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Setembro amarelo: como a impressão 3D pode te ajudar!


12 minutos de leitura


setembro amarelo

O Setembro Amarelo chegou e com ele os debates sobre saúde mental aumentam. Hoje trouxemos uma história inspiradora que mostra como a impressão 3D pode ajudar a superar os problemas.


Conteúdo escrito por Lara Lage 🙂

Neste exato segundo existem diversas pessoas no mundo enfrentando desafios, momentos de fraqueza, tristeza, depressão e muito mais, tudo isso enquanto você lê este pequeno artigo! A verdade é que os problemas da mente e do coração não possuem “rosto” e nós nunca sabemos o que o outro pode estar vivendo.

O Setembro Amarelo é o mês mundial da prevenção contra o suicídio e ao decorrer do mês várias pessoas trazem à tona os debates que envolvem esse assunto. Mas a 3D Lab está aqui para te mostrar como a impressão 3D pode te ajudar a ultrapassar esses momentos de dificuldade, como um pontinho de luz e esperança que é tudo o que precisamos quando sentimos que estamos “no meio do caos”.

O que é Setembro Amarelo?

setembro amarelo

O dia 10 de Setembro é o dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. No ano de 2015, percebendo o aumento considerável de suicídios com o passar dos anos, o Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) resolveram estender a data e transformar todo o mês em uma campanha contra o suicídio para gerar debates sobre saúde mental para buscar resoluções para esse grande dilema de saúde pública e que, muitas vezes, pode ser evitado. E assim surgiu o “Setembro Amarelo”.

Como a impressão 3D pode ajudar a superar problemas?

setembro amarelo

Como estamos no Setembro Amarelo, compartilharemos com vocês um pouco da história de um cliente da 3D Lab que usou a impressão 3D para superar a perda de uma pessoa querida e conseguiu se reinventar mesmo na dor.

Jocimar é Policial Militar aposentado e professor de artes marciais, habitante da cidade de Ponta Grossa no Paraná. Dono da @jm3dimpressao, a impressão 3D já está tão presente em sua vida que o local escolhido para a entrevista foi seu estúdio, cheio de peças impressas por todos os lados.

Tudo começou em 2018 quando teve seu primeiro contato com a impressão e mesmo sem entender profundamente a tecnologia, conversou com sua esposa e resolveram juntos comprar uma impressora 3D para se aventurarem nesse universo. Logo perceberam que o processo de impressão não era tão fácil como parecia e no mesmo ano a família toda resolveu participar de um Congresso de Impressão 3D em São Paulo para aprofundar na tecnologia.

“2018 tive um contato com um pessoal falando de impressora 3D, mas não tinha nem ideia de como funcionava, aí falei com minha esposa que ia começar a mexer e a minha ideia era fazer super heróis para minha escola de artes marciais e algumas miniaturas do Krav Magá, mas eu nem sabia como funcionava, né? Achava que só era chegar, colocar e já imprimia”.

As primeiras peças impressas foram um Batman e duas miniaturas muito importantes que acabaram rodando o mundo e hoje fazem parte de um museu lá da Eslováquia. As peças foram criadas em uma impressora 3D FDM e tinham acabamento e pintura posteriores.

setembro amarelo - miniatura

Pouco tempo depois, no mesmo ano, Jocimar e sua família são impactados pela notícia do câncer de sua esposa. A meta de fazer heróis e miniaturas acaba mudando um pouco e sua esposa pede para que comecem a produzir imagens sacras.

“Quando veio o câncer, paramos de imprimir heróis e começamos a fazer imagens sacras e eu ensinei ela a pintar. Eu viajava e ia trabalhar na polícia e ela ia mexendo na impressora, pintando e foram dois anos dela mexendo, pintando, fazendo miniaturas. No tratamento do câncer a impressão 3D foi uma terapia para minha esposa.”

Aline, sua esposa, também se apaixonou pelo universo da impressão 3D e era terapêutico para ela no seu período difícil no hospital. Jocimar conta que mesmo quando estava na UTI, ela fazia questão de pintar as peças como uma forma de distração. Isabely, filha pequena do casal, também amava ajudar a mãe no processo de pintura e uma das últimas peças que pintou com sua mãe é guardada até hoje com muito carinho.

