tendem a se unir melhor sem ventilação e o acabamento superficial fica melhor se você utilizar o cooler após a primeira camada. Sempre que precisar fazer bridge deixe a ventilação ligada totalmente em pontos estratégicos.

Faça peças com preenchimento mais sólido

Use um preenchimento de pelo menos 35% em suas peças, especialmente em impressões grandes e pelo menos 4 camadas de topo. O filamento PETG é viscoso e, portanto, precisa de várias camadas superficiais para preencher as depressões que se formam sobre o infill.

Tenha atenção nas pontes (Bridging)

O PETG tem que ser muito bem calibrado para poder imprimir no vazio. Ele enrola se os fios não aderirem corretamente nas bordas e começa a acumular material no bico.

Tenha atenção nas pontes (Bridging)

Então, segue algumas recomendações para um bom bridging:

  • aumente a extrusão, enquanto o bico faz a ponte (se ele ficar muito fino ele arrebenta);
  • moderadamente aumente a velocidade de ponte de modo que ele atravesse a abertura antes que arrebente;
  • a direção da ponte faz uma grande diferença na qualidade, sendo a ponte ao longo do eixo x (da esquerda para a direita) a melhor.  Em impressoras cartesianas lembre-se de posicionar a peça de forma que a ponte seja feita na menor distância possível;
  • cooler ligado no máximo em pontos estratégicos.

Tenha atenção nas pontes (Bridging)

Configure o software corretamente para o filamento PETG

Não só no filamento PETG, mas como em todos os outros, é fundamental configurar corretamente o software de impressão. Para isso, analise as seguintes dicas de configuração:

Extrusor

  • diâmetro do bico: 0,4 mm;
  • multiplicador de extrusão: 0,95 (1,00 – 0,05 = 0,95);
  • largura de extrusão: 0,40mm;
  • distância de retração: 4,0mm;
  • distância de reinício extra: -0,2mm;
  • vertical lift: 0,00 mm;
  • velocidade de retração: 40mm/s;
  • cost at end: 0,2mm;
  • wipe nozzle: 5,00mm.

Camada

  • altura da camada: 0,25 mm (PETG gosta de uma camada mais alta, gera um bom acabamento com menor tempo de impressão);
  • camadas sólidas superiores: 4-5 (especialmente para infill abaixo de 40%. Você pode obter com menos camadas superiores com infill maior que 40%);
  • camadas sólidas inferiores: 4-5 (pode-se utilizar menos se não tiver bridging);
  • contornos de esboço/perímetro: 3;
  • direção do esboço: inside-out;
  • altura da primeira camada: 0,3mm;
  • largura da primeira camada: 100%;
  • velocidade da primeira camada: 40%.

Suporte

  • porcentagem de preenchimento do suporte: 30%;
  • sem suporte denso;
  • desvio horizontal: 0,5 mm;
  • camadas de separação vertical superior: 1;
  • camadas de separação vertical inferior: 0.

Temperaturas

  • temperatura do extrusor (camada 1): 250°C;
  • temperatura do extrusor (camada 2): 242-247°C;
  • temperatura mesa: 85°C (ajuda na fixação o uso do spray de cabelo, fita kapton, direto no vidro com cola bastão ou adesivo fixador 3D Lab).

Arrefecimento

  • camada 1: 0%;
  • camada 2: 0%;
  • camada 3: 100% (se você quiser um acabamento de superfície melhor, ou existe ponte em sua peça, use cooler 100%. Para melhorar a aderência entre camadas desligue o cooler).

Outros

  • velocidade de impressão padrão: 60mm/s;
  • velocidade de contorno: 50%;
  • velocidade de preenchimento: 70%;
  • velocidade de suporte: 70%;
  • velocidade de movimento do eixo X/Y: 100mm/s;
  • velocidade de deslocamento do eixo Z: 16,7mm/s;
  • compensação de tamanho horizontal: 0 mm;
  • diâmetro do filamento: 1,75mm;
  • limite de área não suportado: 10,0 milímetros quadrados (este material afunda, a velocidade da ponte somente retrocedem acima deste tamanho, por isso o ajuste pequeno);
  • distância de inflação extra: 1,0 mm;
  • multiplicador de extrusão de pontes: 140%;
  • multiplicador de velocidade de ligação: 125%.

Avançado

  • permitir preencher lacuna quando necessário: sim;
  • sobreposição de perímetro permitida: 0%;
  • apenas se retraia ao cruzar espaços abertos: não;
  • forçar retração entre camadas: sim;
  • curso mínimo para retração: não;
  • executar retração durante o movimento de limpeza: sim;
  • limpe somente a extrusora para perímetros mais externos: sim;
  • evite cruzar contorno para movimentos de viagem: não.

Então, como vimos em nosso guia, o filamento PETG traz característica como a facilidade de impressão do PLA, aliada com a boa resistência mecânica e térmica do ABS. Na cor natural, possui alto grau de transparência. Pode ser utilizado em impressora aberta e mesa à temperatura ambiente, utilizando cola bastão. É disponibilizado tanto no diâmetro de 1,75mm quanto no diâmetro de 2,85mm.

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Se ainda tiver qualquer dúvida extra para usar esse filamento, entre em contato conosco pelo e-mail [email protected], pelo telefone (31) 3594-4973 ou (31) 99150-4973 (com WhatsApp).

OBS: este guia foi baseado em outro material.

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