Conheça a impressora 3D de metal que promete revolucionar o mercado
Recentemente a HP agitou o mercado ao lançar a Metal JET, a impressora 3D de metal fabricada pela marca. Apesar disso, a tecnologia que permite utilizar metais para a fabricação não chega a ser uma novidade, já que outras marcas já exploram isso e, em outros países fora do Brasil, essa tecnologia já vem sendo utilizada pelas empresas.
Ter uma impressora 3D de metal pode revolucionar o processo de fabricação em diversas empresas. Pense em todas as possibilidades. Peças com geometria complexa, em que os processos de fabricação convencionais, como a usinagem, requerem um ferramental caro, um processo minucioso, com profissionais altamente qualificados.
Além disso, as mudanças para setup podem ser longas e representar uma alta perda de produtividade. Isso sem contar com a dependência de terceiros, seja na fabricação de moldes, fornecimento de peças, acabamento…
As impressoras 3D convencionais, que utilizam polímeros, como o filamento PLA, ABS e PETG, já conseguem grandes resultados, tanto na indústria como nas atividades de hobbie. Comprar uma impressora 3D FDM é um grande passo para incluir a sua empresa no processo de inovação, mas precisamos visualizar o futuro! Elevar o patamar da tecnologia utilizando metal é um passo necessário e bastante aguardado.
Neste conteúdo vamos mostrar o lançamento da impressora 3D de metal fabricada pela HP, como funciona e ainda as possibilidades. Acompanhe!
Como funciona uma impressora 3D de metal?
Antes de mais nada, precisamos deixar claro que a impressão 3D de metal é um processo bem diferente daquele que você já conhece, que é a impressão 3D FDM. Existem diferentes tecnologias que envolvem a impressão 3D, com princípios de funcionamento diferentes. Veja:
Além das tecnologias mostradas na tabela acima, ainda há outras, mas que são menos usadas e, por isso, não convém listarmos agora.
FDM
O importante é analisarmos que a tecnologia de impressão 3D FDM trabalha com a extrusão dos materiais polímeros, como PLA, ABS, PETG, Flexível, HIPS e outros. As impressoras desse tipo utilizam filamentos como matéria-prima.
SLA e DLP
Os modelos SLA e DLP utilizam o princípio de fotopolimerização, ou seja, utilizam uma resina como matéria-prima. Essa resina é curada pela projeção de raios ultravioletas (UV), camada por camada, formando peças de alta qualidade.
SLS
A impressão 3D SLS utiliza um outro tipo de princípio. A matéria-prima é um polímero termoplástico em forma granular, ou seja, em pó. Um laser sinteriza esse pó em camadas, formando a peça.
DMLS e SLM
Agora, falando do princípio de funcionamento das impressoras 3D de metal, há uma semelhança com o modelo SLS: ambas utilizam a matéria-prima em pó. Porém, enquanto o SLS usa polímeros, o DMLS e SLM usam metais granulares.
Nesses dois modelos há um laser que faz o scanneamento e fundição seletiva, fundindo as partículas do pó e criando as camadas. As principais diferenças entre o SLM e DMLS estão nas características de uso: SLM utiliza somente uma temperatura de fusão e isso limita a somente um material.
Enquanto isso, o DMLS trabalha com pó composto de vários materiais com diferentes pontos de fusão, que se fundem a nível molecular, formando ligas metálicas.
As etapas de funcionamento da impressora SLM e DMLS são as seguintes:
- a câmera da impressora é preenchida com gás inerte, como o argônio, para minimizar a oxidação do pó de metal. Depois disso, a câmera é aquecida até chegar na temperatura ideal de trabalho;
- é espalhado sobre a mesa de impressão uma fina camada do pó de metal. O laser escaneia a superfície, fundindo as partículas de metal e criando a próxima camada. Toda a área do modelo é digitalizada, construindo a peça totalmente sólida;
- quando o escaneamento é concluído, a mesa se move para baixo na espessura de camada e o dispositivo de recobrimento espalha uma outra camada do pó de metal. Esse processo é repetido até que toda a peça seja concluída.
Quais são as possibilidades que essa impressora apresenta?
A impressora 3D de metal permite criar peças finais, ou seja, elas são ou farão parte do produto final. Os tamanhos das peças dependem muito da dimensão da mesa de impressão.
Uma das características mais marcantes da impressão 3D é justamente o aproveitamento do material. Na impressão 3D FDM a perda de material pode ser considerada até 5% do total. Essa perda destinada a criação dos suportes.
Na impressora 3D de metal esse alto rendimento também é visto. Todo o pó que não é utilizado em uma camada é reutilizado na próxima, sendo a mesma perda gerada nos suportes.
Então, esse alto rendimento é uma das enormes vantagens se comparado com processos de fabricação tradicionais, como a usinagem. Nesse processo, um bloco macico é trabalhado, retirando material até que sobra a peça. Nesse caso, a perda pode ser muito alta, mais do que o peso da própria peça final, além de não ser possível reutilizar o material perdido.
Essa tecnologia já está acessível no Brasil?
Infelizmente, no Brasil ainda não temos acesso a esse tipo de tecnologia. Recentemente a HP apresentou o lançamento da Metal Jet, a impressora 3D da marca que imprime metal. O modelo foi baseado na tecnologia de impressão 3D convencional, sendo ajustada para trabalhar com metais.
Com essa impressora é possível imprimir peças com materiais pesados, como aço e ligas metálicas.
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A marca ainda faz testes e estudos com parceiros para validação da impressora 3D de metal. A previsão é de que este ano, 2019, a impressora seja validada e em 2020 ela esteja disponível no mercado. A previsão de preço inicial é de US$ 400 mil.
Agora que você conheceu um pouco mais sobre a impressora 3D de metal, leia nosso conteúdo especial com as previsões de mercado de impressão 3D para 2019!