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Infelizmente em fevereiro de 2020 Aline acaba falecendo devido ao câncer. A última peça a ser pintada por ela foi inspirada em uma imagem de mais de um metro de altura que encontraram em uma viagem juntos. “Essa Nossa Senhora ela estava pintando na última semana, ela finalizou e faleceu depois de dois dias.” disse, Jocimar.

setembro amarelo

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Jocimar conta sobre o luto: “Ela faleceu em fevereiro de 2020 e acabou tudo pra mim. Não conseguia dar aula, já estava aposentado da polícia, não conseguia nada. Eu não queria mais impressão 3D, quando fui ver estava tudo parado aqui. Eu estava em casa, fechado, em depressão, minha barba estava até grande. Tinha seis impressoras paradas, abandonei tudo”

Isabely, vendo o pai triste sugeriu construírem um “mundo dos dinossauros” em homenagem a mamãe.

“Quando foi 2020, mais ou menos agosto, estava lá em casa quando a Isabely deu a ideia de fazer o mundo dos dinossauros, já que minha esposa gostava de dinossauros. Nós íamos nos museus, viajávamos para ver coisas de dinossauros. Daí na mesma noite entrei para comprar arquivos de dinossauros e comprei o velociraptor e ainda decidi fazer em tamanho real. Falei com um paleontólogo amigo meu que me informou que ele deveria ter mais ou menos dois metros de altura. Coloquei todas as impressoras para trabalhar, peça por peça.”

E assim começou o sonho de construir o “mundo dos dinossauros”, tomado pela empolgação e pela felicidade de homenagear a esposa, ele não parou por aí.

“Daí montei o velociraptor e depois fiz um Compsognathus. Daí vi um programa, uma live que me inspirou a fazer um Tiranossauro Rex com dois metros de altura. Mandei para as empresas esse projeto, expliquei que era uma homenagem à minha esposa que havia morrido de câncer com ideia da minha filha. Me animei com isso, mas as duas empresas que eu costumava comprar filamentos não me deram retorno, mas no dia seguinte o Sérgio Portela da 3D Lab me respondeu. Ele perguntou quanto em filamento eu ia precisar para viabilizar o projeto, eu falei 20kg, ele perguntou se eu poderia pagar o frete, falei que sim e vieram os 20kg de filamento”

Mas os desafios não paravam de surgir, ele descobriu que outra pessoa já estava construindo o T.Rex de 1,30m e não queria copiar, então decidiu fazer o crânio. No total foram 50 partes e mais de 30Kg de filamento para finalizar a parte de cima e tudo isso foi produzido em impressoras domésticas como a linha Ender 3.

“Daí o pessoal começou a me chamar de louco, falar que estava gastando filamento atoa, desgastando a impressora.”

setembro amarelo trex

Depois que a peça tomou forma já havia uma sensação de dever cumprido, porém, o projeto não poderia parar por aí.

“Quando terminei de imprimir fui chamado para participar de uma exposição, daí percebi que ia precisar pintar e dar acabamento nele, né? Coloquei aqui na frente, na porta de casa para ficar mais fácil de dar acabamento, por causa do espaço que na minha casa é pequeno, mas acabou causando batidas, o pessoal passava para olhar e esquecia do trânsito e acabava batendo no carro da frente, aí precisei tirar e colocar dentro de casa mesmo”

setembro amarelo

Jocimar conta que o processo de acabamento foi um grande desafio, já que depois dos acidentes o processo precisou ser feito dentro de casa e o tamanho da peça acabava tornando todo o espaço muito pequeno para trabalhar. Antes da exposição, fez um curso de paleoartista em Mato Grosso e ganhou o título. Quando voltou para sua cidade realizou uma exposição na qual arrecadou doações para a rede feminina de combate ao câncer da cidade. O evento foi um sucesso!

A coleção chamou tanta atenção que recebeu uma oferta de compra de 50 mil reais, que obviamente foi negada.

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Jocimar conta que além de realizar as impressões também teve que começar a estudar profundamente sobre o universo dos dinossauros para montar sua coleção. Caso o projeto seja finalizado com o maxilar (o que é uma meta), este será o maior crânio de T.Rex do mundo podendo concorrer ao Guinness Book. Além disso, sua coleção conta com 46 peças no total, mas a meta é chegar em 100!

setembro amarelo

O setembro amarelo é um mês de reflexão e cuidado com o próximo, mas esse tipo de pauta deve ser abordada sempre, e a empatia com o outro deve ser praticada todos os dias. Os hobbies são uma boa forma de distrair dos problemas, pois conseguem ajudar a aumentar o nível de alegria e aconchego, porém, procurar ajuda profissional é um ponto crucial para superar doenças psicológicas e problemas com a saúde mental. Cuide-se sempre!

E se você quiser investir na impressão 3D como um hobbie, compre sua impressora agora e comece a imprimir!

Publicado em:
16/09/2022

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